08

260 22 22
                                    

Felix caminhou em silêncio após se despedir de Minho. O homem cumpriu o que lhe foi ordenado, deixando-o na entrada do imponente edifício sem muitas palavras. Agora era a vez dele enfrentar o que estava por vir. Ele caminhou devagar, tentando não pensar muito no que aconteceria quando estivesse na frente de Hyunjin novamente. Embora já soubesse o que o esperava, isso não eliminou a sensação de vazio que se formava em seu peito.

Ao se aproximar do elevador, uma mão o deteve bruscamente. Ele se virou e lá estava seu antigo limpador de cabeça, um homem corpulento com uma expressão marcada de descontentamento.

-O que diabos você está fazendo aqui? -ele rosnou para ele, olhando-o de cima a baixo com desprezo-. Você já deveria ter sido demitido, não é? Eu sempre soube que você era um lixo.

Felix sentiu seu sangue ferver, mas não podia perder a calma. Ele tentou explicar.

-Sr. Hwang... me ligou. "Eu tenho que ir vê-lo." Sua voz parecia fraca, até para ele mesmo.

-Maldito mentiroso! -o velho rebateu, aproximando-se. Você com certeza tem algum plano para ferrar o Sr. Hwang, certo? Você se acha muito inteligente, mas eu sei o que você é! Um desgraçado! Um maldito parasita! Eu deveria ligar para a polícia agora mesmo, ver o que você faz então, seu idiota!

Felix entrou em pânico. Ele não podia se dar ao luxo de acabar na delegacia. Se Hyunjin descobrisse que ele não havia chegado, talvez nem se preocupasse em descobrir o porquê, e isso significaria apenas passar horas ou até dias em uma cela, longe de sua mãe. Eu não poderia deixá-la sozinha ou preocupada. Agora não.

"Não, por favor..." ele gaguejou, sentindo o suor escorrendo pela testa. Desesperado, ele pegou seu celular, mas antes que pudesse discar o número de Hyunjin, seu chefe o arrancou de suas mãos.

-O que você está fazendo, idiota?! -gritou o homem antes de bater o telefone na parede. O dispositivo quebrou diante de seus olhos e o coração de Felix afundou. Agora ele estava ferrado.

Félix não teve escolha. Eu tive que escapar. Ele usou toda a força que conseguiu para se libertar do aperto do velho e correu em direção às escadas. Se ele tentasse usar o elevador, seria facilmente pego. Ao subir, ouvi os insultos e gritos do homem ecoando pelos corredores.

-Maldito covarde! Rato de esgoto! Vou expulsar você daqui! Você não vale nada, escória!

Cada palavra o atingiu como um martelo no peito, mas ele não parou. Subiu os degraus correndo, ignorando a queimação nas pernas e a falta de ar. Ele não conseguia parar. Se ele fosse pego, tudo terminaria muito pior.

Finalmente, ele chegou ao andar do escritório. Sua respiração estava pesada e o suor encharcava sua camisa quando ele abriu a porta e entrou, ofegante. Ele rapidamente foi para o escritório de Hyunjin, mas antes que pudesse bater na porta, a secretária o interceptou. A mulher agarrou-lhe o braço com força, mesmo por cima da ferida do implante.

-Você não pode entrar! -ele rosnou para ela, apertando ainda mais.

Felix soltou um gemido agudo de dor ao sentir algo quente escorrendo por seu braço. A pressão fez com que a ferida se abrisse e começasse a sangrar imediatamente. A secretária, sem demonstrar qualquer compaixão, empurrou-o bruscamente para o chão, fazendo-o cair de costas com um baque forte.

-Você não pode entrar novamente sem permissão! -gritou, mantendo-o no chão enquanto Félix, com dores, tentava acalmar a respiração e o tremor nas pernas.

A dor no braço era insuportável, mas não passava da humilhação de estar deitado no chão, sangrando, enquanto todos o olhavam com desprezo.

Os gritos ecoaram por todo o escritório, mas Hyunjin normalmente não se importava com o barulho. Desta vez, porém, algo na agitação das vozes chamou sua atenção. Ele franziu a testa e deixou cair a caneta sobre a mesa antes de se levantar. Ele abriu a porta de seu escritório com força, a dobradiça rangendo enquanto ele empurrava, e a cena que encontrou o fez cerrar os punhos.

MAGNATE // HYUNLIXOnde histórias criam vida. Descubra agora