18; Rasga Mortalha.

9 1 1
                                    

10/02/2017 – Quinta-feira, **:** a

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

10/02/2017 – Quinta-feira, **:** a.m
Estrada de Morgan City.

Franzo minhas sobrancelhas pela pontada forte que
sinto na cabeça e pelo odor de carniça forte subir no meu nariz. Sinto meu corpo doer e acordar aos poucos junto com a minha mente.

Abro os olhos lentamente e vejo, por mas que ainda bêbada de sono, que estou largada na estrada de Morgan.

Passo minha língua nos lábio sentindo minha boca extremamente seca, o sabor de ferro se junta a minha saliva me deixando com ânsia. Cuspo a saliva misturada com o sangue de porco.

Eu tinha esquecido do banho de sangue que recebi.

Coloco força nos meus braços sentindo pontos específicos doerem e arderem, ergo meu tronco aos poucos, pois tudo meu dói e pede por socorro.

Quando ergo meu tronco por inteiro, olho para à estrada longa e começo a relembrar das coisas.

Sinto o medo me condenar. Me levanto rapidamente e caio de joelhos tão rápido quanto. Solto gemidos de dor e olho para os meus tornozelos ardidos e doloridos. Arregalo os olhos com ás lágrimas começando a descer pelo meu rosto. Meus tornozelos estavam mais cortados do que antes, sem sapatos, inchados e banhados de sangue.

Olho os dois lado da estrada e estava tudo vazio, sem sinal nenhum de que apareceria alguém para me ajudar.

Mesmo que tivesse, não me ajudariam. Me sinto no filme "Karie, a estranha.", o favorito de Helena.

Fungo alto e olho para os meus braços cheios de sangue seco. A quanto tempo eu estou aqui? Pelo sangue seco e o vazio da estrada, deve ser de madrugada.

Resmungo sentindo uma pontada forte na cabeça.

Me levanto lentamente e quase caio de joelhos novamente, mas eu aguento. Eu preciso chegar em casa e ver minha avó, preciso conversar com ela e entender tudo o que me falaram...preciso saber se o que me falaram é verdade.

Suspiro sôfrego com as dores no tornozelo e na clavícula. São os piores.

Fico de pé por cinco segundos enquanto inspiro e expiro todo o ar ao meu redor que se mistura com o odor horrível que vem de mim.

Dou o primeiro passo, sinto um arrepio por todo meu corpo ao pisar tão fundo e queimar de tanto doer.

Meu vestido estava aos pedaços e só me dei conta disso no quinto passo. Dez quilômetros convertido para caminhada, dão no máximo noventa minutos, mas isso para uma pessoa em estado normal.

Talvez eu só chegue em casa quando o sol estiver batendo na porta e nas janelas. Choro alto sem me aguentar. Ninguém vai me ouvir mesmo.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Mentes Obscuras - Sangue Cérberus Onde histórias criam vida. Descubra agora