Desirée não era o tipo de garota padronizada da sociedade, porém quase nenhuma era, o padrão era aquelas que os comerciais vendiam, deve ser por esse motivo que a TV do pequeno Loft da jovem vivia coberta de poera por passar muito tempo sem ser tocada ou porque ela não tinha tempo para sentar no sofá, relaxar e assistir, não que ela seja uma pessoa importante cheia de compromissos, longe dela, em sua visão ela não era ninguém, sua mãe se foi quando ela tinha 13 anos, sua única família já tinha outra família e a deixou em um orfanato, ninguém adotaria uma pré adolescente. Ela seguiu seu rumo aos 17, sabia onde seu pai morava porém em hipótese alguma o procurou, foi para Universidade, desistiu no meio do curso porque não queria passar o resto da vida em um escritório, Administração Executiva não era pra ela.
Agora tinha dois empregos, as vezes sentia-se um Julius da vida, contava as economias e trabalhava em dobro, porém não podia reclamar, ela havia escolhido essa vida, seu fingido pai tentava ajudar mas ela não queria.
Desde de que sua mãe se foi ela parecia ter partido junto, vivia feito um fantasma, respirava apenas porque era a lei da vida, o momento auge de seus dias era quando seu esmalte preto acabava e ela ficava meia hora na mercearia escolhendo outra cor, e no fim preto era a melhor decisão, e o verniz negro em suas unhas não durava dois dias, ela sempre acabava roendo, seu maior passa tempo era senta-se frente ao espelho e esquecer das horas em quanto divagava sobre seus aspecto, a sua pele em um tom vampiresco, a qual parecia não ter resquícios de nenhuma corrente sanguínea, seus cabelos negros com alguns fios dourados, sabe se lá o porque dos fios de outra cor ela não era de exatas então nunca se perguntava o porque de seus cabelos serem daquela cor, e os mesmo com as pontas visivelmente ressecadas, seu orçamento não cobria produtos capilar de qualidade, porque sempre era os mais caros, a sua pele facial um tanto quanto oleosa e com sardas na cor ferrugem bem visíveis, talvez seus olhos na cor azul fosse o que ela mais gostava em si, mas isso não a tornava atraente. Ela não era uma depressiva, com baixa auto estima, que tinha crises existenciais constantes que se odiava, porém estava longe de ser uma típica garota narcisista que se amava, porém se alguém a fizesse mal, ela se protegeria, baseada naquelas frases clichês de amigas "Se alguém te machucar eu mato" ela dizia isso para si mesmo frente ao espelho.
Ela odiava rótulos, talvez porque ela não se encaixava em nenhum, ela não era uma anti social, apenas tinha medo de como as outras pessoas agiam, ao seu ver era realmente assustador, porque ou eram afetuosos demais ou odiosos demais, ninguém conseguia ser meio termo, aos olhos de Desirée não existia o ser duas caras, suas observações tinha percepção de longo alcance.
No chuveiro era onde ela podia ser ela mesma, ela cantava, dançava e sorria para as paredes, a revigoração da água lhe dava uma felicidade momentânea inexistente, seu gosto musical era de acordo com o seu humor assim como as suas vestes.
Sua mãe era a sua melhor amiga desde de sempre, um sempre eternizado por treze anos, o único sentimento latente a cada batida do seu coração era culpa, sua mãe se foi para que ela não tivesse que ir, mas de qual quer maneira Desirée sobrevive em um estado vegetativo metaforicamente alegando, durante esses noves anos que se passaram nenhum motivo foi forte o bastante ao ponto de puxa-la do fundo do poço onde ela se escondia, até ele aparecer tão avassalador em sua vida.
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Desirée
Teen FictionEla estava ali, todos estavam a sua volta, ela convivia com pessoas o tempo todo mas ela parecia ir pela contra mão do mundo levando esbarroes das ironias da vida, desde de seus treze anos ela se sentiu sozinha, sentiu que não pertencia a lugar alg...