Marcada Pelo Alfa

Capitulo 30

"Veja, Danny", Warren zombou, dando pequenos passos em minha direção. Quase como se dizer meu nome fosse como uma queimadura em sua língua, ele cuspiu. Minhas mãos tremeram enquanto ele se aproximava até ficar a poucos metros de mim. No entanto, não era por medo dele, era pelo choque de perceber que ele tinha um papel em todo esse caos. "Você deveria ter muito cuidado com quem confia. Então, leve isso como uma experiência de aprendizado."

Senti a bile subir na minha garganta enquanto eu o encarava. Eu podia sentir meus olhos brilhando, indicando os primeiros sinais de que meu lobo queria sair. Minha pele começou a ondular, o pelo branco familiar brotando em manchas em meus braços. Minhas gengivas começaram a coçar enquanto meus caninos apareciam e se retraíam repetidamente. Meus dedos começaram a se enrolar enquanto minhas unhas ficavam afiadas. Ouvi o rosnado baixo do meu lobo, querendo sair. No entanto, segurei meu lobo, dizendo a ela palavras calmantes interiormente.

Meu pai e Warren apenas riram, me dando arrepios na espinha por quão sinistro aquilo soou. "Bem, você olha só? Ela mal consegue se controlar", meu pai riu.

"Eu pensei que os Healers fossem fortes, hein, Danny?" Warren disse, quase com raiva. Ele obviamente odiava minha espécie - aqueles que eram capazes de curar e só queriam ajudar os lobisomens.

"Ela será mais forte do que você jamais será", ouvi minha mãe defender. Ela se debateu em suas correntes, tentando soltá-las. Ela cerrou os dentes enquanto a maldição do lobo queimava sua carne.

"Cale a boca, seu imbecil fraco!" Meu pai gritou, chegando perto dela e dando um tapa em seu rosto com força. Minha mãe rosnou, mostrando seus caninos.

Meu coração caiu e apertou enquanto algumas lágrimas escapavam dos meus olhos. Eu estava chocado demais para reagir. Este não poderia ter sido o mesmo pai que me aconchegou à noite e beijou minha testa. O mesmo pai que ensinou Darren a jogar beisebol. O mesmo pai que beijava sua esposa e murmurava palavras de afeição para ela quando chegava em casa.

"Se você tocar nela de novo, eu juro que vou te dar um tapa mais forte do que você já deu nela", ameacei, enxugando minhas lágrimas com raiva.

"Ai, suas palavras me machucaram", ele disse sarcasticamente. "Isso é maneira de falar com seu pai?"

"Você não é meu pai, entendeu?" Eu disse, apontando um dedo para seu peito e sentindo meu lobo querer sair novamente. Por uma fração de segundo, vi o brilho de mágoa em seus olhos verdes. No entanto, deixei passar. Ele merecia depois de toda a merda que ele me fez passar. "Que tipo de pai coloca sua filha em perigo? Que tipo de pai chuta sua filha porque encontrou uma vagabunda? Que tipo de pai ensina seu filho a maneira correta de tratar uma mulher quando ele nem consegue fazer isso sozinho? Você não é um bastardo."

Eu fui até a minha mãe, ficando de pé na frente dela protetoramente. "Uma dama?" Meu pai bufou. "Ela é um animal e por causa dela, meus filhos também são."

Eu mostrei os dentes, já farto. Tomei uma postura de luta, tentando ignorar o rosnado constante da minha loba querendo pular para fora da pele apertada que a envolvia. Foi quando meu pai recuou um pouco, e Warren tomou seu lugar protetoramente.

Agora, era a minha vez de rir. "Ah, esqueci, ele é humano. Fraco e impotente", eu disse confiantemente. "Então, me diga, George. Por que vir aqui como um alvo fácil? Você não acha que eu viria atrás de você agora mesmo?"

"Você não ousaria tocar em um único fio de cabelo da minha cabeça, Daniella," a voz do meu pai nunca tremeu. "Isso é da sua natureza e se você ousasse, Warren não hesitaria em te matar. É isso mesmo, filho?" Ele deu um tapinha paternal no ombro de Warren enquanto Warren assentia.

"Então, agora você está chamando ele de filho? Melhor tomar cuidado Warren, antes que ele abandone você também." Essa declaração o fez tremer. Ele me atacou com seus caninos agora expostos. Revirei os olhos. De alguma forma, não me senti mais tão assustado. É como se houvesse uma presença calmante ao redor. "Posso fazer uma pergunta para vocês dois? Por quê?"