n/a: ooooooooooooi, aqui estou eu, às 03:00 da madrugada, postando um capítulo depois de três meses, T R Ê S meses! Isso mesmo! Gente eu tenho que tomar vergonha na cara por demorar tanto tempo! A minha desculpa é: escola, tive que estudar muito e agora estou de férias graças a Deus, mas gente eu não desisti no livro, não se preocupem! Sobre o capítulo: dei uma leve revisada mas amanhã/hoje de tarde dou uma lida nele e arrumo caso tenha algum erro. Okay, então isso, boa leitura e boa madrugada ou noite!
Luciano, mostrando sua intimidade com a bola, mandou-a no meio das árvores do grande casarão onde ocorria o churrasco do avô de Selma, garota com a qual Luciano estava ficando.
Fui lentamente buscar a bola e, ao passar por Beatriz, ela sorriu para mim. Tinha me esquecido completamente de que eu a havia trazido para o churrasco. Seu sorrio fez me lembrar, não apenas de sua presença, mas de tudo que acontecera na minha vida para eu estar naquele exato local naquele momento.
A primeira coisa que veio à minha cabeça foi a primeira vez que eu disse "eu te amo" para alguém, e como eu me arrependi de ter feito aquilo. O nome dela era Marcela Franz, e eu a conheci em junho de 2003, em um acampamento evangélico chamado MAB, mas só em um futuro distante ficamos juntos. Eu tinha 15 anos de idade.
Eu não era evangélico, mas sempre ia nesse acampamento nas férias. Gostava muito. Decidi, depois daquela temporada no acampamento, que dariam uma chance a eles e iria a uma igreja para ver como era a coisa.
Depois descobri que tinha ido justamente numa das igrejas mais... hum... "fervorosas" digamos assim.
O resultado foi que meus risos acabaram de me aproximar de uma garota que ria nos mesmos momentos que eu, durante as pregações do pastor.
— O cara viaja muito! — disse a garota, atraindo olhares raivosos.
— Eles vão matar a gente — respondi, enquanto saia da igreja com a garota em meus calcanhares.
A pele clara, cabelos lisos e castanhos, olhos cor de mel, lábios vivos e rosto de traços delicados compunham de uma expressão de uma garota chamada Sara.
Andamos um pouco sem falar nada, então me despedi.
— Bem, foi engraçado. Vou indo. Tchau!
— Também preciso ir. Tchau! — disse acenando com a mão.
Começamos a andar, por coincidência, na mesma direção. Nos entreolhamos e rimos. Ela iniciou nova conversa.
— Pra onde você está indo?
— Para lá — disse, apontando a direção em que caminhávamos. Rimos.
— Jura? — ironizou. Ela mudou de assunto — Se não concorda com as coisas que o pastor dizia, por que estava ali?
— Ah, eu queria ir a uma igreja evangélica, essa era a única que eu conhecia. E você?
— Meu irmão é dessa igreja. Quando eu passei por aqui o culto estava acontecendo. Fiquei curiosa para ver. Se você não gostou desse, talvez goste do culto da minha igreja. Por que você não vai lá?
— Onde fica a sua igreja? — perguntei receoso.
— Na Aclimação, perto de onde eu moro. O pessoal é mais jovem, o culto é mais legal — fez propaganda animada.
— Nossa! Na Aclimação? Longe demais.
— Longe por quê? Não sabe pegar ônibus, não? — falou como se eu fosse de outro mundo.
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O preço de uma lição.
RomanceOs meninos são, sim, capazes de amar. "Tem um ditado que diz que o amor é cego. É justamente o contrário. Quando você ama de verdade, é capaz de ver coisas que ninguém consegue. Falam que você não consegue enxergar os defeitos, pura mentira também...