05

170 47 110
                                    

Meta do capítulo 80 comentários e 40 votos



Agatha Harkness

Depois de um tempo, eu desisto de tentar encontrar uma solução. Sento no chão do barco, passando a mão no rosto de indignação.

- Desculpa, Agatha, sério - ela fala, olhando para o mar.

- Tá tudo bem, Rio. A gente só tem que esperar alguém sentir nossa falta - eu respondo, me levantando e indo até ela.

- Se forem me salvar, te garanto que vão me deixar morrer - ela diz.

Nesse momento, um vento forte balança o barco. De repente, Rio perde o equilíbrio e cai no mar. Meu coração dispara. Eu sei que ela não sabe nadar!

- Rio! - grito, sem pensar duas vezes. Pulo na água gelada e mergulho em sua direção.

Consigo alcançá-la e agarro seu braço com força. Mas enquanto tentamos voltar para o barco, percebo que a correnteza está nos puxando para longe. O barco começa a se afastar rapidamente e logo desaparece na distância.

- Agatha! O que vamos fazer? - Rio grita em pânico.

- Fica calma! Vamos nadar juntas! - eu digo, tentando manter a voz firme mesmo sentindo o medo crescendo dentro de mim.

Nadamos com todas as nossas forças, mas a correnteza é mais forte do que imaginávamos. Após alguns minutos lutando contra as ondas, avisto uma pequena ilha à frente.

- Olha! Uma ilha! Vamos tentar chegar lá! - falo com esperança.

Com um último esforço, conseguimos alcançar a areia molhada da ilha. Exaustas, nos arrastamos para longe da água e nos sentamos juntas, ofegantes e assustadas.

- Estamos seguras agora? - Rio pergunta, ainda tremendo.

- Por enquanto sim... - respondo, olhando ao redor e percebendo que estamos sozinhas em um lugar desconhecido.

Agora precisamos nos acalmar e pensar no próximo passo.

Estávamos molhadas e com frio em uma ilha grande, cheia de árvores.

- Tá muito frio - ela fala, abraçando os braços.

- Vem aqui - eu digo, sentando ao seu lado e a abraçando.

- Tá melhor agora - ela diz, olhando nos meus olhos. Passamos um tempo trocando olhares.

- Precisamos fazer uma fogueira. Você tem alguma coisa que acenda aí? - pergunto.

- Não - Ela fala

Depois de um momento de silêncio, Rio olha ao redor e vê algumas folhas grandes e galhos.

- A gente pode usar isso para fazer uma barraca - sugere ela, animada.

- Boa ideia! - respondo, sentindo um frio na barriga. Juntas, começamos a reunir materiais naturais, construindo uma pequena barraca entre as árvores. O sol está começando a se pôr, e a luz suave do entardecer dá um tom dourado ao nosso refúgio improvisado.

Depois de algum tempo, conseguimos terminar a barraca. Ela não é perfeita, mas é o suficiente para nos proteger do vento gelado que sopra da água.

- Ficou bem legal! - digo, admirando nosso trabalho.

- Sim! Agora precisamos achar algo para nos aquecer - Rio responde, olhando em volta.

Decidimos juntar algumas folhas secas e galhos menores para fazer uma cama improvisada dentro da barraca. Enquanto trabalhamos, nossos dedos se tocam acidentalmente várias vezes, e cada toque parece eletrificar o ar ao nosso redor.

A Noiva Inesperada | AgathaRio (Agatha Harkness e Rio Vidal)Onde histórias criam vida. Descubra agora