Hostage

Nova Sargento.

UVE de Manhattan, NY.
27 de fevereiro de 2021.
08:15AM.

O elevador apita mais uma vez, fazendo Olivia se atentar e ver que chegara em seu andar. Suspirando profundamente, a mulher começa a andar pela unidade, atraindo olhares e alguns desejos de "bom dia" de alguns oficiais.

- Capitã, os papéis do julgamento do caso de Lindsey já chegaram do tribunal, estão na sua mesa. - Uma de suas detetives para brevemente para lhe informar sobre.

- Obrigado, detetive, - Olivia sorri brevemente - tenha um bom dia.

A acastanhada adentra a sala onde seu esquadrão principal se encontra, já a todo vapor com os casos das últimas semanas.

- Aí está ela, e não me parece com a cara muito boa. Liv, não vai demitir ninguém hoje, vai? - O sargento Tutuola indaga com mistura de ironia e um pouco de preocupação.

Eram raros os dias que a capitã chegava na unidade com cara de poucos amigos ou até mesmo mau-humorada. Fin era o único que não tinha medo de perder o emprego, de fato, então também era o único que perguntava sem medo.

- Não, - a mulher responde andando até a cafeteira - ainda não.

- Acho que isso tem muito a ver com a nova sargento que está chegando aí... - Rollins interrompe a conversa, sem ao menos tirar os olhos da tela do computador.

- Espera aí, "nova sargento"? Olivia, você vai me demitir? - Sargento Tutuola pergunta em um falso tom de ofensa.

- Não, Fin. E sim, teremos uma nova pessoa na equipe e ela chegará em...

O elevador principal se abre, fazendo com que algumas pessoas saíssem daquele cubículo de maneira apressada. Todos - exceto a Rollins - olhavam atentamente para ver se a tal sargento aparecia, e ela apareceu.

- Vou para minha sala, - Benson pega sua xícara de café e anda até a mesa de Amanda, interrompendo seu trabalho e tirando toda aquela papelada das mãos da loira, que agora lhe encarava confusa - Rollins, vá e receba a moça. Faça diferente do que fiz com você.

- É isso aí, obedece a mamãe senão vai ficar de castigo. - Fin brinca, fazendo Amanda revirar brevemente seus olhos azuis.

- Ela está tendo mais sorte do que eu. - Tamin diz - Boa sorte, Amanda.

[...]

Se passaram vinte minutos e Olivia já esperava que um de seus detetives chegasse em sua sala com a nova integrante, e assim foi feito. O trabalho de capitã foi interrompido quando ouviu três toques suaves em sua porta, mas de súbita foi a surpresa quando ela se deparou com a oficial - sem acompanhante algum -.

- Bom dia, você deve ser a capitã Benson.

Olivia perdeu-se brevemente na aparência da mulher, mas logo se levantou e estendeu uma de suas mãos para um cumprimento formal. Naquele momento sua tensão e "estresse" sumiram, de alguma forma.

- E você deve ser a...?

- Melinda. Melinda D'Ávila. - Responde com firmeza em sua voz, uma firmeza semelhante ao aperto de mãos.

Benson sentou-se em sua mesa e fez um gesto para que a mulher a sua frente a acompanhasse. Olivia tentou disfarçar enquanto analisava a mulher, na qual a mesma não aparentava ter mais que trinta e poucos anos. Tirando o pigarro da garganta, a mais velha começou a fazer suas perguntas.