Nunca Deixei de Te Amar

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Besties,

no dia em que escrever for o meu ganha pão e eu tiver que fazer apenas isso para pagar minhas contas, criar meu filho, etc... podem ter certeza que não teremos apenas o máximo de 4 capítulos por semana (que sinceramente nem acho pouco).

Mas, enquanto eu tenho que me desdobrar para escrever um capítulo entre uma soneca e outra do meu bebê, faculdade, trabalho (pelo qual realmente sou paga) e ter uma vida, continuaremos assim. Sinto muito por quem se frusta por ter "poucos capítulos" ou por "demorar para ter capítulos".

Só lembrem de uma coisa: não recebo nenhum centavo para publicar aqui! Publico porque gosto, porque quero.

Dito isso, muito obrigada pelo apoio de vocês que realmente estão aqui porque adoram essa história! Acredito muito que 2025 é o nosso ano!

Fiquem com o capítulo!

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GABRIELLE

04 de agosto de 2002

Acordo e o espaço vazio na cama ao meu lado parece gritar a ausência de Samuel. Não sei o que é pior: o fato de ele ter saído sem se despedir ou o peso esmagador da realidade que nos cerca.

Minha mãe bate na porta com força, o som ecoando no quarto como uma martelada na minha paciência.
— Gabrielle, você vai se atrasar para a escola! — ela grita, como se isso fosse a maior tragédia do mundo.

Reviro os olhos, ainda tentando encontrar coragem para sair debaixo das cobertas. Meu mundo está desmoronando e, honestamente, a última coisa que me preocupa agora é uma aula qualquer.

"Ei, mãe, sabe o que é mais importante do que chegar na escola na hora certa? Não perder o amor da minha vida porque vocês e meio mundo decidiram interferir nas nossas vidas."

Quase digo isso, mas me contenho. A verdade é que ela não entenderia, ou pior, usaria isso contra mim. Respiro fundo, tentando empurrar a irritação para o fundo da minha mente, mas é inútil.

Eu não posso falar em público com o meu namorado que, ei, tá sendo obrigado a noivar com a minha melhor amiga por conta de um bebê que nem é dele. Como é que eu deveria focar em qualquer coisa, muito menos em uma aula de geografia ou o que quer que seja?

— Já tô indo! — Respondo, mesmo sem a menor intenção de me apressar.

Levanto-me devagar, sentindo a bagunça dentro de mim refletir na desordem do quarto. Meu coração ainda dói pela partida silenciosa de Samuel, mas meu estômago revira só de pensar no que pode ter feito ele sair assim. Será que ele foi resolver essa situação de uma vez por todas? Será que ele vai conseguir?

Enquanto minha mãe continua a reclamar no corredor, uma certeza me atinge: eu não posso simplesmente esperar. Se Samuel está disposto a lutar por nós, eu também estou.

Essa bagunça toda precisa acabar antes que acabe com a gente.

Pego meu uniforme com a mesma animação que a rainha Mary da frança caminhou para a guilhotina. O tecido está amarrotado, e normalmente minha mãe faria um escândalo por eu sair de casa desse jeito, mas hoje não ligo. Que ela reclame, grite ou me tranque no quarto de novo. Nada disso importa agora.

Samuel me disse que resolveria tudo, mas como? Jess não parece disposta a ceder, e nossos pais... ah, eles estão adorando o circo que criaram. Não importa se o bebê nem é dele, só querem manter as aparências.