|25| Flatness

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flatness: right now, my heart is beating the same out loud, someone is calling my name.

H A R R Y

Meus olhos mal conseguiam se abrir, minhas pálpebras pareciam terem sido coladas umas as outras. Meu corpo estava dolorido e exausto, eu passaria dia a pós dia ali, deitado, ao lado dela.

Pus-me de pé, e andei procurando um banheiro, não conhecia nada daquele prédio. Depois que arrombei a maldita porta que não queria abrir, e depois de ter tido a melhor noite com Rebecca, não me lembrava nem do meu próprio nome.

Lavo meu rosto e minha nuca, não conseguia me acalmar sabendo que ela estava a tão pouco centímetros de mim. Mas que caralhos está acontecendo comigo ?

Andei novamente ao quarto de Becca e ela estava do mesmo jeito, imóvel, nem dava para notar sua respiração. Mas ela sempre foi assim, dorme igual uma pedra. Não sei se é pelo fato de que eu não durmo muito ou porquê realmente é a verdade.

Procuro a cozinha e pego um pedaço bolo que estava na geladeira, foda-se se a casa não é minha, eu estou com fome.

Volto parando quarto e ela esta lá. Começo a me preocupar. Prometi a mim mesmo que não iria acorda-la pelo simples fato de que ela possa estar cansada e, bem, dolorida, assim como eu. Mas já tem minutos de que eu acordei e ela continua ali, sem ter feito nem se quer um movimento.

Me aproximo dela pegando em seu rosto, sua pele está gelada e mais pálida do que o normal.

-Becca?- Seguro seu rosto o balançando de leve -Becca- repito dessa vez um pouco mais alto.

Olho para todo o canto do quarto procurando vestígio de algo. Acabo por avistar um envelope pendendo para fora de uma gaveta de sua cômoda. Caminho até a mesma a abrindo. Seguro o papel que está com um volume dentro. Abro-o tendo então duas seringas em minha mão, uma delas completamente vazia. Olho para a Becca e resmungo qualquer palavrão conhecido deixando os objetos se quebrarem com o impacto no chão.

Corro até ela tentando a acordar novamente sem sucesso. Passo meus braços por de baixo de seu corpo a segurando no colo, e corro em direção a saída.

Tento chamar o elevador por não gostar muito de escadas, mas a irmã dela tinha que comprar justamente o ultimo andar.

-Merda de prédio- resmungo e desço as escadas parecendo um furacão, apenas tomando super cuidado para não derruba-la.

Passo pelo porteiro que me olha indiferente, e corro até o estacionamento.

Deito-a no banco de trás e entro no meu carro, fazendo um marcha ré brusca.

Acelero ao máximo, sempre olhando para trás, me certificando de que ela ainda está viva. Acelero ao ver que o sinal está a ficar vermelho mas freio em cima da hora batendo no volante com força -Merda!

Olho para trás, tocando em seu braço. Ela está cada vez mais gelada.

Quando o sinal fica verde novamente, não sei como meu acelerador não afundou, mas eu meti o pé naquela porra e meu carro saiu disparado em direção ao hospital.

Estaciono o meu carro de qualquer jeito e seguro Becca nos meus braços andando diretamente para dentro do lugar.

Grito por alguém, até que uma mulher ruiva e um homem venham até mim com uma maca. Coloco Becca em cima da mesma, e tento a seguir. Mas como já havia acontecido antes, eles me impedem de entrar junto a minha garota.

Passo as mãos pelos meus cabelos e soco a parede com força. Isso é culpa minha.

Passam minutos, e minutos, e eu não consigo parar de andar de um lado e de outro.

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⏰ Última atualização: Jan 05, 2016 ⏰

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