No alto de um prédio - Jayce

135 18 0
                                    

Eu ja estava cansado de tudo isso!

Queria apenas mostrar para o mundo o que posso fazer nesse laboratório, poder mudar a vida das pessoas com meus experimentos, é tudo que eu sempre quis, tudo que eu sempre planejei. Queria mostrar para Piltover, a Cidade do Progresso que eu existia.

Agora parece que tudo foi em vão.

Meu laboratório foi explodido por vândalos que provavelmente vieram de Zaun e todo meu projeto, que
trabalhei duramente, simplesmente foi levado como se não fosse nada como se minha vida não dependesse disso.

Mas será que importa? Tudo o que eu
sempre quis era ser visto, ser reconhecido por alguém.

Até tentei convencer os Conselheiros que meu projeto poderia ser algo maior, que eu poderia mudar vidas e fabricar magia, como eu mesmo disse
para todos naquele escuro e gigante lugar, que só de pensar me dá calafrios.

Achei que pelo menos o maior cientista dessa cidade, Heimerdinger fosse compreender meu lado ambicioso. Mas não, como todos os outros, ele também parece que não acreditou em mim e por telepatia, sabia que estava zombando minhas ideias em seus pensamentos.

Na verdade, deveriam estar pensando que era rotineiro, que eu ali, presente naquela reunião era só mais um caso que deveria ser resolvido em apenas 5 minutos.

Mas não sou ninguém importante. E as vezes sinto que nunca serei.

Não me resta mais nada em que ter esperanças.

Nesse momento, no alto de um prédio, vejo de cima a tão renomada Cidade do Progresso e concluo que realmente sou apenas mais um. Eles estavam certos. Mais um entre tantos outros que também sonham em mudar o mundo.

A cidade estava quase se desligando por completo pelo tardar da noite enquanto apenas observo, em silêncio, ouvindo meus pensamentos turbulentos e respiração. O vento gelado corta meu rosto, causando em meu corpo alguns arrepios. Mas não consigo me importar com mais nada.

Um pensamento rápido vem em minha mente, quero apenas me jogar, acabar com todo esse sofrimento de uma vez por todas. Não tenho mais nada a perder. Tudo que sempre sonhei está indisponível para sempre. Não tenho mais rumo em minha vida.

Fico de pé, na beirada do prédio, tomando coragem para deixar o peso do meu corpo me levar para os destroços lá embaixo e apenas deixar de existir.

Deixo que meus olhos se fechem naturalmente, sinto uma paz inesperada correr sobre todo o meu corpo, como uma despedida e apenas deixo fluir.

Coisas básica pareciam se tornar mais importantes. Uma ultima respiração, um último pensamento, um último passo, uma última lágrima...

Uma voz masculina me acorda de um transe, que achei que estava sob ontrole.

— Estou atrapalhando alguma coisa?

O Tempo Entre Nós - JayVikOnde histórias criam vida. Descubra agora