• 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑- 𝐈𝐈 •

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O despertador me tirou do sono às 4h30 da manhã, e tudo que eu queria era mais uns minutos na cama. Mas o dia já ia começar e, pelo visto, o clima estaria fresco, como sempre é na Coreia.

Levantei meio cambaleando, liguei o chuveiro e esperei até o banheiro encher de vapor. Assim que a água ficou quentinha, entrei no box e deixei a água cair nas costas, tentando acordar de vez.

Mas, afinal, o que será que se veste pra trabalhar num circo?

Sem ideia nenhuma, coloquei uma camiseta básica, jeans e meus All Star. Peguei a toalha, sequei o cabelo e fiz uma trança simples, prendendo com uma fita branca. Passei um brilho labial só pra não sair com cara de morta, e pronto!.

Ainda precisava arrumar a mochila.

Fui pegando o básico: umas três trocas de roupa, meias, meu diário, uns livros e as coisas de higiene. Peguei também uma colcha pra não morrer de frio à noite e, com muito custo, fechei o zíper da mochila.

Quando desci, Hyuna e Yoonjae já estavam de pé, tomando café da manhã. Eles sempre acordam cedo pra correr. Acho que eu nunca vou entender essa motivação.

— Bom dia, gente — murmurei, ainda meio sonolenta.

— Bom dia, Jiyeon — respondeu Yoonjae. — Tá animada pro seu novo trabalho?

— Animada? Imagina só: vender ingresso e fazer companhia pra um tigre. Não é o emprego dos sonhos? — brinquei, rindo de leve.

Ele riu junto.

— Se quiser, eu te dou uma carona. Vou passar pelo parque de exposições.

— Sério? Valeu, Yoonjae.

Com a promessa de ligar pra Hyuna todo dia, engoli uma barrinha de cereal e meio copo de leite de soja (eca). Mochila no ombro, entrei no carro com Yoonjae e seguimos pro parque.

Assim que chegamos, vi a placa azul indicando os próximos eventos. O lugar era... diferente.

Cascalho, prédios antigos, umas tendas brancas e caminhões estacionados por todo canto. Nenhum elefante à vista, o que foi um alívio.

Vi um cartaz voando e o peguei. Era um tigre branco. Espero que ele não goste de jantar adolescentes, pensei.

Respirei fundo, entrei no prédio principal e fui direto até um homem alto, de cabelo escuro, que parecia o responsável. Ele tava escrevendo numa prancheta, com um chiclete na boca.

— Oi, sou Jiyeon, a nova funcionária.

Ele me olhou de cima a baixo, cuspiu o chiclete no chão (nojento).

— Vai ali por trás, vira à esquerda. Tem um trailer preto e prateado.

— obrigada.

Fiz o que ele disse, segui até o trailer e bati na porta. Uma voz masculina gritou;

— Um minuto!

A porta abriu tão rápido que quase pulei pra trás. Um homem alto, com uma túnica, apareceu rindo. Ele era enorme e tinha um jeito meio engraçado.

— Não se assuste comigo — ele disse, ajeitando a peruca.

Fiquei vermelha na hora.

— Não tô assustada. Só achei que te peguei de surpresa.

Ele deu um sorriso.

— Eu gosto de surpresas. Elas me mantêm jovem e bonito.

Ri de leve, mas parei quando lembrei que provavelmente ele era meu chefe.

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⏰ Última atualização: 12 hours ago ⏰

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𝐀 𝐦𝐚𝐥𝐝𝐢çã𝐨 |• Lee Felix °Onde histórias criam vida. Descubra agora