Os Luthors - Part 4

cap 13

A viagem parecia demorar horas, Lena em nenhum momento me deu nenhuma pista de onde estávamos indo.

Já tinha perdido a noção do tempo quando finalmente chegamos a uma ilha que Emma deu a regina.

– Regina se ofereceu para nos emprestar.

Uma ilha de presente ? Quem dá uma ilja de presente ? Franzi a testa.

Lena colocou as malas no pier e se virou, abrindo seu sorriso perfeito enquanto estendia a mão para mim. Em vez de pegar minha mão ela me puxou para seus braços.

– Não devia esperar pelo momento de passar pela soleira da porta ? – Perguntei, sem fôlego enquanto ela saltava agilmente do barco.

Ela sorriu.

– Tudo o que faço tem que ser completo.

Lena me carregou pelo píer até uma trilha de areia clara em meio a vegetação escura.

Assim que chegamos a casa ela me carregou em silêncio acendendo as luzes para passar.

Lá fora, a lua brilhava na areia branca e a alguns metros da casa as ondas reluziam, mas eu mal percebi essa parte.

Estava mais concentrada na cama branca absolutamente enorme no meio do quarto.

Lena me colocou de pé.

– Eu vou... Pegar a bagagem.

Lena parecia nervosa quando voltou.

– O que você acha... De darmos um mergulho noturno ?

– Parece bom – Minha voz falhou.

Seus lábios roçaram meu pescoço, pouco abaixo da orelha. Ela riu uma vez e seu hálito frio fez cócegas em minha pele.

– Não demore muito, Sra. Luthor, vou esperar por você na água.

Lena passou por mim até às portas de madeira com frestas que se abriam diretamente para a praia. No caminho se livrou da camisa a deixando no chão.

Será que minha pele estava em chamas ?

Lembrei a mim mesma de que devia respirar, depois cambaleei até a mala que Lena deixou no alto da cômoda branca.

Enquanto procurava algo confortável para vestir, uma coisa chamou minha atenção, havia uma renda e pouco cetim em minhas mãos.

Lingerie.

Uma lingerie com etiquetas francesas.

Eu não sabia como nem quando mas uma dia Nia iria pagar por isso.

Desisti.

Fui ao banheiro e espiei pelas longas janelas que se abriam para a praia.

Não consegui ver Lena, imaginei que estaria embaixo da água.

Um pequeno movimento atraiu meus olhos – pendurado em uma parte curva de uma das palmeiras que tinham na praia, o resto de suas roupas balançava na brisa leve.

Uma onda de calor percorreu minha pele novamente.

Quando terminei de tomar banho finalmente estava pronta.

Andei devagar pela areia quente.

Olhei pelas ondas baixas procurando por ela.

Não foi difícil encontrar, estava de pé de costas para mim na altura da cintura fitando a lua.

Eu não ouvia o som de meus passos enquanto andava até a beira D'água, mas sabia que ela tinha ouvido.

Lena não se virou.