Os Luthors - Part 4

cap 14

Lena estava fazendo de tudo para me manter distraída.

Sempre mudava de assunto quando eu tentava falar sobre o que aconteceu e isso já estava me irritando.

– Você anda tendo pesadelos Kara ? – Lena perguntou quando já estávamos deitadas – Você tem falando coisas estranhas que não consigo entender enquanto dorme.

Eu hesitei.

– Acabei sonhando algumas vezes com os... Volturi, ultimamente.

Lena me abraçou com força.

– Eles não vão mais nos incomodar. Você será imortal em breve.

Deixei que ela me reconfortasse, meus sonhos agora eram sobre uma criança e os volturi tentando machucar ela.

Alguns dias já tinham se passado e os sonhos estavam cada vez mais realistas.

Quando acordei o quarto estava escuro e quente.

– Lena ?

Apalpei os lençóis e os encontrei vazios.

Neste momento meus dedos encontraram um papel dobrado ao meio.

Quando consegui ligar a luz vi que o bilhete estava endereçado a Sra. Luthor.

Lena tinha ido caçar no continente e voltaria a tarde.

Suspirei.

Pensei que iria precisar de comida para me confortar com sua ausência.

Remexi na geladeira até encontrar todos os ingredientes para um frango frito.

Depois de pronto comecei a comer.

Havia algo... Estranho no sabor ?

Verifiquei a carne e ela estava boa, me perguntei se tinha cozinhado bem.

Mastiguei outro pedaço mais duas vezes. Argh!

Sem duvida estava ruim.

De repente me senti exausta, mas não queria voltar para o quarto quente então abri mais janelas na sala de tevê e deixei no sofá embaixo delas.

Quando abri os olhos de novo, o sol estava alto no céu mas não foi a luz que me acordou e sim os braços frios que me envolviam.

– Me desculpe – Murmurou Lena – Não queria te acordar.

Eu não conseguia me concentrar no que ela dizia.

Um enjôo repentino tomou conta de mim.

– Com licença – Arfei, lutando para me libertar de seu abraço.

Ela me soltou na hora.

– Kara ?

Disparei para o banheiro com a mão cobrindo a boca.

Me senti tão mal que não me importei com sua presença no banheiro enquanto vomitava violentamente.

– Kara ? Qual o problema ?

– Droga de frango estragado – Gemi.

– Está tudo bem ? – Sua voz era tensa.

– Estou – Respondi, ofegante.

Quando minha boca estava com um gosto melhor, procurei em minha mala um kit de primeiros socorros que Nia preparara para mim, talvez pudesse ter algo para ajudar com o enjôo.

Acabei me deparando com uma coisa que Nia empacotada para mim.

Merda...

Será ? Não tem como... Ou teria ?

Comecei a contar mentalmente.

A batida na porta me assustou e a caixinha que eu segurava caiu da minha mão.

– Kara ? Está enjoada de novo ?

– Sim e não – Minha voz saiu estrangulada.

– Kara posso entrar por favor ? – Agora ela estava preocupada.

Ela entrou e avaliou minha posição.

– O que foi Kara ?

– Faz quantos dias desde o casamento ? – Suspirei.

– Dezoito, porque ? O que foi Kara ?

Eu não respondi, tinha voltado a contar.

– Kara ? Você está me deixando maluca.

Estendi a mão para mostrar a ela a caixinha de absorvente intocada.

Ela me olhou confusa.

– Estou tentando dizer... Que minha menstruação está... Atrasada.

Me livrei das mãos de Lena enquanto corria para o espelho do quarto levantando minha blusa.

Os sonhos agora faziam sentido.

Agora era possível ver um volume pequeno na minha barriga.

– Impossível – Murmurei em choque.

Lena ainda estava paralisada no chão sem se mover.

O telefone de Lena começou a tocar insistentemente.

Lena não se moveu para atender.

Assim que consegui pegar o telefone reconheci o número.

– Oi Nia – Minha voz mal saiu.

– Kara ? Kara você está bem ?

– Estou... Emma está aí ?

– Está, qual o problema ?

– Eu não... Tenho certeza.

– Lena está bem ? – Ela perguntou preocupada.

– Não sei ao certo.

Houve silêncio.

– Emma está aqui – Disse ela por fim.

– Kara e a Emma o que está acontecendo ?

– Eu... Os vampiros podem ficar em estado de choque ?

– Lena foi ferida ? – A voz de Emma era urgente.

– Ela só... Foi pega de surpresa.

– Como assim Kara ?

– Eu acho... Que estou grávida.

Nesse momento Lena se ergueu repentinamente.

Ela estendeu a mão para o telefone.

– Acho que Lena quer falar com você.

Depois de alguns minutos que pareceram horas Lena desligou.

– O que Emma disse ? – Perguntei, impaciente.

– Ela acha que você está grávida.

– Vamos embora Kara, vamos para casa.– Disse enquanto ligava para reservar as passagens.

Ela passou a próxima hora no telefone enquanto arrumava as coisas para nossa partida.

Depois de terminar tudo ela se aproximou de mim e me puxou para si.

– Não se preocupe Kara vamos voltar e cuidar disso.

– Cuidar disso ? O que quer dizer ?

– Vamos tirar essa coisa antes que ela possa te machucar.

– Essa... Coisa ? – Repeti, ofegante.

Lena não se importava com o bebê ?

Lena se virou e saiu do quarto com uma mala grande em cada mão.

Eu girei e peguei o telefone que ela deixou na bancada.

Encontrei o número que eu queria.

– Alô ? – A voz atendeu no primeiro toque.

– Alex ? – Sussurrei – Sou eu, você precisa me ajudar.

Notas :

Não revisei 🥹