Melissa
Enquanto eu dedilhava a harpa, mamãe se arriscava em um quadro, uma paisagem, uma casa de frente a um lago.
A que Pedro moraria se vivo tivesse.
Lembranças daquele dia me vem a mente.
Quando Catarine ficou sabendo que teu noivo tinha morrido.
"- Acalme-se senhorita Catarine !
-Oh meu noivo, minha vida, minha paixão, meu amanhecer...
Lembro me do drama que Catarine fizeste.
-Oh eu irei morrer ! "
-Melissa porque parou de dedilhar?
Me perguntava mamãe, nem eu mesma tinha reparado que tinha parado de dedilhar.
-Ah,mamãe estava destraída !
Ele volta a pintar o quadro, e eu a dedilhar a harpa.
Vicente
- Eduardo, olhe !
Mostro a Eduardo uma pulseira de prata,com esmeraldas lapidadas, que eu mesmo lapidei.
-Linda , meu amigo !
- A darei a senhorita Melissa,o que acha?
- A senhorita irá adorar !
Saio a caminho da casa de Melissa.
Deixo Eduardo na sala de jóias,em meio a estrada,mas preciso em frente ao acampamento cigano,a uma moça a senhorita Samira,e outra mulher atravessam a estrada.
Tive que parar de vez na estrada fazendo Amanhecer,meu cavalo,levantar as duas patas para o ar,quase me derrubando.
Samira
Quase que colidimos com Conde Vicente, ele deixa cair um saquinho no chão, eu o pego.
Ele pede perdão e sai novamente com o seu cavalo.
Eu abro a boca para mandar parar,para lhe devolver o pacote quando mamãe fala.
- Ah não se atreva , Samira!
-Mamãe,devo devolve-lo !
Mamãe sabe que estimo o conde Vicente demais e que faria tudo para te lo .
-E perder a oportunidade de vê lo novamente ?
Vicente
Quase a beira da casa de Melissa percebo que o bracelete sumiu.
Voltou pela estrada para acha-lo , mas não o faço.
Quando chego a minha casa , Doroteia me avisa .
-O senhor conde Vicente ! Me ajude a uma moça, senhorita Samira,cigana ! Esta aqui,quer lhe ver !