NCIS INVESTIGAÇÃO NAVAL - O CASO É SEU

Capítulo 9: Um pequeno abrigo

Ana Rossi

Sentada na cadeira de frente com o diretor, ele esperou um pouco, como se estivesse procurando as palavras certas.

Ana: Irá me afastar do caso?

Leon: Não, eu sinto muito pela sua família. Desculpa o meu tardar, estive em várias reuniões desde o início do mês.

Seguro as lágrimas em meus olhos ao lembrar dos corpos.

Ana: Diretor... eu precisei fazer isso... não queria envolver ninguém... eu achei que poderia acha-lo e vingar a morte dos meus pais e da minha irmãzinha...

Senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, minha vista ficou embaçada, e vi algo branco, era um lenço dado pelo diretor, aceitei e sequei as lágrimas.

Leon: Não segure as lágrimas.- voltando a sua cadeira. - A perda de um ente querido é doloroso, todos sabemos como é, teve suas razões, mas permitiu que sua equipe a ajudasse.

Neguei com a cabeça.

Ana: Eu não queria... mas Marty apareceu e depois o Gibbs não me deu outra escolha senão permitir... o assassino os tem na mira... pediu para deixar o caso...

Leon: Escutei o bilhete, ele não tem interesse em nós mas um ódio mortal por você desde o momento que investigou, o que significa que ele havia te poupado mas agora deseja mata-la. Isso me preocupa, ele matou Wang diante de vocês e poderia ter sido você.

Ana: Eu sei...

Leon: Precisamos investigar o seu passado, Ana, suas lembranças, alguém que poderia ser uma ameaça.

Ana: Não tenho boa memória, diretor, eu nunca fui boa com isso. Mas irei me esforçar.

O assassino disse que havia uma dívida entre ele e meu pai. A polícia afirmou que minha mãe e minha irmã morreram antes do meu pai, e que meu pai estava nervoso, estressado, o que significa que Mr.Mask quis vê-lo sofrer antes de executa-lo.

(...)

Abby: Eu vi as fichas do seu pai , coisas pequenas até aos 15 anos, mas nada muito importante.

Me senti cansada e já era 22:05 da noite.

Ana: Tudo bem, obrigada.

Dou boa noite e vou até a sala onde Marty e Mcgee me aguardavam.

Marty: Vamos?

Bocejo um pouco e concordo. Gibbs me deixou as cuidados do meu amigo e de Mcgee nessa noite, e fomos para a minha casa. Fiquei feliz por chegar em casa, estava com o corpo exausto, tomei um banho, coloquei um pijama e ao me sentar na cama acabei apagando.

Timothy Mcgee

22:30 ela não tinha descido, fui até seu quarto, bati mas não respondeu, a luz estava acesa, com medo abri a porta, temendo o pior, estava deitada, me aproximei olhando ao redor.

Ao chegar perto toquei de leve a minha mão em seu nariz, estava respirando. Coloco seus pés na cama, ajeito ela sem acorda-la, cubro com a coberta. Fecho a janela e a cortina.

Mcgee: Você tem passado por muitas coisas. - me sentando na cadeira. - Não imagino sua dor, suportou tudo...

Em casos de perda das famílias ela os encorajava, nunca imaginei que tivesse passando por essa dor. Era uma mulher admirável.

Marty Deeks

Naquela manhã, ela estava na sala com um baú.

Marty: Ana... são 05:20...- olhando o relógio.

Ana: Ta acordado?

Marty: Ana...- quase voltando a dormir.

Ana: Eu acordei e ia voltar a dormir mas pensei se tinha algo no baú dos meus pais. Algo que talvez eu tivesse deixado passar batido.

Marty: Me avise se encontrar algo. - deitando no colchão que estava no chão do seu quarto.

O despertador havia tocado as 07:00 horas, olhei para a cama , me espreguiçei, e me sentei, Mcgee não estava mas pude sentir o cheiro do café e de ovos com bacon sendo preparados.

Olhei para ela que estava vendo e revendo vários papéis em sua cama.

Marty: Achou algo?

Ana: Ou...- parando, me olhou. -... Bom dia...

Marty: Bom dia. Ana, você não dormiu?

Ana: Não, eu to tentando achar pistas...

Me levantei, ao invés de dar uma bronca me sentei para ajudar.

Ana: Não esta bravo?

Marty: Claro que estou, você esta cansada, precisa dormir.

Ana: To quase terminando...

Não estava nem na metade, olhei para o baú e vi um livro, peguei ele e analisando era um diário com cadeado, peguei um grampo dela e abri.

Ana: Eu tinha a chave...

Marty: Agora já foi. - abrindo. - As pessoas costumam guardas seus segredos mais profundos aqui.

Ana: Mas não tem nada.

Marty: Vamos levar pra Abby.- fechando.

(...)

Abby: Claro que leio, amo descobrir as coisas obscuras das pessoas. - empolgada.- É... desculpa... falei sem pensar...

Ana: Está tudo bem...  eu vou ver o Jimmy... licença...- saindo.

Abby: Não queria magoa-la...

Marty: Não é sua culpa, tudo isso está sendo difícil para ela lidar. Espero que estejamos errados sobre o pai dela.

Jimmy Palmer

O corpo do tenente foi devolvido para a família, assim como de Wang, esperava obter mais informações, e depois que Mr.Mask apareceu para mata-lo e deixou um bilhete ameaçando a vida da Rossi, me senti inútil, eu queria ajudá-la mas não sabia como.

Ana: Palmer?

Escutei sua voz e olhei para a porta, ela se aproximou de mim e parou.

Jimmy: Você está bem?

Ana: Estou assustada... - quase em um sussurro.-... medo de descobrir algo ruim do meu pai... isso me dói...

Me aproximei dela e toquei de leve sua mão, a juntando com a minha. A abracei e ela ficou sem reação até aceitar.

Ana: As pessoas vivem dizendo que vamos pegá-lo mas e se a minha família... e se Mr.Mask tiver um motivo justo...?

Jimmy: Estamos trabalhando para descobrir o que está acontecendo e qual é o vínculo de Mr.Mask com seu pai. Mas nada justifica matar sua família, a morte não é a única solução.

Toquei seus ombros a fazendo me olhar.

Jimmy: Não deixe que ele entre na sua cabeça.

Ela me olhou e foi se acalmando, tirei as minhas mãos dos ombros dela.

Ana: Obrigada, sempre posso contar com você.

Jimmy: De nada.

Por um segundo eu tive a leve impressão de estar sendo observado por um agente chamado também de tubarão branco.

Jimmy:(Não... é só a minha impressão...)

Ana: Eu preciso voltar, nos vemos?

Jimmy: Claro, até mais.

Continua...