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Boa noite amores, mas dois eps com os erros corridos e prontinhos pra leitura.
Uma ótima semana a todos e boa leitura!!💖💖
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Acordei com a luz do sol atravessando a cortina no quarto da vitória, parecia que um caminhão tinha passado em cima de mim misericórdia

Ressaca do caramba mano

Me mexi na cama me ajeitando pra pega o celular da Vitória na cabeceira da cama pra ver a hora, ainda era 6h e pouca da manhã e o sol já tava desse jeito rachando

Me ajeitei perto da Vitória, que roncava baixinho com o rosto enterrado no travesseiro. Meu corpo parecia de chumbo, e a cabeça latejava no ritmo de uma escola de samba. A ressaca tinha me pegado de jeito

Fechei os olhos, tentando voltar a dormir, mas o calor tava insuportável. Levantei com o mínimo de força que consegui reunir e fui até a cozinha pegar um copo de água. O chão gelado ajudou a acordar um pouco, mas minha cabeça ainda parecia um tambor

Peguei um analgésico na gaveta e voltei pro quarto. Vitória continuava apagada, cabelo todo bagunçado, uma perna pra fora do lençol. Balançar ela pra acordar? Nem pensar. Não sou louca de enfrentar ela de ressaca

Deitei de novo, mas o celular dela começou a vibrar na cabeceira. Era um dos menor, provavelmente resolvendo algo

Bruna- Amor_ murmurei, cutucando de leve_Teu telefone.

Ela gemeu algo incompreensível, pegou o celular sem abrir os olhos e atendeu

V. Mendez- Fala...
A voz dela tava rouca, meio grossa.
Do outro lado, a conversa parecia urgente. Eu só conseguia ouvir palavras picadas, mas pelo tom, não era boa coisa

Ela desligou e jogou o celular de lado, esfregando o rosto com as mãos

V. Mendez- Preciso sair.

Bruna- Agora? Vitória, pelo amor de Deus, olha pra gente A gente mal sobreviveu ontem

V. Mendez- É coisa do morro, vida. Não tem escolha

Suspirei, porque sabia que discutir com ela não ia adiantar. Vitória era teimosa como uma mula, ainda mais quando o assunto era o morro

Ela levantou devagar, como se carregasse o peso do mundo, e foi direto pro banheiro. Enquanto ela se ajeitava, eu fiquei deitada, olhando pro teto e pensando se não dava pra ter um dia de paz sem problema nenhum

De longe, ouvi a voz dela

V. Mendez- Vida, faz café pra gente? Preciso acordar de verdade

Levantei na marra, indo pra cozinha preparar o café. Pelo jeito, o dia ia ser longo

O cheiro do café se espalhou pela cozinha enquanto eu tentava juntar as peças do meu cérebro destruído pela ressaca. Vitória apareceu minutos depois, com o rosto molhado e um ar mais desperto, mas ainda com aquele peso nos ombros que eu conhecia bem

Ela pegou a xícara de café da minha mão, deu um gole longo e soltou um suspiro profundo

V. Mendez- Valeu, vida. Isso aqui salva vidas, viu?

Bruna- Você é quem precisa se salvar, Vitória. Tá sempre nessa correria, sempre resolvendo alguma coisa_Cruzei os braços, encostada no balcão, encarando ela.

Vitória deu aquele sorriso de canto, meio culpado, meio charmoso

V. Mendez- Cê sabe como é, né? Tem coisa que não dá pra deixar passar

Bruna- Sei, mas queria que hoje pelo menos você ficasse aqui comigo. Sem problema

Ela não respondeu. Só terminou o café em silêncio, largou a xícara na pia e veio me abraçar. O abraço dela era sempre firme, como se quisesse me proteger de tudo, mesmo que o problema fosse ela mesma

Apaixonada pela branquinha do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora