14: Lembranças apagadas

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Tentei manter a calma ao acordar em um ambiente totalmente desconhecido. O lugar estava sujo, especialmente as paredes descascadas e o teto com manchas de mofo dava a impressão de que eu estava em uma casa abandonada ou algo parecido.

De repente, percebo que estou em um quarto, me levanto devagar, sentado na beira da cama enquanto observo o lugar ao meu redor. É então que noto várias ataduras pelo meu corpo assim como na minha cabeça, além de sentir dores muito intensas em todo o corpo, especialmente na região das costelas. A dor na cabeça é tão forte que mal consigo me mover para me levantar. Coloco a mão na cabeça, que está completamente enfaixada.

Apesar da dor intensa em todo o corpo, me esforço para me levantar, solto um leve gemido de dor ao colocar a mão sobre as costas.

Dirijo-me a um espelho à minha frente, que está bastante sujo e embaçado pela poeira e mofo. Decido passar a mão sobre ele, limpando metade da sujeira.

Ao olhar o meu rosto, percebo diversos cortes superficiais, como se eu tivesse caído em um monte de cacos de vidro.

Fico observando minha imagem e passando a mão sobre as manchas roxas que estavam nas minhas pálpebras, até ouvir a porta se abrir de repente.

Me viro para o homem que está à minha frente e fico confusa e surpresa por finalmente ter alguém ali. Ele é alto, com cabelos castanhos-escuros, forte e bonito.

- Finalmente você acordou, anjinho. Eu estava preocupado - ele diz, com uma calma que contrasta com sua preocupação.

Anjinho? Por que ele me chamou assim?

- Onde estou? E quem é você? - pergunto, com a voz trêmula e cheia de dúvidas.

"- Como assim quem sou eu? - ele pergunta, com uma expressão confusa, e se aproxima de mim, tocando em meu braço. Eu me afasto um pouco, ficando a apenas alguns centímetros dele, enquanto olho bem em seus olhos.

- Sim, quem é você? Eu te conheço por acaso?

- Não lembra de mim? - ele pergunta, perplexo, arqueando uma das sobrancelhas."

Confusa seria a palavra certa para descrever esse momento.

- Não.
Na verdade eu não...

- Você não se lembra de nada? De nada do que aconteceu? Nem mesmo do seu nome?

- De nada.

- Isso é uma brincadeira ou algo assim? - perguntou incrédulo.

- E por que eu faria isso? - respondi, sentindo a tensão no ar e a confusão do momento.

- Eu só não... Eu só não consigo acreditar que você realmente não se lembra de nada, absolutamente nada mesmo?

"- Desculpe, não consigo me lembrar de nada. Você poderia me explicar o que está acontecendo, por favor? E quem sou eu? O que aconteceu? - pergunto sem fôlego."

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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