"Quando a vida está uma merda, ponha-se a escrever."
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Relacionamentos exigem tempo, tempo de qualidade, atenção, carinho mútuo e isso é válido para qualquer tipo do relacionamento. Apartir do momento que você se disponibiliza a alguém, você tem que ter consciência disso, é um fator essencial, um pilar para todo tipo de conexão. Dazai não era presente, ele nunca foi. A verdade é que, por mais que ele tentasse, o ato de só se levantar para ver alguém já o pesava muito. Ele não fazia nada o dia todo e ainda assim, dormia exausto, ou não dormia. Não é exatamente a culpa dele você ter-se grudado a esse relacionamento complicado como um corpo grudado a um sofá após uma necrose celular, o caso é; ele se culpava, todavia, "demonstrativo" nunca foi um adjetivo para ele. - Você poderia ao menos falar comigo? - Quinta vez essa semana, era cansativo escutar toda hora a mesma ladainha como "Eu tentarei mudar" ou "tentarei ser presente" quando na verdade ele não muda. Pedir desculpas é admirável, agora pedir desculpas sem tentar melhorar é humilhante. Você cuspia palavras grossas no telefone, cada uma mais afiada que a outra, se ele soubesse o quanto isso te matava por dentro, será que ele mudaria? - Me desculpe, eu ando tão ocupado. - Ele murmurou, claramente em seu limite. Com o passar dos meses, a relação de vocês ficou cada dia mais complicada. Não, vocês não namoravam, nunca! Você não conseguiria enxergar Osamu daquela forma. Melhores amigos? Oh, ainda parece tão distante...digo, o que vocês são, afinal? Há claramente uma conexão tendenciosa entre vocês e mesmo que a relação ameace a desabar, ela só parece ficar cada dia mais forte. - "Desculpe, Desculpe.." Vocêsó sabe falar isso, caralho!? - A esse ponto, você só queria chorar, dizer as palavras mais rudes e desligar o telefone, o que não aconteceria, você sabe bem. No fim, ele sempre te puxa para ele mais uma vez, 𝙫𝙤𝙘ê 𝙚𝙨𝙩á 𝙥𝙧𝙚𝙨𝙖 𝙚𝙢 𝙨𝙚𝙪 𝙢𝙖𝙜𝙣𝙚𝙩𝙞𝙨𝙢𝙤. Osamu não respondeu, apenas suspirou, com a voz embargada. - Eu estou cansada, Dazai, cansada de tudo isso... - disse você, com a voz exaltada. Finalmente as lágrimas correram por suas bochechas, iluminando delicadamente suas maçãs do rosto. - Eu te odeio, Osamu, eu te odeio. - A mágoa fugiu dentre seus lábios, palavras doloridas que você mesma se arrependeu de ter dito. Não era sério isso, você não o odiava, apenas odiava o que ele fazia com você, e não soube verbalizar isso. Dazai, que era um homem de poucas expressões, arregalou os olhos. A boca trêmula demorou a se abrir, e quando feito com clareza, sua voz estava morta em sua garganta. - Cada dia, cada mensagem, você está nos meus sonhos, está nos meus pesadelos, o que você quer!? - Um grito pode ser ouvido através da chamada telefônica. Com força fraca, você bateu na parede, sentindo seu peito arfar em angústia bruta. - Eu faço de tudo por você, e vocênem se quer fala comigo, você é cruel, Dazai, é isso que você é! - "Cruel", sim, um termo que Osamu já escutou várias vezes. Ele devia estar acostumado, entretanto, vindo de você parecia tão...entristecido. Um adjetivo que ele tanto recebe se tornou surpreendente vindo desta forma, e ele não gostou de receber essa visita inesperada. - Não que você se importe, né!? Você nunca se importou! -