01

357 70 45
                                    

Agatha Harkness

---

— Você já está ficando velha, Agatha! — minha mãe diz, olhando para mim com uma expressão preocupada.

— E o que isso tem a ver? Eu já disse que não vou me casar! — respondo, irritada.

— Se você não se casar, vamos parar de te dar dinheiro e sua herança será doada — meu pai acrescenta, entrando na conversa.

— Por que vocês não podem simplesmente respeitar a minha decisão? — pergunto, tentando convencê-los.

— Eu já disse, Agatha. Nós vamos encontrar alguém para você se casar, você querendo ou não — minha mãe responde, com a voz firme.

— Quem? — grito, tomada pela irritação.

— Temos contatos. Em breve, você conhecerá seu marido — meu pai diz com um olhar autoritário.

— Tá bom. — Respondo, saindo da sala irritada. Por que eles não podem simplesmente me deixar viver em paz? Sempre quiseram controlar tudo, e desde pequena foi assim. Não é porque temos dinheiro que precisamos agir dessa maneira! Mas eu tenho que obedecê-los, mesmo tendo 30 anos. Não posso ficar sem a herança e sem o dinheiro. É o mínimo que eles podem me dar, mesmo que isso signifique me casar com alguém que nem conheço.

— Agatha, querida — minha mãe diz, entrando no quarto.

— Oi, mãe — respondo, mexendo em alguns documentos que preciso entregar no trabalho.

— Eu e seu pai já encontramos seu novo marido — ela diz, com um sorriso no rosto.

— Mas já assim tão rápido? — pergunto, entrando em desespero. — Cadê meu pai?

— Ele foi resolver algumas coisas na nossa empresa. Na verdade, ele está esperando esses papéis na sua mão — ela fala, apontando para os documentos.

— Estou terminando o último. Já vou para a empresa entregar — digo, tentando manter a calma.

— Tudo bem. Amanhã teremos um jantar com seu futuro marido — ela diz, sorrindo.

E tudo o que aconteceu nos leva a hoje.

— Você está nervosa? — pergunta Alice.

— Nervosa? Estou com tanta raiva deles! — respondo, indignada.

— Eles acham que sou um robô que podem mandar e que vou obedecer — continuo, frustrada.

— Mas, de certa forma, você está fazendo isso — Alice comenta.

— Você não está ajudando. Sabe muito bem por que estou fazendo isso — retruco.

— Sim, eu sei. Já entendi a história de não querer ficar sem a empresa — Alice responde.

Sem bater na porta, minha mãe entra.

— Já está arrumada, Agatha? Ele deve estar chegando — minha mãe diz, apressada.

— E você, Alice? O que está fazendo aqui? — ela pergunta.

— Eu já estou indo embora, senhora Evanora — Alice responde, levantando-se para sair.

— Então ande logo! — minha mãe diz, enquanto sai do quarto.

Estou muito irritada, mas também cheia de emoções. Como ele é? Será que é bonito? Qual é o nome dele?

Desço as escadas e percebo que ele ainda não chegou. Sento no sofá, esperando, até que a campainha toca. Um dos nossos empregados vai abrir a porta.

— Boa noite — diz um homem alto, vestido de terno, que parece muito mais velho. Esse é o cara? — penso.

— Aqui está — ele fala, apontando para alguém que ainda não entrou na casa.

Quando a pessoa dá um passo à frente, percebo que é uma mulher. Uma mulher??? Meus pais nunca foram a favor de casamentos LGBT.

— Rio Vidal, prazer — ela diz ao entrar, estendendo a mão para meus pais.

Minha mãe a observa sem cumprimentá-la, com uma expressão assustada. Com certeza, não esperava por isso.

— Oi? Estamos esperando por um homem — minha mãe responde da forma mais elegante possível.

— Meu irmão não pôde comparecer meus pais me mandaram — Rio explica.

— Eles poderiam ter avisado — meu pai comenta em tom grosso.

Para cortar o clima tenso, me levanto e digo

— Então, vamos jantar? — e me sento à mesa, chamando todos.

Todos se acomodam. No fundo, eu até gostei do que aconteceu uma mulher aparecendo no lugar de outra pessoa deixou minha mãe brava.

Depois de comer, decido ir ao banheiro. Ao chegar lá, percebo que tem alguém dentro.

A pessoa misteriosa logo aparece é Rio, com as mãos molhadas, balançando para secar. Com certeza ela não entende nada de etiqueta, penso.

— E aí? — ela diz, me olhando.

— Oi. Então, o papo do irmão é verdade? Por que você veio no lugar dele? — pergunto curiosa.

— Eu não tenho irmão — ela responde.

— Como assim? — questiono, confusa.

— Seus pais fizeram acordos com os meus, só que esqueceram de perguntar o básico, ter um nome unissex é Foda — ela explica.

— Então eu vou me casar com você? — olho para ela, tentando entender a situação.

— Tecnicamente sim, se seus pais ainda quiserem depois de tudo isso — ela diz.

— E por que você aceitou tudo isso? — pergunto intrigada.

— Você faz muitas perguntas,Harkness. Te veo! — ela responde antes de sair.

Entro no banheiro e penso que mulher estranha.

Após o jantar, estava na hora deles irem embora.

Obrigada, Srta Evanora, por me receber. será uma honra entrar para sua família —  ela fala e eu reviro os olhos.

Se acalme, menina. Iremos pensar ainda — minha mãe diz, apavorada.

Meu pai apenas concorda.

Rio vai embora e ficamos apenas nós.

Você não vai se casar com ela! — meu pai se pronuncia.

Uma mulher? Nada disso! O combinado era que fosse um homem! — minha mãe fala.

A gente precisa pensar em outra coisa! — meu pai diz.

Seja o que for, eu não ligo — eu falo.

Eu tive uma ideia — minha mãe diz.

Lá vem — eu respiro fundo, entediada.

Nós iremos fazer uma festa com pretendentes adequados! — minha mãe fala animada.

Ótima ideia! Comece a preparar as coisas! — meu pai responde, empolgado.

Por que vocês não podem ser pais normais? — eu digo enquanto saio.

---

Dessa vez com homens”, Evanora comenta, tentando animar a situação.

Sim, vou entrar em contato com os pais da moça para que o irmão dela venha dessa vez — ele diz.

Ótimo! — confirma Evanora, empolgada.

Rio Vidal

O plano não pode dar errado! — Rio diz em uma ligação anônima.

Eu vou fazer ela gostar de mim, nem que seja me odiando! — ela fala, nitidamente confiante.







Obrigada por lerem,votem e comentem isso vai me ajudar muito, não tem muitas pessoas lendo minha fanfic por isso comentar e votar é muito importante!!

Beijos 💋

A Noiva Inesperada | AgathaRio (Agatha Harkness e Rio Vidal)Onde histórias criam vida. Descubra agora