043 | APPLE JUICE.

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23 de Dezembro de 2015

Dia de compras, um dos favoritos da pequena Hazel. A garota adorava passar pelos corredores do mercado, enchendo a cabeça de sua mãe com pedidos enquanto escutava as músicas ultrapassadas do lugar. E quando se tratava da véspera do Natal, tudo ficava ainda melhor.

— Mamãe, podemos complar suco de maçã? — Pediu, pela quinta vez. Sua mãe suspirou.

— Podemos sim, querida. — Afirmou, sabendo que era o sabor preferido de suco da menina. Hazel bateu palminhas.

— E tolta de maçã?

— Veremos...

— Biscoitinho de maçã?

— Hazzie...

— Balinhas de...

— Meu amor, eu sei que você ama maçãs, mas não precisamos de tudo isso. — Sua mãe soltou uma risadinha, apertando o nariz da pequena, que fez um biquinho.

— Tá bom. — Cruzou os braços.

Ambas continuaram à passar pelos corredores. A Senhora Parker parou na seção de molhos, tentando escolher um que fosse bom o suficiente. Hazel ainda se encontrava emburrada.

Porém o bico da garota se desfez assim que ela notou a música que estava tocando no local e, quando sua mãe percebeu, bufou, já sabendo o que estava por vir.

— MAMÃE, TÁ OUVINDO? — A garotinha perguntou para a mais velha, que assentiu.

— Infelizmente. — Murmurou.

"Moves Like Jagger" era uma música viciante. Tanto que, por muito tempo, foi uma das favoritas de Hazzie. E foi exatamente por isso que a mãe da menina bufou, ela já não aguentava mais ouvir o mesmo toque todo dia.

Logo, Hazel começou a cantarolar, enquanto fazia a dança mais desengonçada que podia. Ouviu as risadas que sua mãe soltou, assim como alguns outros adultos que passaram por ali fizeram, achando uma graça.

A pequena estava envolvida e concentrada nos passos — que na sua cabeça, eram ótimos. Nem mesmo chegou a perceber que já estava no fim do corredor. Também não viu o quão distante estava de sua mãe e com certeza não percebeu quando, acidentalmente, esbarrou em algo. Ou melhor, alguém.

— Ai, desculpa. — Hazel se virou, sentindo uma onda de vergonha a invadir e abaixou a cabeça.

Não tivera vergonha de dançar, mas esbarrar em alguém, para ela, era mil vezes mais assustador do que qualquer dança tosca.

— Tudo bem, eu vivo esbarrando nas pessoas.

Assim que ouviu aquela voz, Hazel ergueu a cabeça. Um sorriso instantâneo apareceu em seu rosto e ela avançou nos braços do pequeno loiro que estava ali.

— Walkie! — Exclamou.

O pequeno sorriu, retribuindo o abraço.

— Hazzie!

Ambos soltaram risadinhas. Hazel também cumprimentou a mãe do garoto, percebendo que ela também estava ali.

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𝗟𝗶𝗴𝗵𝘁𝘀, 𝗖𝗮𝗺𝗲𝗿𝗮, 𝗔𝗰𝘁𝗶𝗼𝗻! - 𝐖𝐚𝐥𝐤𝐞𝐫 𝐒𝐜𝐨𝐛𝐞𝐥𝐥.Onde histórias criam vida. Descubra agora