O Segundo Alfa - Larry (Revisando)

Capítulo 4. Harry

Hey, hey, pessoal. Eu tenho visto que tem um pouquinho mais de gente visualizando, mas não muitos votos e comentários. Mas fazer isso ajudaria e muito a trazer mais leitores e me deixaria muito, muito, muito feliz.

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~Harry~

― Então, eu descobri sobre companheiros. Harry e eu conversamos sobre isso, e ele me disse que eu era o companheiro dele. Eu mal podia acreditar e corri para casa naquela noite, feliz com a notícia, e disse a mamãe. Ela disse que estava feliz por eu ter encontrado o meu companheiro, mas ela estava agindo um pouco estranha e realmente não queria falar sobre companheiros comigo. Eu queria saber mais, e eu queria saber sobre o meu verdadeiro pai, de quem eu não tinha perguntado a ela sobre até então. Se ele tinha sido seu companheiro? Mas ela não quis falar comigo.

― Ele me ouviu dizer-lhe, no entanto. Ele não estava feliz por eu ser gay. Eles vieram para me capturar naquela noite. A última coisa que me lembro é de ir dormir, pensando em ir para a Matilha no dia seguinte para saber mais sobre companheiros e acasalamento. Eu estava animado para ver Harry novamente, passar um tempo com ele agora que eu o tinha encontrado, e sabia realmente que seriamos um do outro. A próxima coisa que eu lembro, é acordar em uma cela, algemado a uma cama de ferro. O homem que eu tinha crescido pensando ser meu pai estava de pé em cima de mim. Ele me disse que uma coisa era ter uma aberração como seu filho, mas outra coisa completamente diferente era ter um filho louco o suficiente para ser gay. Ele pensava que ser gay era uma doença, e que devia haver algo de errado comigo. Ele começou por... por me espancar com regularidade. Eu ficava curado rapidamente e então, isso era muito motivo para começarem tudo outra vez e outra vez e mais uma vez depois dessa.

Harry sentiu-se mal. Lembrou-se de forma clara do primeiro dia em que Louis estava desaparecido. Ele parecia tão feliz em descobrir que eles realmente eram um do outro, que o destino os tinha emparelhado juntos. Harry lembrava que estava meio que esperando por Louis aparecer na sua porta na primeira hora da manhã para falar mais com ele sobre isso. Ele esperava ser torturado com a presença constante do seu companheiro por aí até que ele completasse o seu décimo oitavo aniversário, alguns dias depois. A medida que o dia se tinha desenrolado, ele começou a ficar preocupado quando Louis não apareceu, mas pensou na possibilidade de que ele simplesmente resolveu ficar em casa, ou que a sua mãe o tivesse proibido de sair de casa.

Quando o dia seguinte chegou sem nenhum sinal de Louis, ele tentou ligar, mas ninguém atendeu. Então ele foi ver os pais de Louis e descobriu que ele estava desaparecido. Lembrou-se da devastação que sentiu ao pensar que Louis tinha fugido dele, a partir da notícia de que eles eram companheiros e do beijo que tinam compartilhado. Mas ele não imaginou na possibilidade de que ele tivesse sido levado.

Enquanto Harry estava numa merda de auto piedade pensando que o seu companheiro não o queria, Louis estava sofrendo Deus sabe o quê, nas mãos do seu padrasto sádico. Harry teve que lutar contra a náusea para que ele pudesse continuar a ouvir.

― As celas não tinham paredes sólidas, não quando eu fui jogado lá pela primeira vez. Elas eram gaiolas. Fileiras de gaiolas sem nenhuma privacidade. Mudaram isso mais tarde, cobrindo as barras de ferro com placas de gesso cartonado, quando perceberam o quanto estávamos todos conversando uns com os outros. Eu digo todos, porque havia um monte de nós nessas gaiolas. Nenhum dos outros queriam falar comigo, uma vez que descobriram que eu era seu filho. Só que eu não era. Todos viram, depois de um tempo, eu não estava sendo mais bem tratados do que eles. Se qualquer coisa, eu era tratado pior. Ele estava envergonhado e enojado do que eu era, mas mais pelo fato de que eu era gay do que pelo facto de eu ser um shifter. Com o tempo, começou a demorar mais e mais tempo para me curar do que eles faziam para mim.