Pais

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Aika havia saído para caminhar naquele dia, estava colocando os pensamentos em ordem, tentando superar tudo que havia acontecido, até que recebeu uma sms de sua mãe dizendo: "nós precisamos conversar".

Depois de revirar os olhos e guardar o celular, ela foi pra casa. Pior que aquilo, era a chuva que ameaçava cair a qualquer momento.

Aika chegou em casa e encontrou os pais já à sua espera. O ambiente estava carregado de tensão, e o silêncio era cortante. Sentados na sala, eles a encararam com expressões que variavam entre frustração e cansaço. Ela sabia que uma conversa séria estava por vir, mas não esperava que fosse tão dolorosa.

— Finalmente resolveu chegar. — disse seu pai levantando para encara-lá — Aika, precisamos conversar — começou o pai, com a voz firme. — Não podemos mais fingir que está tudo bem.

— Tudo bem? — Aika riu sem humor, cruzando os braços. — Quem está fingindo? Eu nunca disse que as coisas estavam bem.

Sua mãe tentou intervir, mas o pai levantou a mão, pedindo silêncio. Ele continuou:

— Você vive como se não tivesse pais, sem limites e sem saber o seu lugar! Você acha que pode continuar desrespeitando nosso nome e nosso legado? Não nos respeita, não respeita essa casa. Oque diabos você quer?

— Respeitar? — Aika retrucou, a voz embargada. — Vocês nunca me ouviram! Nunca se importaram com o que eu sinto. Sempre foi sobre o que vocês acham que é certo.

Ele deu um passo a frente, sua testa enrugada pela raiva contranstava com tom de irritação de sua voz.

— Você é uma menina ingrata. Nós te alimentamos, colocamos você em uma boa escola, te demos tudo e é assim que você me agradece? — Ele perguntou e enquanto apontava para garota.

— Eu não pedi pra nascer. Eu não pedi pra estar aqui. Desculpa se sou um fardo. Mas eu não me sinto grata, pela casa, pela comida, pela educação.. isso é mínimo que os pais deveriam fazer pelos seus filhos não? Você está se gabando de tudo isso, mas no final não me deu o mais importante.

— Oq-

— Uma família, uma mãe. — ela olhou pra sua mãe que desviou o olhar. — E um pai. Olha, a Marilene esteve mais presente na minha vida que vocês dois, de um jeito ruim é claro, mas estava lá, Baji, Kazutora, Mikey, Draken, Pah, Mitsuya, Emma e Shinichiro foram mais uma família do que vocês dois. No máximo... Vocês são no máximo uns conhecidos. Nunca me perguntaram oque eu quero... Acham que mandar dinheiro substituiu o vazio que sinto aqui? — ela soltou um riso anasalado com a expressão de tristeza. — Vocês não me conhecem.

— E o que você quer, Aika? — perguntou a mãe, quase implorando. — Nos culpar por tudo?

— Quero que admitam que falharam comigo! Que eu sempre fui só um peso pra vocês.

Reencarnando Em Tokyo Revengers. (+16) Onde histórias criam vida. Descubra agora