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The last night.
Blair acordou com um susto, os primeiros raios de sol atravessando a cortina entreaberta e iluminando o quarto que, por um segundo, ela não reconheceu. O colchão era mais macio do que o seu, e o perfume no ar... definitivamente não era o dela. Ela piscou algumas vezes, tentando entender onde estava, mas a resposta veio rápida,um braço repousava sobre sua cintura, quente, pesado, familiar.
Ela virou a cabeça devagar. Do lado direito estava Soobin, dormindo profundamente, os cabelos pretos bagunçados cobrindo parte do rosto. Ele parecia um anjo, com a respiração calma e o peito subindo e descendo de forma ritmada.
E, do lado esquerdo, Yeonjun, o rosto enterrado no travesseiro, a boca entreaberta e uma perna jogada por cima dela.
Ela arregalou os olhos.
"Meu Deus... Não, isso não aconteceu. Não pode ter acontecido."
Mas os flashes começaram. O karaokê, as risadas, os toques, o jeito como Yeonjun tinha se inclinado para beijá-la enquanto Soobin sorria, as mãos dele firmes em sua cintura...
Blair sentiu o rosto queimar.
"Não, não, não. Isso não é real. Foi um sonho."
Ela puxou o lençol, cobrindo o peito, e olhou ao redor. O quarto era uma bagunça. Roupas espalhadas por todo lado, garrafas vazias, sapatos jogados próximos à porta. Ela reconheceu sua blusa pendurada em um abajur.
"Tá bom, isso não é um sonho. Eu realmente fiz isso. Eu dormi com meus dois chefes.Respira,respira.Ótimo, Blair, só melhora."
Ela começou a se mover devagar, tentando não acordá-los. Cada movimento parecia ecoar como um trovão no silêncio do quarto. Ela pegou a camisa que estava no abajur, depois o jeans próximo à cama.
"Ok, só preciso sair daqui. Eles nem vão perceber que eu fui embora."
Quando estava tentando vestir a blusa, uma voz rouca e sonolenta cortou o silêncio:
— O que você tá fazendo aí acordada?
Ela congelou. Virou-se devagar e encontrou Yeonjun olhando para ela, os olhos semicerrados, mas com um sorriso malicioso já começando a aparecer.
— Eu... Preciso ir embora. — Ela respondeu rápido, a voz quase saindo um sussurro.
— Ir embora? — Ele arqueou uma sobrancelha. — Ainda são seis da manhã.
