02 | Câmeras

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Parei diante da porta, me sentindo totalmente indecisa entre chamar o Nikolai ou realmente passar a noite no frio a espera de que Sam mandasse logo alguém para me ajudar com aquele maldito pneu furado, porém nada disso era pior do que as encaradas...

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Parei diante da porta, me sentindo totalmente indecisa entre chamar o Nikolai ou realmente passar a noite no frio a espera de que Sam mandasse logo alguém para me ajudar com aquele maldito pneu furado, porém nada disso era pior do que as encaradas estranhas que Dario dava para mim como se eu não tivesse o escutado quando mandou eu chamar o meu namorado.

Antes do voo pousar, me perguntei várias vezes se seria uma boa mesmo entrar em uma missão dessas, sendo que, a única coisa que eu queria fazer no momento era cuidar da minha mãe, já que, infelizmente, eu havia a deixado aos cuidados de uma ótima enfermeira russa.

Lidar com o derrame cerebral dela não foi fácil para mim, até hoje não estava sendo, mas eu precisava de dinheiro para dar uma vida saudável a ela. Na Rússia as coisas eram muito mais caras e absurdas do que em qualquer outro país, e eu sabia que minha mãe precisava do melhor, ela merecia o melhor.

A verdade era que eu não queria me envolver em algo grande demais para o meu bico. Contudo, quando recebi a proposta, a curiosidade falou mais alto em também querer descobrir como um homem que estava em cima de uma cadeira de rodas, roubava e era procurado por tudo que era lugar sem ao menos sair de casa. Não havia provas suficientes para pegá-lo de fato, e eu não gostava de admitir, mas casos como esses me deixavam fascinada.

Passei anos atrás de homens assim antes de ser dispensada do FBI, e tendo um plano igual a esse em mãos de novo, me parecia uma ótima oportunidade para ser reconhecida como nunca fui pelo meu primeiro país de sangue, pois segundo as pessoas, o ramo que eu me encontrava era somente para homens. Principalmente na Rússia, onde o preconceito e machismo eram expostos publicamente.

Tinha orgulho de dizer que eu era naturalmente russa, minha mãe também, minha família inteira era, exceto pelo meu pai que era um viajante Espanhol. Apesar de toda a história em si, mamãe acabou me concebendo nos Estados Unidos enquanto comemorava com o papai as bodas de estanho de dez anos de casamento. Logo após, moramos por lá até cerca dos meus três anos de idade, foi quando voltamos para Rússia a mandato dela e eu completei quatro anos.

Ao ter ficado um pouco mais velha e "independente", resolvi optar pela minha dupla cidadania e fiz intercâmbio escolar aos doze anos, consequentemente, dei continuidade a faculdade de direito em Washington City. Quando completei os meus vinte e quatro, resolvi seguir carreira criminalista, o que me ajudou a entrar na agência do FBI. Fui muito competente e prestigiada por eles pelas notas na escola e faculdade que passei. Depois de ser admitida, prestei serviço por sete anos, até ter tido coragem de pedir licença há um ano para cuidar de mamãe.

Ana tinha quase sessenta anos, não tinha ninguém além de mim quando o papai se separou dela há três anos. Na verdade, até tinha o meu irmão, mas Sheldon era tão dedicado quanto eu ao país do qual nasceu, então até o prezado momento, ele não sabia que a mamãe estava doente e eu não queria contar. Meu irmão estava servindo a marinha espanhola e eu não o deixaria pedir licença, assim como eu fiz. Ele era mais jovem que eu, não merecia largar tudo assim.

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