Capítulo 1

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Capítulo 1
Primavera 1815

Papai berrava com o cocheiro.

- Como? Você devia ter corrido !

O cocheiro lhe explicava, em vão.

- O senhor Pedro mandou parar,eu o obedesso senhor Bragança.

- Karlos Eduardo, escute-o,por favor.

Gritava mamãe, aos berros e lágrimas.

-Como, Mariana,não tem como ! Meu primogênito !

As lágrimas escorriam de meu rosto,como Pedro foi ingênuo, parou a carruagem para ajudar um estranho,ah Pedro.

- Escute, Melissa,vamos a cidade .

Aceno com a cabeça e vou trocar a roupa,para irmos.

Ao entrar na carruagem,papai se explica .

-Vamos comprar uma medalha,para colocar no caixão,se nem ao corpo tivemos direito .

Chegamos a Lumus,a empresa da Familia De Fiore,são os Condes da região.

Meu pai toca o sino e uma moça alta de olhos verdes e cabelos loiros sai lá de dentro . Papai reverência a chegada dela.

- Oh senhor Lorde De Bragança,meus sentimentos pelo menino Pedro,oh era um lindo rapaz,fiquei sabendo que estava de casamento marcado !

Papai se recontorce,isso mexe muito com ele, isto é, a morte de Pedro.

- Sim,Obrigado senhora Condessa Helena De Fiore.

-Deseja algo,senhor Lorde De Bragança?

Com esta curta proza, de papai e a senhorita De Fiore,o senhor Tiago De Fiore entra, falando sozinho.

- Não acredito, os Tarsos cancelaram o pedido, os Borges,os Monaretto, precisamos de uma carruagem nova Helena...

Atrás dele veio Vicente, seu filho.

Finalmente nos reparando ali, ele fala.

-Menina Melissa,Oh,está com os olhos enchados...Senhor de Bragança.

Ele faz uma reverência, desnessesaria.

Papai sorri,ao olhar para Vicente.

-Ora senhor Conde De Fiore, creio que temos um assunto agora para conversar, Senhorita condessa, poderia ficar com Melissa?

-Ah, sim perfeitamente.

A senhorita Helena ficou me mostrando as jóias, Vicente, o filho do senhor Tiago, nos observava.

Muito depois, papai sai de dentro do balcão , do escritório da loja.

-Feito, Senhor Conde Tiago.

Pergunta papai.

-Sim ,Lorde Karlos.

-Papai,a medalha.

Lembro a papai.

Escolhemos uma de ouro, com rubis, da cor que Pedro mais gostava. Escrita nela estava. "Lorde Pedro De Bragança *17.06.1798 + 03.09.1815"
Mamãe não veio conosco, pois não parava de chorar.

No caminho para casa, vemos o acampamento cigano, papai suspeita que eles tenham matado Pedro.

Eles são alegres em suas roupas com brilhos.

Papai chega e vai conversar com mamãe, eu me limpo e deço para o jantar. Depois volto e durmo.

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- Bom dia Melissa !

Diz mamãe.

-Bom dia,mamãe .

- Preciso conversar com você.

- sobre o que se trata? Mamãe...

- você sabe que moças, decentes, se casam de um casamento arranjado , não é queria?

Faço sim, com a cabeça.

- O Conde Vicente de Fiore, é novo tem dez anos de idade, como você tem oito, Melissa, resolvemos que com 18 seria melhor, seu pai já até pagou o dote !!

Mamãe disse isso tudo em uma suspiro só.
O Conde Vicente é muito bonito mesmo, será uma honra corteja-lo.

O dia se passou sereno,a noite logo após o jantar, pego pensando em Vicente, meu deus, será que ele também gosta de mim?

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