S/N POV
6:30 AM - Nublado.
S/N acordou no som do despertador, seu coração batendo forte no peito. Era o primeiro dia de aula na nova escola, uma escola grande e diferente de tudo o que ela já conheceu. A saudade de casa, das ruas de sua cidade no Brasil, parecia mais forte naquele dia. Ela se levantou da cama, arrastando os pés e tentando se acalmar. A mudança para os Estados Unidos, por mais empolgante que fosse, estava a fazendo se sentir um pouco fora de lugar.
No banheiro, ela olhou para o espelho, tentando arrumar seus cabelos cacheados, mas não estava no humor para lidar com seus fios. Em vez de se preocupar com a perfeição, ela deixou-os soltarem-se de forma natural. A sensação de estranheza e incerteza a acompanhava, mas ela sabia que tinha que seguir em frente.
Seu café da manhã foi rápido, como sempre, e Luiza estava lá, tentando acalmar seus nervos.
Luiza:Vai ser bom, filha. Eu tenho certeza de que você vai se encaixar.E não se preocupe com o que os outros pensam.
Ela disse com um sorriso materno, tentando tranquilizar S/N, mas a jovem sabia que os medos que tinha eram muito mais internos do que sua mãe conseguia entender.Chegando na escola, os corredores estavam repletos de alunos conversando, rindo, e formando grupos. S/N se sentia um pouco perdida entre tantas caras novas. Ela se arrastou pela multidão, tentando não chamar atenção, mas, inevitavelmente, seus olhos se encontraram com ela.
Pensamento: Se arrependimento matasse...
Billie estava lá, com seus amigos, conversando e rindo de maneira despreocupada. Ela usava roupas largas, e seu cabelo estava em um tom vermelho brilhante nas raízes, com um sorriso desafiador estampado em seu rosto. S/N sabia que Billie era a garota de quem todos falavam. A "bad girl" da escola, a que não deixava ninguém em paz, a que ninguém queria irritar.
Mas algo na maneira como Billie olhou para ela a fez sentir um frio na espinha. Não era um olhar amigável, mas sim aquele tipo de olhar que dizia que ela já estava sendo avaliada. Billie parecia ver algo em S/N que a fascinava. Isso a deixou nervosa, mas também curiosa.
Pensamento: Porque ela tá me olhando? (Perdeu o cu na minha cara, só pode, guria retardada).