Que o nosso 2025 seja repleto de alegria, boas histórias e, claro, muita felicidade!
Já chego no primeiro dia do ano com o nosso maravilhoso rei das promessas quebradas hahaha
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.SAMUEL
30 de novembro de 2022
A missão dessa mulher no mundo é me enlouquecer, e, merda, ela está cumprindo perfeitamente.
Enquanto me perco dentro dela, Gabrielle murmura palavras sujas que outrora jamais imaginei que a ouviria falar, palavras que me deixam à beira do descontrole. Suas unhas cravam nos meus ombros, e o som rouco de sua respiração acelera ainda mais meu ritmo, como se estivesse me incentivando a ir além. E a sensação de estar dentro dela, de sentir o seu sabor novamente... porra! Eu morreria feliz agora mesmo.
A diferença entre a garota pela qual me apaixonei vinte anos atrás e a mulher que está embaixo de mim agora é evidente em cada palavra, cada movimento. Gabrielle é mais segura, mais intensa, mais... tudo. Mas, ao mesmo tempo, ela ainda é minha Gabi, minha garota teimosa e apaixonada, que sabe exatamente como me fazer perder a cabeça.
— Samuel... — Ela sussurra meu nome como um feitiço, e isso é suficiente para me fazer esquecer de tudo. Do que fez com que nos afastássemos, dos vinte anos longe, das pessoas que nos atrapalharam... de qualquer coisa que não seja ela, da porra do mundo.
Cada estocada minha é uma confissão silenciosa do que sinto por ela. Do quanto a quero, do quanto sempre quis, e do quanto nunca fui capaz de esquecê-la. O som de nossos corpos se encontrando, o calor, o ritmo frenético... tudo é avassalador.
Meu coração é dela, sempre foi. Desde o momento em que nos falamos pela primeira vez na cachoeira. E agora, cada toque, cada gemido, cada segundo que passo com Gabrielle só reforça isso.
Ela sempre foi mais que sexo para mim, mas, puta que pariu, como é bom foder essa mulher de novo e de novo.
Quando finalmente chegamos ao ápice juntos, o grito abafado dela me faz perder qualquer controle que ainda restava.
Caímos na cama, ofegantes, e por um momento, tudo está em silêncio. Apenas nossas respirações preenchendo o espaço, o peso do que acabamos de compartilhar nos mantendo presos no momento.
— Nunca vou me cansar de você. — Murmuro, minha voz baixa, mas cheia de certeza.
Ela me olha, com um sorriso que poderia iluminar a porra de um mundo inteiro, e se antes já não tivesse a mais absoluta certeza de que faria qualquer coisa por essa mulher, esse sorriso teria me convencido.
♥
Quando saio do banho que, infelizmente, não consegui fazer Gabrielle tomar junto comigo, ela já não está no quarto. Para trás, ficou apenas a cama bagunçada, as roupas jogadas e o cheiro inconfundível dela.
Escuto a voz dela do lado de fora da casa e o som do alarme do carro sendo desligado.
Porra, pra onde ela acha que vai? Sequer tivemos a chance de conversar.
Não tenho chance nem mesmo de tentar descer as escadas para falar com ela. Gabrielle pisa fundo no acelerador, deixando uma nuvem de poeira para trás.
— Eu só vou checar se ele já acordou... — escuto a voz de João no corredor.
Droga!
— Pai... — escuto algumas batidas na porta, mas não estou no quarto certo, ainda estou no quarto de Gabrielle. Porra, o que eu faço agora? — Pai... você já acordou? Posso entrar?
Merda!
O pânico corre pelo meu corpo enquanto analiso rapidamente minhas opções. Eu poderia ficar calado, afinal, ele não sabe que eu estou aqui no quarto de Gabrielle. Isso seria fácil, mas, de repente, meu telefone começa a tocar no volume mais alto possível e não consigo encontrá-lo.
— Pai? — a voz dele se aproxima da porta de Gabrielle e meu telefone continua a tocar, me fazendo sentir uma vítima encurralada. — Você tá aí? O que faz no quarto da minha sogra? — João bate na porta e me vejo incapaz de me manter calado.
— Ah, oi, filho... eu... — finalmente encontro o celular e percebo ser ele mesmo me ligando. — Eu... — rapidamente desligo a ligação e visto minha roupa de corrida. — Eu... o meu...
João tenta abrir a porta, mas, felizmente a tranquei quando ouvi sua voz no corredor.
— Pai, por que você tá trancado aí dentro? — João força o trinco. — O que tá acontecendo?
— Eu... — destranco a porta e saio rapidamente, sem dar a chance para João ver a bagunça que venho fazendo com Gabrielle desde a noite anterior. — O meu celular... ele... ficou na bolsa da Gabrielle ontem a noite... isso, ele ficou na bolsa dela e eu precisava dele.
— Então você resolveu entrar no quarto da minha sogra e mexer nas coisas dela igual um... depravado? — João cruza os braços, me encarando como se eu fosse o maior idiota da face da Terra.
— Ei, calma lá! Não precisa exagerar. — Tento soar casual, mas minha voz sai uma oitava acima do normal. — Não mexi em nada, só entrei pra pegar o celular e... bom, tranquei a porta porque, você sabe, privacidade.
— Privacidade no quarto dela? — Ele arqueia uma sobrancelha, claramente não comprando a desculpa esfarrapada.
— Eu não queria que ninguém pensasse nada errado, João. — Tento me justificar, mesmo sabendo que o buraco está ficando cada vez mais fundo.
— Tá... — Ele suspira, massageando as têmporas. — Vamos fingir que essa sua explicação faz algum sentido. Mas se minha sogra descobrir que você invadiu o quarto dela, vai dar ruim. Muito ruim.
— Não tem por que ela saber, certo? — Arrisco, tentando soar casual enquanto passo por ele no corredor, sentindo o suor frio escorrer pelas minhas costas.
— Certo... — Ele me segue com os olhos, claramente desconfiado. — Mas eu tô de olho, pai. E você tá estranho demais. Aconteceu alguma coisa?
— Nada! — falo rápido demais. — Bom, você quer dizer em relação à aula de dança? Foi boa.
— Sogrinho! — Amália levanta as mãos para me cumprimentar com um abraço, como sempre. — Vocês se divertiram na aula? Tá com fome! A mamãe já fugiu de volta para o trabalho, não nos contou nada. — faz um biquinho que já percebi ser sua arma secreta.
— Bem... — meu telefone volta a toca a plenos pulmões mais uma vez. — Alô!
— Sogro Gato! — é Tiago, o alfaiate. — Preciso de você aqui para testar a roupa.
— Eu não estou disposto a tirar mais medidas, Tiago. — resmungo relembrando o número de vezes que ele passou a mão na minha bunda em uma só visita e ele dá uma risada.
— Traga logo essa bunda maravilhosa pra cá, porque precisamos ver como essa roupa vai cobrir esse monumento que você chama de corpo. — Tiago dispara com uma risada. — Não me obrigue a ligar para a Mali.
— Não ousaria. — murmuro, sentindo o olhar curioso de Amália em mim.
— Tenho o número dela na discagem rápida e não tenho medo de usar! — ele ameaça.
— Tudo bem. — me dou por vencido. — Chego logo mais.
— Um beijo, Sogro Gato! Estou ansioso pelo nosso reencontro.
Desligo e encaro Amália, que agora me olha com um sorrisinho malicioso.
— Quem era? — ela pergunta, claramente se divertindo com a situação.
— Apenas o alfaiate. — resmungo.
— O Tiago? — Ela gargalha. — Ele não parou de falar de você, desde que te conheceu.
— Não me provoque, Mali. — murmuro, começando a subir as escadas para pegar minhas coisas.
— Tudo bem, mas não esqueça: o Tiago tem dedos rápidos e habilidosos. — ela grita, rindo enquanto me afasto.
Droga. Mas se ele acha que vou sem a minha segurança, está muito enganado. Gabrielle prometeu que iria comigo nas demais vezes e ela não vai fugir.
Antes que eu desça mais uma vez, João me manda uma mensagem informando que está voltando com a noiva para o chalé e que deixaram a chave de um carro para que eu pudesse usar, já que a minha moto continuava na oficina e Gabrielle saiu tão depressa com o carro de Mali que me deixou praticamente a pé.
A caminhonete que me resta, é exatamente do mesmo modelo que Gabrielle desejava ter quando éramos adolescentes. Uma S10 com pintura original em prata metálico, que reluz discretamente sob a luz do dia. Costumávamos fantasiar que pegaríamos a minha moto e iríamos viajar pelo país, até que ela me contou do sonho de ter esse carro. Daí, entendi que qualquer que fosse o meio de transporte, o mais importante era estar com ela ao meu lado.
Um sorriso brota em meus lábios. Mesmo que eu não tenha conseguido permanecer ao lado de Gabrielle, pelo menos ela conseguiu realizar o que desejava.
Dou partida no carro, o cheiro de couro novo no interior me trazendo de volta à realidade. O som do motor ronco suavemente enquanto eu saio lentamente do celeiro que é a garagem da fazenda.
— Sogrinho! — Mali vem, sendo carregada no colo pelo meu filho. — Espera!
— O que foi dessa vez, Mali? — tento esconder meu sorriso, mas a situação é cômica. Meu filho, um bobo apaixonado, fazendo cada mínima vontade da sua amada.
— Aproveitando que você e a mamãe estão na cidade, preciso de ajuda.
— Do que precisa? — ela me entrega um papel. — Doces? Mali, acho que aqui deve ter doces, não acho que...
— Não, Sogrinho! — ela revira os olhos. — São os doces do casamento. Vocês vão até a confeitaria, experimentam e...
— E trazem os favoritos. — João determina e Amália confirma com a cabeça.
— Vocês não podem fazer isso? — questiono tentando entender o porquê de eles não poderem experimentar doces.
— Estamos de dieta. — Mali dá de ombros.
— Dieta? — pergunto ao mesmo tempo que meu filho.
— Sim! Como entrarei no meu vestido se só tenho comido e não posso me exercitar? — cruza os braços irritada. — E como um bom noivo, o João está me acompanhando na dieta. Em solidariedade...
— Em solidariedade? — dou uma risada, tentando conter a diversão. — Eu não sei o que é mais engraçado, o fato de você estar de dieta ou a ideia do João fazendo dieta com você. Ele vive de hambúrguer e pizza, sempre foi assim. Você já percebeu que ele come quase um bolo inteiro no café da manhã?
— Ei! — João reclama, mas não consegue esconder um sorriso tímido. — Eu apoio a Mali, como qualquer bom noivo faria. E não vamos esquecer que ela não me deixa comer sozinho, então... por que não?
Amália revira os olhos novamente, mas a leveza no ar entre eles é inegável. O clima de diversão e cumplicidade me faz sorrir, lembrando-me de quando eu e Gabrielle éramos assim, até as menores coisas nos faziam rir e nos aproximavam mais.
— Certo, certo, eu entendi. — Digo, ainda sorrindo. — Vou até a confeitaria com a missão de salvar o casamento de vocês. Só que espero não ser obrigado a fazer dieta também, porque isso, meus caros, está fora de cogitação.
João e Mali trocam olhares cúmplices, e então Mali faz um biquinho.
— Por favor, sogrinho, não me deixe comer doces sozinha, vai ser um sacrifício enorme. — Ela faz um esforço para parecer triste, mas é claro que está se divertindo com a situação.
— Tá bom, tá bom, vou ajudar vocês. — Dou de ombros, rendido. — Mas, de qualquer forma, a dieta de vocês está prestes a ser quebrada. E eu vou garantir que isso aconteça com muito sabor!
♥
Estaciono o carro próximo à prefeitura. Nem fodendo que vou até o Tiago sozinho. E o fato de querer ver Gabrielle, só reforça meu argumento de que ela precisa ir comigo.
Quando chego ao andar do gabinete, percebo Fifi digitando freneticamente no computador e tento me esquivar até a sala de Gabrielle sem que ela perceba, mas uma bolinha de papel me acerta antes que eu consiga encostar na maçaneta da porta.
— O que você pensa que tá fazendo? — questiona, sem desviar os olhos do monitor.
— Eu... preciso falar com a Gabrielle. É urgente.
— Ela está em reunião. — avisa levantando os óculos, ainda sem olhar para mim.
— Reunião? Com quem? Não é com o...
— Não. É uma reunião de verdade. — fala e consegue apenas atiçar minha raiva.
Quer dizer então que "reunião" é um código para encontrar o bastardo do Rogério?
— Eu quis dizer que... — ela suspira, frustrada. — Não é o que você está pensando.
— Essa reunião, tem previsão de acabar quando? — Fifi desvia os olhos para mim pela primeira vez, e é como se estivesse avaliando minha reação antes de responder.
— Não sei, mas deve durar pelo menos mais uma hora. — Ela volta a olhar para a tela.
— Eu posso esperar. — Respondo, o tom mais calmo do que me sinto. Tento ignorar a raiva, mas ela está ali, borbulhando.
— Ou talvez acabe agora mesmo. — Fifi se levanta exatamente no mesmo momento em que a porta se abre e um homem de terno pomposo, sai, acompanhado de Gabrielle.
Ela sorri gentilmente para ele e se despede com um abraço, como se tivesse intimidade para isso. Só então, Gabrielle me nota. Sua expressão de surpresa faz algo se revirar dentro de mim e logo ela retorna para dentro do seu gabinete.
Porra, será que ela não me queria ali?
Fifi acompanha o homem até a porta e logo se volta para mim.
— Você pode entrar, Samuel. — senta-se novamente na frente do computador, preenchendo o silêncio com o som do digitar frenético nas teclas. — A prefeita tem quinze minutos para você.
— Se alguém bater nessa porta, vai perder a mão. — aviso e ela sorri, me olhando por cima dos óculos.
— Ela está te esperando.
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100 comentários e teremos capítulo antes de sábado. Caso contrário, nos vemos no sábado!Não deixem de demonstrar seu apoio com sua estrelinha, comentários e/ou me seguindo no Instagram.
2025 é nosso, Besties! ✨
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Nunca Deixei de Te Amar
ChickLitNão recomendado para menores de 18 anos! ... First Love Second Chance Enemies to Lovers Quando Samuel Barcelos e Gabrielle Alencar se apaixonaram, nem o ódio entre suas famílias nem a necessidade de manter o romance em segredo importavam, apenas o q...