Reencontro

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“Oh garota, eu quero saber
Você está pronta pra chorar?

Por que eu não sou bom, não sou
Ah, garota, eu quero tentar”

L.e.s., Childish Gambino


Lara Smith

Bottom of the Hill, Califórnia

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Bottom of the Hill, Califórnia

00:35 AM


– Comigo vai! 1... – A loira começa a contagem.

– 2... – a outra continua.

– 3!

Na mesma hora, as duas mulheres jogam a cabeça para trás, e a quantidade simbólica de cocaína na parte interna da unha mindinha e bem decorada de Yasmin vai direto na cavidade respiratória da loira, que inspira tudo de uma vez. Minha irmã mais velha, Clara, acompanha nossa amiga na euforia do momento. Por vez a morena é mais resistente a esse tipo de droga, talvez pela frequência do uso ou familiaridade com essa em específico. Não tenho noção de quando Clara teve o primeiro contato com essa parte questionável do mundo, e apesar de não curtir esse tipo de diversão, nunca a contestei sobre, provavelmente por não termos intimidade a esse ponto.

Yasmin cambaleia um pouco mas logo senta com a ajuda de minha irmã, que a segura pelos ombros entre risadas discretas pelo jeito da outra. Claramente a loira estava em outra dimensão. 

O vestido azul que Yas usa realça bem suas curvas sutis e as alças finas dão a impressão de conforto e elegância na mesma medida, a seda gruda um pouco ao corpo, o caimento é curto mas não expõe o rego entre os seios. Um par de brincos longos de brilhantes contrastam bem com o tom bronzeado de sua pele, há também uma fenda no lado esquerdo do vestido, que deixa sua coxa bem visível. Um salto simples e fino completa seu look. 

Diferentemente de minha irmã, que opta por algo mais discreto: uma camiseta cinza de ombro caído e estampa de alguma banda alternativa, uma saia preta de couro falso é segurada por um cinto largo de mesma cor, já nos pés, usa botas de salto grosso e cano alto, também pretas. muitos acessórios de prata compõem a mulher de personalidade marcante que ela é.

Não tive tempo nem para saber lidar com tudo o que está acontecendo diante de mim, agarrada fielmente a um copo de suco de laranja. Um canudo transparente paira entre os meus lábios, levemente manchado pelo meu batom escarlate.

Não me julgue, tenho motivos bem plausíveis para não beber nem usar drogas recreativamente hoje.

Estou praticamente paralisada com a cena maluca de Yas de cabeça baixa e olhar oscilante, posso notar também suas pupilas bem dilatadas e que ela luta para se acostumar a sensação totalmente imersiva que a droga se manifesta, a visão turva e os sentidos confusos. Balanço a cabeça negando em leve divertimento com o estado da outra. É a sua primeira lombra.

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⏰ Última atualização: 20 hours ago ⏰

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