flatness: right now, my heart is beating the same out loud, someone is calling my name.
H A R R Y
Meus olhos mal conseguiam se abrir, minhas pálpebras pareciam terem sido coladas umas as outras. Meu corpo estava dolorido e exausto, eu passaria dia a pós dia ali, deitado, ao lado dela.
Pus-me de pé, e andei procurando um banheiro, não conhecia nada daquele prédio. Depois que arrombei a maldita porta que não queria abrir, e depois de ter tido a melhor noite com Rebecca, não me lembrava nem do meu próprio nome.
Lavo meu rosto e minha nuca, não conseguia me acalmar sabendo que ela estava a tão pouco centímetros de mim. Mas que caralhos está acontecendo comigo ?
Andei novamente ao quarto de Becca e ela estava do mesmo jeito, imóvel, nem dava para notar sua respiração. Mas ela sempre foi assim, dorme igual uma pedra. Não sei se é pelo fato de que eu não durmo muito ou porquê realmente é a verdade.
Procuro a cozinha e pego um pedaço bolo que estava na geladeira, foda-se se a casa não é minha, eu estou com fome.
Volto parando quarto e ela esta lá. Começo a me preocupar. Prometi a mim mesmo que não iria acorda-la pelo simples fato de que ela possa estar cansada e, bem, dolorida, assim como eu. Mas já tem minutos de que eu acordei e ela continua ali, sem ter feito nem se quer um movimento.
Me aproximo dela pegando em seu rosto, sua pele está gelada e mais pálida do que o normal.
-Becca?- Seguro seu rosto o balançando de leve -Becca- repito dessa vez um pouco mais alto.
Olho para todo o canto do quarto procurando vestígio de algo. Acabo por avistar um envelope pendendo para fora de uma gaveta de sua cômoda. Caminho até a mesma a abrindo. Seguro o papel que está com um volume dentro. Abro-o tendo então duas seringas em minha mão, uma delas completamente vazia. Olho para a Becca e resmungo qualquer palavrão conhecido deixando os objetos se quebrarem com o impacto no chão.
Corro até ela tentando a acordar novamente sem sucesso. Passo meus braços por de baixo de seu corpo a segurando no colo, e corro em direção a saída.
Tento chamar o elevador por não gostar muito de escadas, mas a irmã dela tinha que comprar justamente o ultimo andar.
-Merda de prédio- resmungo e desço as escadas parecendo um furacão, apenas tomando super cuidado para não derruba-la.
Passo pelo porteiro que me olha indiferente, e corro até o estacionamento.
Deito-a no banco de trás e entro no meu carro, fazendo um marcha ré brusca.
Acelero ao máximo, sempre olhando para trás, me certificando de que ela ainda está viva. Acelero ao ver que o sinal está a ficar vermelho mas freio em cima da hora batendo no volante com força -Merda!
Olho para trás, tocando em seu braço. Ela está cada vez mais gelada.
Quando o sinal fica verde novamente, não sei como meu acelerador não afundou, mas eu meti o pé naquela porra e meu carro saiu disparado em direção ao hospital.
Estaciono o meu carro de qualquer jeito e seguro Becca nos meus braços andando diretamente para dentro do lugar.
Grito por alguém, até que uma mulher ruiva e um homem venham até mim com uma maca. Coloco Becca em cima da mesma, e tento a seguir. Mas como já havia acontecido antes, eles me impedem de entrar junto a minha garota.
Passo as mãos pelos meus cabelos e soco a parede com força. Isso é culpa minha.
Passam minutos, e minutos, e eu não consigo parar de andar de um lado e de outro.
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Forever |H.S|
FanficRisque o fósforo Eu sou gasolina e você o fogo Eles se odeiam, mas ao longo do tempo iram perceber que ela foi feita para salvar ele. E que ele, foi feito para salvar ela.