DEPOIS DA PRIMEIRA NOITE [ EM ANDAMENTO ]

03 - GESTORA.

O inverno...

Chicago 08:50
Dias atuais.

   Sento-me de frente ao espelho e encaro meu reflexo que hoje, apesar da maquiagem que está um pouquinho pesada, não está nada bom. No dia de hoje minha aparência está um pouco abatida e hoje eu pareço mais branca que o normal.

   Solto uma lufada de ar e prendo meu cabelo fazendo nele um rabo de cabelo. Passo os dedos na frente puxando para trás na tentativa de fixar os fios que estão menores por causa da franja, mas sem sucesso, escolho soltar tudo e refazer o penteado, mas agora deixo a franja em seu lugar e faço um coque frouxo no alto da cabeça.

   Eu não dormi bem está noite, na verdade, não dormi quase nada, e nem quando o dia amanheceu eu consegui dormir, acredito que tenha sido por causa do frio terrível que fez na noite passada e durante a manhã não está sendo diferente.

   O inverno em Chicago é bem doloroso para aqueles que não estão acostumados. Ele acontece durante os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, porém, desde novembro a neve pode chegar à cidade trazendo com ele frio e beleza. Já está no meado de Março, mas está época já é possível sentir que o inverno em Chicago é bem frio.

   Eu estou familiarizada com tempo frio, mas a noite de ontem foi muitíssimo gelada e mesmo com muitos cobertores, eu não consegui dormir e agora estou sentindo meu corpo pesar três vezes mais.

   Eu estou devidamente arrumada, pronta para ir a construção Harrison, mas fechar mais um contrato para a empresa que Connor é presidente, mas eu estou tão cansada que neste momento estou um pouco arrependida de estar fazendo esse trabalho.

   Essa jornada entre empresa, contratos e países começou há longos meses atrás quando ele soube dos meus sentimentos pelo Andrew. Em uma tarde na qual meu irmão me chamou para conversar, Connor não gritou e muito menos me repreendeu pelo que eu fiz com o Andrew no quarto dele. A única coisa que meu irmão fez foi me abraçar e me dizer palavras que me inventivaram a seguir em frente.

   Quando eu tomei a decisão de viajar pelo mundo, ele não concordou muito a minha escolha, ele me disse por inúmeras vezes que fugir não seria a solução, mas confesso que sair pelo mundo afora me ajudou sim e já faz muito tempo que eu não sinto mais nada pelo Andrew

   Por muito, muito tempo eu chorei, sofri demais, até perder o sono eu perdi, todas as manhãs era uma frustração diária ter que acordar e me lembrar daquela rejeição que passei, mas com o passar dos dias, das semanas, até que virou meses eu fui entendendo que nem toda pessoa que amamos ao longo da vida é a pessoa que ficará até o fim de nossas vidas.

   Eu segui com isso em mente ao ponto de esquecer da existência dele, mas após receber a notícia que Andrew seria pai, eu não fiquei mordida de ciúmes, eu não senti inveja da Charlotte por estar sendo amada por ele, ao contrário, naquele momento  eu não senti nada além de felicidade por eles.