THE DARLING

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Harper a observou em silêncio, percebendo o peso das palavras não ditas. Finalmente, ela perguntou: "E como foi os primeiros meses em Los Angeles?"

"Foram muito loucos"- Sabrina respondeu rindo ao lembrar- "Assim que eu pisei lá, Phil me levou para dezenas de reuniões com produtores da Columbia Records. Me lembro de uma em específico, com Juliard Ramirez, um cara de meia idade, cabeludo e barbudo.......ele foi o produtor do meu primeiro álbum"

"Álbum?"- Harper perguntou perdida.

"Se lembra que o Phil queria me lançar como uma "Segunda Taylor Swift"? Bom, era para eu ter sido uma artista solo desde o começo"

"Se lembra que o Phil queria me lançar como uma "Segunda Taylor Swift"? Bom, era para eu ter sido uma artista solo desde o começo"

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Los Angeles, 2008
Columbia Records

"Now it's over, There's nothing left for us to do"-Os dedos brancos de Sabrina, passavam pelas cordas do violão - "Besides acknowledge the repelling forces, That are me and you"- Terminou de cantar e logo se virou para Phil e Juliard, que a observava do outro lado do estúdio- "O que acharam?"

Phil olhou para Juliard, que estava com os braços cruzados, pensativo. O ambiente estava tenso, como se as palavras não ditas pesassem mais que a música. Sabrina podia sentir a expectativa no ar.

Juliard foi o primeiro a falar: "Eu vejo onde você está tentando chegar, Sabrina. A melodia é boa, mas... a letra? Acho que falta algo, um pouco mais de... profundidade. Não está vendendo a ideia que queremos passar. Você sabe, o coração da música" - Ele gesticulou, buscando as palavras certas - "Eu posso sentir a emoção, mas precisamos de algo mais acessível, algo que o público consiga se conectar rapidamente."

Sabrina manteve os olhos fixos nele, tentando não deixar a frustração transparecer: "Não entendo..... Você quer que a minha música seja "acessível"?"

Juliard suspirou, esfregando a testa como se buscasse paciência: "Não me entenda mal, Sabrina. A sua música tem alma, mas o mercado exige algo que toque a todos. Algo universal. Essa letra é... densa demais. Não quero que o público precise de um dicionário emocional para entendê-la."

Phil tentou intervir, a voz suave, mas carregada de preocupação: "Sabrina, sei que você quer autenticidade, e isso é importante. Mas pense em como as grandes estrelas começaram. Todas elas tiveram que se moldar um pouco no início, para depois ganharem o espaço e a liberdade de fazer o que realmente queriam."

Sabrina respirou fundo, sentindo o peso das expectativas. Ela sabia que estavam tentando guiá-la para o caminho seguro, mas isso não diminuía a sensação de que estavam pedindo para ela trair a si mesma.

"Tudo bem...... o que você sugere, Juliard?"- Sua voz soou mais baixado do que ela esperava.

"Tem uma música na gaveta! Escrevemos para Taylor, um de nossos artistas mais estourados, mas ele se recusou a gravar.....se chama Why"

Unsaid • Sabrina Carpenter Onde histórias criam vida. Descubra agora