Depois de passar o dia todo no Porto, Ryujin finalmente volta para casa. Assim que adentrou a residência ela logo percebe o silêncio, coisa rara em uma casa com uma criança tão energética como Yejun
Ryujin logo pensou que S/n poderia ter levado Yejun ao parque para ele brincar e gastar o máximo de energia possível. Ela subiu para seu quarto para poder tomar seu banho, e também para pensar sobre a carta que a Yeji havia lhe entregado
[...]
As horas se passaram o relógio de pulso da Shin já passava das nove da noite, o que a deixou mais preocupada com a S/n e o Yejun. Então ela liga para a namorada
- Onde você tá S/n? Já passou das nove da noite - Ryujin pergunta preocupada, logo ouvindo um suspiro do outro lado da linha
- Desculpa Ryujin! O Yejun passou mal e eu trouxe ele na pressa para o hospital e acabei me esquecendo de te avisar
- Como o Yejun tá?
- No momento bem, mas a verdade é que o lúpus dele tá piorando ao poucos - S/n explica
- Eu tô indo até aí - Ryujin diz antes de desligar o celular
Ryujin se apressou para poder chegar logo no hospital e então encontrando S/n con os braços cruzados enquanto toma um copo de café
- Oi S/n, cadê o Yejun? - Ryujin pergunta
- Dormindo - Ela aponta para o quarto na frente dela - O Yuta achou melhor deixar ele ficar em observação essa noite
- Ele vai ficar bem né? - Ryujin pergunta preocupada
- Eu queria dizer que sim, mas não, o lúpus dele tá atacando diretamente o pulmão dele, mas se o lúpus dele começar a aumentar os remédios não vão fazer tanto efeito e ele vai ser obrigado a fazer quimioterapia. A quimioterapia é um procedimento forte de mais para uma criança - Ela suspira e bebe mais um gole do seu café
- Ele vai ficar bem S/n, fica calma - Ryujin puxa S/n para seus braços, abraçando a namorada na tentativa de acalmá-la
[...]
As horas se passaram, S/n dormia na pequena poltrona do quarto de Yejun, enquanto Ryujin não conseguia dormir. Não só pelo fato de Yejun estar naquele estado no hospital mas também pela carta que o pai da S/n havia escrito com a ordem de matar a filha
- Ryujin? - A voz sonolenta de S/n a fez virar rapidamente. A mulher estava de pé, esfregando os olhos, com uma expressão preocupada. - Você tá bem? O que tá fazendo aí?
- Só precisava de um ar. Não consegui dormir.
S/n se aproximou lentamente, cruzando os braços para se proteger do frio.
- Você tá estranha desde que chegou. Aconteceu alguma coisa?
Ryujin tentou disfarçar com um sorriso, mas sabia que S/n a conhecia bem demais.
- Só tô preocupada com o Yejun. E com você. Você tem carregado tanto peso ultimamente...
- Ryujin, eu tô acostumada a lidar com isso - respondeu S/n, embora sua voz traísse o cansaço. - Mas você... parece que tá escondendo alguma coisa.
Ryujin abaixou o olhar, tentando encontrar as palavras certas.
- Não é nada que você precise se preocupar agora. Vamos focar no Yejun, tá?
- Ryujin. - S/n segurou o rosto da namorada com as duas mãos, obrigando-a a olhar nos seus olhos. - Se tem algo acontecendo, eu preciso saber. A gente enfrenta tudo juntas, lembra?
Ryujin engoliu em seco, sentindo o peso da promessa. Ela segurou as mãos de S/n e suspirou profundamente.
- Tem algo que eu preciso te contar, mas não agora. Não aqui. Só me promete que você confia em mim.
S/n franziu o cenho, mas assentiu lentamente.
- Eu confio em você. Mas isso tá me deixando nervosa.
[...]
Ryujin passou o restante da noite tentando afastar os pensamentos sobre a carta, mas sabia que não poderia mais adiar aquela conversa. Enquanto Yejun dormia profundamente, ela olhou para S/n, que acariciava a testa do menor, e decidiu que era o momento.
- S/n... - começou, a voz um pouco hesitante.
- O que foi? - S/n perguntou, sem tirar os olhos de Yejun.
- Preciso te contar uma coisa. É sério. - Ryujin respirou fundo, sentindo o peso das palavras que viriam. - Sobre o seu pai.
S/n finalmente desviou o olhar para a namorada, a expressão confusa.
- Meu pai? O que tem ele?
Ryujin se levantou e caminhou até a janela, tentando organizar os pensamentos. Ela tirou a carta do bolso e a segurou por um momento antes de entregá-la para S/n.
- Essa foi a carta que a Yeji me levou na outra noite no Porto
S/n pegou a carta, franzindo o cenho, e começou a ler. A cada linha, sua expressão de incredulidade e choque aumentava. Quando terminou, sua mão tremia.
- Isso... isso é uma piada, não é? - ela perguntou, a voz quebrada. - Ele não faria isso comigo...
- S/n, eu queria que fosse uma piada. Mas é real. - Ryujin se aproximou, colocando uma mão no ombro da namorada. - Ele contratou alguém para... - Ryujin hesitou, sentindo a bile subir à garganta. - Para te matar.
S/n deu um passo para trás, como se as palavras a tivessem atingido fisicamente. Ela olhou para Ryujin com os olhos arregalados, lágrimas começando a escorrer por seu rosto.
- Por quê? Por que ele faria isso? Eu sou filha dele!
Ryujin segurou as mãos de S/n com firmeza, tentando acalmá-la.
- Eu não sei, mas vou descobrir. O importante agora é manter você e o Yejun seguros.
- Isso não faz sentido! - S/n exclamou, a voz subindo. - Ele sempre foi um bom pai comigo, nunca imaginei que ele fosse capaz de algo assim. Ele quer me matar, Ryujin. E se ele conseguir? E se ele... - Ela engasgou com as próprias palavras, cobrindo o rosto com as mãos.
Ryujin a puxou para um abraço apertado, segurando-a como se sua vida dependesse disso.
- Eu não vou deixar isso acontecer. Nunca. Eu prometo que vou proteger você e o Yejun, custe o que custar.
S/n chorava no ombro de Ryujin, as emoções transbordando.
- Eu não sei o que fazer... eu não sei como lidar com isso.
- Você não precisa lidar com isso sozinha - Ryujin sussurrou, acariciando os cabelos da namorada. - Eu tô aqui. A gente vai resolver isso juntas. Eu já mandei a Yuna investigar quem é o assassino que ele contratou. Vamos impedir isso antes que algo aconteça.
S/n se afastou um pouco, limpando as lágrimas e tentando recuperar o controle.
- Você tá falando sério? - Ryujin assentiu.
- Assim que eu li a carta, eu pedi para a Yuna me ajudar com isso. Ainda não tenho o nome do assassino, mas vou descobrir. E vou garantir que ele nunca chegue perto de você.
S/n respirou fundo, tentando processar tudo.
- Eu confio em você, Ryujin. Mas... e o meu pai? O que a gente faz com ele?
- Isso depende de você - Ryujin respondeu, a voz firme. - Mas, por enquanto, o foco é manter você e o Yejun seguros. Ele não vai machucar vocês. Eu prometo.
S/n assentiu, ainda visivelmente abalada, mas segurando a mão de Ryujin com força.
- Eu não sei o que seria de mim sem você.
Ryujin sorriu, embora seus olhos ainda refletissem preocupação.
- E você nunca vai precisar descobrir.
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máfia in the morning (Shin Ryujin)
RomanceSer chefe de uma máfia não é nada fácil, ainda mas se essa máfia estiver preste a ir por água á abaixo. Mas para resolver isso Ryujin decidi sequestrar a filha do chefe da Yakuza. Podemos dizer que isso é bem arriscado. Mas para a Shin nada é impos...