𝐌𝖾𝖽𝗈 𝗂𝗇𝖼𝗈𝗇𝗍𝗋𝗈𝗅𝖺́𝗏𝖾𝗅

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Blair não via Castiel desde aquele dia em que o beijou

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Blair não via Castiel desde aquele dia em que o beijou. Mas sabia que ele estava por perto, sempre estava. Era como se, depois daquele beijo, ela conseguisse sentir a presença dele o tempo todo. A Singer se pegava sorrindo sozinha de vez em quando, e os outros, claro, não deixavam de zoar. Sam, por outro lado, parecia ficar um pouco mais tenso, com aquele jeito enciumado que ele tentava esconder.

Ela costumava sentir uma presença todas as noites, um tipo de sensação que se arrastava suavemente por seu corpo enquanto ela dormia. Não era algo novo, nem surpresa, pois já fazia parte da rotina dela. Cada noite se parecia com a anterior, com aquela mesma sensação de que alguém estava ali, vigiando. Mas, estranhamente, aquilo não a incomodava. Não era um mal, não havia nada de errado com aquilo. Era uma presença familiar. A Singer sabia exatamente de quem se tratava. O anjo. Aquele maldito anjo.

Poderia até soar estranho, a ideia de que ele a observava, mas não era. Ela até gostava disso, pelo menos não se sentiria sozinha, nem teria que temer nada. Ele estava ali, de alguma forma, mesmo que não estivesse visível. Era só perceber a presença dele, e isso a fazia se sentir... segura.

Blair passava a maior parte do tempo dentro do quarto, a não ser quando estava caçando com os meninos. Quando não estava em ação, se isolava, imersa em seus pensamentos, como se tentasse bloquear o mundo ao seu redor. Quem observava de longe poderia jurar que ela estava bebendo mais do que Bobby, o que, convenhamos, não era pouca coisa. Mas, no fundo, ninguém se importava muito. Eles estavam cuidando dela, de um jeito ou de outro, e isso parecia o suficiente para ela naquele momento.

Quando Sam entrou no quarto, Blair estava sentada em sua escrivaninha, absorta na leitura. Folheava uma pilha de livros antigos, tentando entender o que realmente era e o que fazer com o que carregava dentro de si. Seus dedos deslizavam pelas páginas, mas sua mente estava distante, cheia de dúvidas e perguntas não respondidas.

Ele se aproximou com passos lentos, segurando um lanche embalado em papel e uma latinha de refrigerante. Também carregava uma porção de batatas, aquelas que ela sempre gostava.

— Blair! — falou, tentando chamar sua atenção. — Eu trouxe comida. Você não tem se alimentado direito nos últimos dias, percebi isso e seu pai também comentou.

— Se for aquelas comidas de coelho que você gosta, pode levar embora. — ela respondeu, sem olhar para ele, mas com um leve sorriso nos lábios.

— Não, não! — ele riu. — Dean foi comprar comida e eu pedi que trouxesse para você também.

A Singer finalmente fechou o livro, com um breve movimento que fez algumas mechas de seu cabelo balançarem. Ela então se virou, encarando-o, e se levantou, indo até ele.

— Obrigada! — ela sorriu, ainda que de maneira breve, mas sincera.

Sam observou atentamente enquanto Blair pegava o lanche das mãos dele e se sentava na cama. Ela tirou o hambúrguer do papel com uma rapidez surpreendente e deu uma grande mordida, como se estivesse realmente faminta, quase devorando o alimento. Ele não pôde deixar de sorrir ao vê-la comer, achou que ela iria recusar a comida, mas felizmente, foi o oposto. O Winchester se sentou ao lado dela, e o cheiro doce do perfume de Blair se misturava ao aroma da comida, criando uma sensação curiosa, quase reconfortante.

𝐄𝗍𝖾𝗋𝗇𝖺𝗅 𝐄𝖼𝗁𝗈𝖾𝗌, 𝗦𝗮𝗺 𝗪𝗶𝗻𝗰𝗵𝗲𝘀𝘁𝗲𝗿 𝗮𝗻𝗱 𝗖𝗮𝘀𝘁𝗶𝗲𝗹 Onde histórias criam vida. Descubra agora