DEPOIS DA PRIMEIRA NOITE [ EM ANDAMENTO ]

01- PÉ NA BUNDA.

Santo Dio!

Los Angeles 01:30
Anos antes.

   Quando Andrew se afastou de mim e apontou para fora do seu quarto, ali eu percebi que eu desenvolvi na minha cabeça uma ilusão na qual nunca, sequer passou pela cabeça dele que eu, sua prima poderia ser uma opção.

Como eu puder ser tão idiota ao ponto de achar que Andrew poderia sentir algo por mim?

   Ele nem sequer sente desejo carnal por mim, que dirá sentimentos. Eu me enganei feio quando tive o pensamento que ele estava me olhando daquele por estar me desejando.

Como eu sou patética!

   Pela milésima vez eu suspiro fundo e mordo a boca pelo lado de dentro para não chorar por um homem que deixou claramente que não me quer e nunca vai me querer.

   Olho para minha direita e vejo uma multidão de pessoas dançado animadamente no meio da pista de dança. Alguns se esfregam uns nos outros, outros pulam, mas cá estou eu, triste, amargurada e só.

   Eu adoro dançar, pular, fazer exatamente o quê eles estão fazendo, mas hoje eu não estou no clima para músicas. Eu só quero beber, encher a cara ao ponto de esquecer o dia horroso que tive no dia de hoje.

   Um homem para ao meu lado tapando meu campo de visão, eu até me irrito um pouco, mas piora me levando há um nível de irritação grandíssimo quando ele me olha de forma maliciosa.

   Reviro os olhos e o homem morde o lábio inferior e neste momento meus olhos fazem uma varredura em seu corpo e sem querer eu vejo o homem apertar o seu pau.

   Indignada por ver o seu gesto obsceno, eu viro o rosto para o outro lado, pego meu copo e viro na boca, mas nem percebo que ele está vazio.

   Encaro o vidro lapidado que não tem nenhuma gota de álcool e depois olho por cima dele há procura de um bartender para que possa me servir outra bebida, mas não acho nenhum além de uma garota que sei que fará de tudo para me expulsar daqui.

   Olhando para ela, levanto a mão mais uma vez para pedir outra bebida e garota que faz uns drinks deliciosos revira os olhos e fingi que não está me vendo.

   Eu não estou bêbada, bom, estou sim, um pouquinho de nada, mas não a ponto de não saber o que estou fazendo e sendo bem sincera, neste momento eu preciso de algo que deixe o meu corpo anestesiado para que eu não sinta a dor da rejeição que tive hoje mais cedo.

   Eu conheço ela por volta de dez anos, nos conhecemos no colegio, mas amizade se estendeu para vida, mas até alguns anos atrás, eu e ela nos víamos com pouquíssima frequência, no entanto por falta de oportunidade no mercado de trabalho ela acabou se tornando atendente em uma boate e desde então não nos separamos mais.

   Eu e ela sempre tivemos contato por telefone, sempre nos encontramos quando dava, mas há três anos atrás ela veio trabalhar aqui e eu passei a vir e desde então, eu estou sempre por aqui, mas hoje Michelly está um porre e pelo visto ela não vai me servir outra bebida.