O segredo da minha morte- Por Madison Jacques

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No dia seguinte >

É louco pensar como do nada as pessoas adquirem sobre você uma confiança absurda, como gosto tanto da presença de um ser que já fora um total desconhecido?
Josh, meu melhor amigo de longa data, antes de conhecer Julie, antes de conhecer Mirela, Josh já estava em minha vida. Ele é meu melhor amigo desde os meus 5 anos, ele esteve nos meus melhores e piores momentos.
Ele estava lá quando eu apanhei de uma menina na escola ( ele até separou a briga), ele estava Luke nasceu quando eu tinha 10 anos, ele estava quando conheci as meninas, mas o momento em que mais precisei dele, ele estava lá para me reconfortar quando minha mãe veio a falecer, já fazem 6 anos que isso aconteceu, mas vez ou outra eu tenho crise de choro por saudades.
Ela sofreu um acidente de carro, um bêbado dirigindo e minha mãe andando na calçada, tive que ser forte pelo meu pai e meu irmão, mas com o Josh, eu não precisava ser forte, eu desabava de tanto chorar, foram tempos sombrios na minha vida.
Estava encarando meu melhor amigo jogando algum jogo besta de celular.

" se continuar me encarando assim, Mirela ficará com ciúmes." - ele fala e eu ri.

" somos praticamente irmãos, não tem porquê ela ter ciúmes...e eu só tava pensando, como sou grata em ter um amigo como você." - falo e ele sorri.

" temos muita sorte de ter um ao outro." - ele fala sorrindo.-" mas você tem mais sorte, porquê eu sou muito incrível."

Encaro ele franzindo a sobrancelha.

" mimimimi." - falo imitando ele e empurrando ele.

Quebra de tempo >>>

12/05/2023

Fazem sete anos que a minha mãe se foi.
Hoje era um sábado.
Hoje o céu estava mais triste, a vida estava mais triste, mais um ano sem uma pessoa que trazia alegria por onde passava, isso não era justo.
Em casa, não havia um barulho, provavelmente, assim como eu, tanto meu pai quanto meu irmão estavam na cama ainda. Nessas horas, era difícil, mas eu tinha que ser forte por nós três. Levanto da cama e tomo um banho. Faço as higienes e vou preparar o café da manhã.

" Luke." - falo batendo e logo entrando em seu quarto com a bandeja de café da manhã com tudo que ele ama, panquecas com nutella, pão de queijo e suco de laranja.

Ele senta em sua cama e me encara.

" que tal você tomar um banho, escovar os dentes e tomar o café da manhã que sua irmã fez com tanto carinho?" - falo e ele se levanta.-" George te chamou para passar o dia brincando na casa dele, isso te animaria mais?"

" sim...é menos doloroso passar longe daqui."  - forço um sorriso, coloco a bandeja em cima de sua cama e abraço ele, o mesmo logo retribuindo.

" eu te levo depois de você tomar seu café." - solto do abraço e ele acena, indo ao banheiro fazer suas higienes.

Desço para a cozinha e pego a bandeja do meu pai, levando até o quarto dele.

" pai...já está na hora de levantar." - falo ao bater na porta e entrar.

Ele se senta e me encara, esse dia acabava com ele.

" toma seu banho, pai, vai se sentir melhor." - falo e ele acena, logo indo para seu banheiro.

Deixo a bandeja dele em cima de sua cama.

1 hora depois.

Meu pai já estava em seu escritório e agora não saía por nada.
Meu irmão estava pronto para ir na casa de George.

" pai, estou indo levar o Luke."

Meu pai só grita um "ok" e eu sai com Luke.
O mesmo colocou uma música no rádio do carro e foi cantando.