Lavínia II

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Vez ou outra, passava algum carro por perto, corujas eram mais frequentes. Constantes, somente os grilos. A casa da dona Joelma era em uma das últimas ruas da zona norte da cidade.

O bairro era longe, quieto e alto. Havia uma brisa fresca constante na região.

Aquela noite não era diferente, embora o corpo de Lavínia vestido somente com uma calcinha no meu colo parecesse em brasa.

Toda noite era essa bagunça!

Éramos engajados em uma religião que não aprovava sexo fora do casamento, mas também éramos jovens, saudáveis e cheios de tesão.

Não demorou muito para encontrarmos o meio termo: vale tudo, menos tirar a última peça de roupa.

Apesar de hoje ser ateu, eu super recomendo essa abordagem, tivemos muito tempo pra explorar nossos corpos sem a ansiedade e urgência de querer chegar a um objetivo.

O corpo de Lavínia era um caminho tão gostoso de percorrer, pra que eu deveria me apressar?

Eu vendava seus olhos, pegava uma rosa artificial de um vaso decorativo que ficava na estante, e deslizava pelo seus pescoço, contornando cada seio como um carro sobe uma montanha em espiral. O olhar vidrado na pele ao redor do mamilo se arrepiando.

O cheiro do perfume dela e o som abafado de seus gemidos compunham uma atmosfera mágica.

Conforme a pétala descia e circulava seu umbigo, a respiração acelerava e Lavínia arfava intensamente. Era lindo ver aqueles lindos seios subindo e descendo num ritmo quase sexual, como se o meu desejo a estivesse possuindo.

Quando a rosa chegava à sua virilha, os feromônios já tratavam de impregnar a sala toda. Eu gostava de estreitar a parte frontal da calcinha, fazendo-a cobrir somente a parte onde a pele se partia, e deslizar pelos grandes lábios, tocando levemente a pele sensível das bochechas de sua boceta.

Um tímido ponto molhado começava a se formar um pouco mais abaixo. Esse ponto só aumentaria conforme a pétala passava sensualmente pela parte interior da coxa, descendo pela panturrilha.

Sabendo no que ia dar, às vezes, eu me permitia cobrir aquela área toda onde a calcinha começava a molhar com a minha boca, tragando aquele cheiro, calor e gosto.

Para depois ser empurrado pela Lavínia, ofegante, assustada, completamente fora de si.

- Pára, pára tudo, - seus olhos gritavam que estava perto de um ponto de não retorno - melhor eu tomar uma água.

E saia andando com aquela  bundinha redonda em direção à cozinha.

Não demorou muito pra nossa primeira vez acontecer depois dessa noite. E foi uma ótima primeira vez, de verdade.
Mas as próximas foram melhores ainda.

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⏰ Última atualização: Nov 26 ⏰

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