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Dias depois

Michael estava em uma reunião com sua equipe de produção discutindo os detalhes do videoclipe. Ele parecia distraído, apoiado na mesa com o queixo na mão, enquanto desenhava rabiscos no canto do papel. Quincy Jones percebeu e arqueou uma sobrancelha.

— Michael, você tá com a cabeça em outro lugar. Algum problema com a música?

Michael sacudiu a cabeça, rindo baixo. — Não, Quincy. A música tá perfeita. Só... tô pensando em como convencer alguém especial a participar do clipe.

Quincy soltou uma risada rouca. — Ah, então é isso? E essa pessoa tá te dando trabalho?

Michael olhou para ele com um sorriso travesso. — Mais do que você imagina.

**Naquela noite, em Neverland**

S/N estava no jardim, observando a lua enquanto Michael aparecia com duas xícaras de chá. Ele entregou uma a ela, sentando-se ao seu lado.

— Então, já pensou sobre minha proposta? — Ele perguntou, com um tom casual, mas os olhos brilhavam de expectativa.

Ela suspirou, olhando para ele. — Pensei. E ainda acho que você tá me colocando em uma furada.

Michael fez uma cara de inocência exagerada. — Furada? Você acha que ser perseguida por mim, ao som de uma das melhores músicas que já escrevi, é uma furada?

Ela riu, balançando a cabeça. — Michael, você é um ótimo vendedor, sabia? Mas eu não sei... é muita responsabilidade.

Ele se inclinou, olhando bem nos olhos dela. — Você não precisa fazer nada além de ser você mesma. Anda, sorri... e me deixa apaixonado na frente de todo mundo.

S/N arqueou uma sobrancelha, mas estava tentando conter um sorriso. — Você não acha que as pessoas já sabem?

— Sabem o quê? — Michael perguntou, com uma expressão curiosa.

— Que você tá apaixonado. Tá escrito na sua cara desde 1980.

Michael sorriu, sem desviar o olhar. — E você acha que isso vai mudar?

Ela abaixou os olhos, rindo sem jeito, mas não respondeu. Ele percebeu que tinha ganhado pontos e decidiu pressionar.

— Então? O que me diz? Vai ser minha musa oficial ou vai me fazer implorar?

— Implorar parece uma boa ideia — S/N provocou, cruzando os braços e observando a reação dele.

Michael sorriu, inclinando-se mais perto. — Eu sou bom nisso também, sabia?

Ela jogou a cabeça para trás, rindo. — Você não tem limites, Michael Jackson.

— Só quando se trata de você — ele respondeu com um tom de voz baixo, mas brincalhão, o que fez o coração dela disparar.

S/N respirou fundo, tentando manter a compostura. — Tá bom, mas só vou fazer isso porque não quero que você me perturbe mais.

Michael abriu um sorriso tão grande que ela teve que rir.

— Isso é um "sim"? — ele perguntou, já se levantando como se não conseguisse se conter.

— É um "sim", mas com uma condição! — Ela apontou para ele.

— Qualquer coisa, docinho— ele respondeu, completamente satisfeito.

— Se eu me sentir ridícula andando pra lá e pra cá enquanto você me cerca, eu vou desistir na hora.

Michael riu, estendendo a mão para selar o acordo. — Prometo que você vai adorar.

Ela apertou a mão dele, ainda desconfiada. — Melhor mesmo. Porque se eu virar piada por sua causa, Michael, você tá ferrado.

— Eu já tô ferrado desde 1980 — ele respondeu com um sorriso, puxando-a para um abraço.

E, no fundo, S/N sabia que aquele videoclipe seria mais um capítulo inesquecível na história dos dois.

As semanas que se seguiram foram uma mistura de ensaios, trabalho e momentos de descontração em Neverland. S/N se dedicava às aulas de dança com uma instrutora contratada por Michael, enquanto ele equilibrava sua agenda de gravações, reuniões e os momentos com as crianças.

Certa tarde, S/N entrou no estúdio de dança, sentindo-se animada e um pouco nervosa. A instrutora, Emilly , era paciente e atenciosa, mas não poupava esforços para garantir que S/N dominasse os movimentos.

— Mais uma vez, S/N. Agora com mais confiança. Finja que está enfrentando o Michael de verdade — Emilly disse, enquanto ajustava a postura dela.

S/N bufou, tentando manter o ritmo. — Fácil pra você dizer. Ele vai ficar ali, me encarando com aquele olhar intenso e me fazendo esquecer tudo o que aprendi. E vou rir da cara dele .

Emilly  riu. — É exatamente isso que ele vai fazer. Então, vamos aproveitar essa sala para se preparar. Agora, de novo!

Depois de mais alguns passos, S/N finalmente acertou o movimento final. Emilly aplaudiu de leve e sorriu. — Melhorou muito! Você vai arrasar, tenho certeza.

Enquanto S/N ensaiava no estúdio com Emily, Michael passava o dia em Neverland, aproveitando a presença de crianças que visitavam o rancho. Ele sempre fazia questão de dedicar um tempo especial para brincar com elas, e aquele dia não era diferente.

No jardim, risadas ecoavam enquanto as crianças corriam, explorando cada canto de Neverland. Michael, vestido casualmente com uma camisa branca e calça jeans, estava no centro da diversão. Ele empurrava um grupo de crianças no carrossel, cantando uma melodia improvisada, enquanto outras brincavam de esconde-esconde.

— Mais rápido, Michael! — uma das crianças gritou, segurando-se firme no carrossel.

Ele riu, fingindo estar cansado. — Mais rápido? Vocês querem me transformar em um atleta!

Logo depois, ele parou para tomar fôlego, sentando-se em um banco próximo ao carrossel. Algumas crianças se juntaram a ele, ansiosas para contar histórias e fazer perguntas.

— Michael, como você consegue criar um lugar tão incrível? — uma garotinha perguntou, admirando o ambiente mágico ao redor.

Ele sorriu, olhando ao redor. — Acho que é porque eu nunca quis deixar de ser criança. A gente cresce, mas isso não significa que precisa esquecer como é se divertir. Neverland é um lugar onde todo mundo pode ser livre para sonhar.

As crianças o olharam com admiração, enquanto Michael tirava um pirulito do bolso e oferecia para um dos pequenos que estava mais tímido. — E você, o que acha de Neverland?

O menino sorriu timidamente, pegando o doce. — É o lugar mais legal do mundo.

Michael bagunçou os cabelos dele com carinho. — Que bom que você acha isso. É para isso que existe.

Depois de alguns minutos de descanso, Michael se levantou, estendendo as mãos para as crianças. — Vamos! Ainda tem muita brincadeira para fazer antes do pôr do sol!

Eles correram em direção ao playground, e Michael os acompanhou, pulando e rindo como se fosse uma das crianças. Neverland não era apenas o lugar onde ele vivia, mas um refúgio onde podia compartilhar momentos genuínos de felicidade e liberdade com quem mais valorizava: as crianças que conseguiam enxergar o mundo com pureza e alegria.

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⏰ Última atualização: 9 hours ago ⏰

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