Abro os olhos devagar, ainda sonolenta, e ouço um barulho na janela. A escuridão da noite envolve o quarto, e o vento balança a cortina, fazendo um som que me faz sentir um arrepio.
Ainda está de noite, e eu não entendo por que a janela está aberta. Me lembro de ter fechado muito bem essa janela antes de ir dormir.
Me levanto da cama, procurando minha pantufa de dinossauro. Ela pode ser estranha, mas é aconchegante e confortável para meus pés cansados.
Calço-a no pé e me levanto, andando pelo quarto até chegar na janela. O vento bate contra os fios do meu cabelo, fazendo-me arrepiar.
Fecho a janela e cubro-a com a cortina, sentindo-me mais segura.
Viro de costas, pronta para voltar para a cama, mas antes de dar o primeiro passo, ouço um barulho alto na cozinha.
É um som de vidro quebrado, seguido de um ruído de móveis sendo arrastados. Meu coração começa a bater mais rápido, e eu sinto um frio na espinha.
O que está acontecendo? Quem diabos estar na minha casa a essa hora da noite ? Meu mente começa a criar cenários terríveis: ladrões, assaltantes, ou algo pior. Eu me sinto paralisada pelo medo.
Tento me controlar e penso em fazer algo. Posso chamar a polícia? Ou tentar ver quem está lá na cozinha? Meu corpo está tremendo.
Respiro fundo e pego o celular da mesa de cabeceira, segurando-o firme na mão.
Com o celular pronto para fazer uma chamada de emergência, começo a andar em direção à cozinha, tentando ser o mais silenciosa possível.
O silêncio é opressivo, e cada passo parece ecoar pela casa. Eu me sinto como se estivesse caminhando para a morte.
Chego na porta da cozinha, sinto minha pernas tremendo como se estivessem feitas de gelatina.
A porta não está totalmente fechada, tem uma fresta aberta que parece um convite para o desconhecido.
Reúno toda a minha coragem e coloco a cabeça para espiar um pouco, meu coração batendo forte no peito.
Um homem que não consigo identificar está jogando tudo que é coisa do armário no chão, como se estivesse procurando algo desesperadamente.
Na mesa, tem uma arma que brilha sob a luz fraca da cozinha. Que eu tenho absoluta certeza que não é minha.
Os pensamentos do que pode acontecer me fazem ficar tonta, e com a cabeça girando como se estivesse em um carrossel.
Tiro minha cabeça devagar e saio daquele local, começo a apressar os meus passos para o meu quarto.
Que parece ser infinitos, sinto que vou desmaiar a qualquer momento.
Entro dentro do meu quarto às pressas e tranco a porta passando a chave duas vezes, sentindo o clique seguro do trinco.
Corro para a minha penteadeira e vou abrindo as gavetas nervosa, procurando algo que me faça sentir segura.
Eu tenho certeza que tinha deixado uma faca de pão aqui.
Abro a última gaveta e acho a faca no fundo da gaveta, sentindo um pouco de alívio.
Pego a faca e corro para o banheiro e o tranco também com duas voltas, sentindo-me mais segura.
Me sento em cima do vaso e ligo o meu celular, que já estava com o número da emergência.
Clico em ligar, sentindo meu coração batendo forte no peito.
Tento respirar fundo para tentar me acalmar.
- Boa noite, qual é a sua emergência? - ouço a voz de uma mulher do outro lado da linha, calmamente.
- Tem um homem dentro da minha casa, ele está na cozinha - sussurro para a moça, temendo que o homem suba para o segundo andar e me ouça.
- Tudo bem, quero que você fique calma e me fale como esse homem é - a moça pergunta com calma.
- Eu não vi o rosto dele, só vi as costas. Por favor, moça, mande logo uma viatura para cá - sussurro ainda mais baixo ao ouvir outro barulho lá embaixo.
- Você pode me informar o seu nome? - pergunta a moça.
- Eu tô quase morrendo e eles se importam com o meu nome? - penso, mas respondo - Carol Baker Perez.
- E qual é o seu endereço, senhorita Carol - pergunta a moça.
- Rua rovalli, apartamento número 18 - sussurro ainda mais baixo .
- Moça, eu tô ouvindo mais barulho, a viatura já está a caminho, certo? - falo já agoniada.
- Sim, senhorita Carol, a viatura já está a caminho. Peço que você fique comigo na chamada - responde a moça.
Concordo com a moça e ela continua fazendo mais perguntas para me distrair, mas eu já tô quase encostando minha cabeça na parede e desmaiando, sentindo-me completamente exausta e assustada.
Autora:
Boa noitee, mais um capítulo para vocês e confesso para vocês, até eu tô um pouco tensa pela Carol.
Amanhã sai o próximo capítulo, cometem e votem muito para eu postar o capítulo amanhã cedinho.
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Amor Ou Obsessão?
FanfictionQuando falarem que policiais são bonzinhos e bons moços, não acredite: eles não são muito bons, são os diabinhos. E o nosso Cristian está de prova disso.