Capítulo 2

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          (Desculpem eu ter demorado com esse capítulo, mas descobri que sou horrível escrevendo cena de $ex0 (TT^TT))

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          São 4 horas da manhã e Viktor ainda está no laboratório. Ele tentou de vários jeitos manipular o núcleo Hex, sem sucesso. Ele sente, aos poucos, o cansaço e o estresse tomarem conta de seu corpo.
Sua atenção no núcleo brilhante é desviada no momento em que ouve a porta se abrir e um barulhão de livros caindo. Ele se vira e encontra Jayce tentando colocar os livros de volta no lugar.

          - Jayce? O que você está fazendo aqui?
          - eeeeeiii gracinha! - diz Jayce, que quase cai pra trás. - desculpa, eu não queria te assustar, só pensei em te fazer uma visitinha.
          - ué, mas... E o baile?
          - pffff baile chato pa porra! Um monte de almofadinha falando de comércio enquanto as madames falam das roupas uma da outra. CHAAAAATOOOO!

          Viktor arqueia uma sobrancelha. Jayce está estranho. Sua fala está arrastada, seus olhos meio abertos e o andar cambaleante. Ele pega sua muleta e se levanta, e quando chega perto de Jayce, pode sentir o cheiro forte de álcool vindo da sua boca.

          - Jayce, você está bêbado. - ele diz, revirando os olhos. - vai pra casa e vai dormir.
          - quem disse que eu tô? Você que tá!
          - vai mesmo tentar me convencer que não bebeu?
          - ... Só um pouquim.
          - "Pouquim" quanto?
          - ah, sei lá... parei de contar depois do quarto copo!
          - e o que veio fazer aqui desse jeito?
          - ué... Vim ajudar meu parceiro bonitão. - diz Jayce, piscando um olho. - passar a noite fazendo conta com meu parceiro lindo parece ser beeeeem mais divertido!

          Viktor sente uma leve acelerada no coração ao ouvir Jayce o chamando de "bonitão" e "parceiro lindo". Ainda assim, tenta manter a postura.

          - você DEFINITIVAMENTE não vai me ajudar neste estado!
          - ah, qualé, Viiiik.
          - não, Jayce! Desse jeito, a única coisa que você vai conseguir é nos explodir!
          - tá, tá bom, já que é assim, eu vou não mexer em nada. Mas eu vou ficar aqui te assistindo!
          - você devia é ir pra casa.
          - me obrigue!

          Viktor suspira, cansado. Jayce conseguia ser ainda mais teimoso quando bêbado. E certamente não vai ser ele, magro, com uma perna ruim e com a saúde debilitada, que vai conseguir arrastar um homem do tamanho de Jayce de volta pra casa.

          - você quer ficar? Fica. Mas vai ter que ficar quieto e não mexer em nada. Pode fazer isso?
          - sim, senhor! - diz Jayce, batendo continência com cara de deboche.

          De novo, Viktor revira os olhos e volta pro seu trabalho. Jayce se senta no sofá, todo esparramado, e mantém os olhos fixos em Viktor. Não demora muito para Viktor sentir um leve desconforto com isso, especialmente pelo jeito com que Jayce o encara, como um gavião de olho na sua presa. Ele logo percebe que não consegue trabalhar dessa maneira, com o olhar de Jayce o distraindo demais.

          - Vik. - Jayce interrompe o silêncio.
          - que foi?
          - seus olhos... São tão lindos, sabia? Nunca tinha reparado como são dourados. É lindo.

          E mais uma vez Viktor sente seu corpo reagir a essa fala de Jayce, e se concentrar no trabalho vira tarefa impossível.

          - isso é você falando ou a bebida? - ele ri, de nervoso, tentando amenizar a tensão no ambiente. - quer saber? Acho que precisamos de café. Vou pegar pra nós dois.

Amor, Álcool e DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora