Narol?

244 36 18
                                        

-Natália! - A fotógrafa sente seu corpo ser balançado. - Natália, acorda! - Carol insiste.

-O que foi, amor? - Perguntou ainda de olhar fechados, meio dormindo ainda.

-Abre os olhos, acorda! - Continuou mexendo sua noiva até a mesma se irritar.

-Carol, são... - Olhou para o relógio que tinha ao lado da cama. - 4:03 da manhã!

-Eu sei, mas eu acordei com um barulho vindo da cozinha. - Carolina parecia estar com medo.

-Amor, pode ser o vento, talvez a gente esqueceu alguma janela aberta. - Disse trocando a posição e virando de costas para ela agora. - Me abraça para voltarmos a dormir coladinhas, vai.

-Natália, estou falando sério! - Carol voltou a balançar o corpo da outra. - Vai que é um ladrão roubando a nossa casa.

-Você pode ter sonhado com algum barulho, amor. Eu não ouvi nada... - Quando ela acaba de falar isso, ouve um barulho de panela batendo e rapidamente sentou na cama assustada. - Meu Deus, tem alguém assaltando a nossa casa!

-O que a gente faz? - Carol parecia desesperada que nem ela agora.

-Não sei.

-Desce lá para ver se é mesmo, amor. - Carolina disse.

-Eu descer?! Você não me ama não? - Natália pareceu ofendida. - Por que tem que ser eu?

-Porque você tem esses brações musculosos. - Respondeu como se fosse o óbvio.

Elas ouviram o barulho de novo e se assustaram mais.

-Vamos nós duas! - Natália disse já saindo da cama. - Uma bate na cabeça e a outra nas partes intimas.

-Eu bato na cabeça. - Carol logo disse se levantando também.

-Por que que eu sempre tenho que ficar com o pior?

-Porque você tem esses brações e intimida mais as pessoas do que eu.

-Ok, mas isso é injusto. - Ela cruzou os braços ainda insatisfeita. - Você é mais inteligente e pode criar uma estratégia melhor.

Agora as duas estavam no meio do quarto discutindo sobre o assunto.

-Tá, mas inteligência não é sinônimo de força física, eu treinei meu cérebro a vida inteira, não o meu corpo.

-Nem precisa, é tão gostosa.

Carol não conseguiu segurar o sorriso.

-Obrigada. - Carolina sentiu suas bochechas corarem.

Natália foi até um robe de cetim cor vinho e vestiu.

-Por quê está colocando isso agora? - Sua noiva perguntou curiosa.

-Porque se acontecer alguma coisa quero estar bonita. - Respondeu como se fosse simples.

-Natália! - Carol a repreendeu. - Vamos lá! - Ela passou a mão em um guarda-chuva que tinha ali no quarto.

-É com isso que você quer nos defender? - Natália achou graça por um momento.

-Estou tentando, pelo menos.

-Tá bom, deixa comigo. - Pegou o guarda-chuva dela. - Vamos.

Elas saíram do quarto na ponta dos pés, o corredor estava escuro, mas assim que desceram as escadas, notaram que a luz da cozinha estava acesa e os barulhos vinham de lá.

-E agora? - Carol sussurrou com medo atrás de sua noiva. Natália deu de ombros sem saber o que fazer.

Ela colocou a cabeça com cuidado na cozinha para olhar e viu uma figura sendo tampada pela porta da geladeira.

Férias - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora