Jungkook [4]

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O Yoongi não sabia o que dizer

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O Yoongi não sabia o que dizer. Eu não sabia o que pensar. 

Então apenas sequei minhas lágrimas e me levantei. O Yoongi ficou me olhando, sem entender, mas logo me seguiu. Ele sabia que eu odiava situações dramáticas, então fez questão de não me perguntar nada. 

Fui até onde ele havia largado sua bicicleta e a ergui. 

— Você vai no banco de trás — falei, percebendo depois o quão ríspido eu soei. 

Mas o Yoongi não me respondeu, como era de costume. Eu montei, e, logo em seguida, ele sentou no banco de trás da bicicleta. O Yoongi odiava sentar ali, mas não tínhamos escolha. 

Esperei até que ele colocasse as mãos na minha cintura, para se segurar, e me pus a pedalar. Era um dia quente, mas uma brisa fresca aparecia de vez em quando. Era bom sentir… 

O Yoongi fungava alto, e isso foi me deixando incomodado. Ele era assim… como posso descrever? Bem, seu aperto na minha cintura era cuidadoso e firme ao mesmo tempo. Acho que isso definia o Yoongi bem… 

Ele é sentimental e verdadeiro com seus sentimentos. O que é legal. O Yoongi não esconde nada, e eu posso ver, apenas pela sua expressão, se ele está muito feliz, triste, com raiva, com sono, entediado ou animado. Ele é como água cristalina. 

O Yoongi é totalmente diferente de todos que eu conheço. Eu nunca deixei que ele soubesse, mas os outros o acham meio estranho. Ele não gosta de futebol, de pipa ou de carros. Ele curtia poesia, séries americanas e gibis. O Yoongi era mesmo diferente do resto dos meninos, mas e daí? Eu gosto de coisas diferentes — talvez por isso ele seja meu melhor amigo. 

Quando parei de pedalar, estávamos perto do bosque. 

O Yoongi saltou do banco de trás, com as sobrancelhas arqueadas. Ele não entendia de jeito nenhum o motivo de eu tê-lo levado ali. E para ser franco, nem eu entendia. Sempre fui impulsivo e senti que era para lá que precisávamos ir. 

— Errr… Também não sei por que quis vir aqui. — Dei de ombros. — Só me pareceu certo. 

Ele apenas assentiu. E, caminhando juntos, eu guiando a bicicleta, adentramos mais no bosque. Dessa vez, para minha felicidade, o ambiente estava vazio. Nem as crianças que costumavam brincar por ali, correndo atrás dos pombos, deram as caras. E isso me deixava mais confortável. Não que eu pensasse que fosse chorar de novo, mas nunca se sabe. 

Chegamos a um ponto em que só havia sombras das árvores, borboletas, o cantar dos passarinhos e uma brisa fresca balançando levemente nossos cabelos. E, por alguns segundos, isso fez com que eu me sentisse quase melhor. Sentamos encostados numa árvore e ficamos em silêncio por muito tempo. 

Eu não gostava muito dessa quietude, ainda mais entre nós dois, que sempre sabíamos o que dizer um ao outro. Só que, naquele momento, não consegui encontrar as palavras apropriadas. 

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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