O Desespero!

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Era numa de quarta muito fria e chuvosa, estava na sala assistindo alguns seriados com Mayra quando olho para ela e vejo que está um pouco abatida e com lagrimas escorrendo em seu rosto.

- Oque aconteceu com você, porque está chorando ? - pergunto

Me aproximo para dar um pouco de carinho a ela pois eu entendia a sua tristeza estavamos passando por um momento muito dificil.

- Estou com muito medo, não queria perder a mamãe e também não sei oque irá ser de nós daqui pra frente, e me procupo com você também pois não tem uma relação boa com o papai. - dizia Mayra enquanto eu fazia carinho em seu rosto.

- Maninha não se preocupe comigo vou ficar bem, e não irei morar com o papai, vou continuar aqui em nossa casa e você vai poder vir me ver quando quiser.

- Como assim? Como você vai se virar sozinha ? Você não pode ficar sozinha Ray não. - Mayra começa a chorar novemente e me abraça.

- Acalme-se nossa mãe por incrivel que pareça já resolveu tudo pra mim, sem eu saber. - sorri

- Como ? - Mayra pergunta parecendo estar confusa.

- Mamãe fez um documento conhecido como carta de emancipação, que me da o direito de ter compromissos civis, isso quer dizer que sou livre pra fazer minhas escolhes sem ter que pedir permissão para o nosso pai.

- Nossa nunca tinha ouvido falar nisso, mas já que você praticamente e uma adulta, queria te pedir uma coisa. - Mayra parecia um pouco sem jeito.

- Pode pedir farei for preciso pra que você se sinta bem. - sorri

- Não quero morar com papai quando nossa mãe se for, gosto muito do nosso irmãozinho, mas não me sentiria a vontade la com eles todoa os dias, pois a nova esposa do papai e um pouco estranha e já notei que ela não gosta nem um pouco de mim.

- E claro que você pode morar comigo. - lhe dou um abraço forte.

Quando minha irmã disse isso pra mim, fiquei feliz por um lado senti que mais alguém me ama além da mamãe, parece que depois que descobrimos essa maldita doença Mayra e eu ficamos mais proximas uma da outra, como nunca fomos antes, mas ao mesmo tempo fico com um pouco de medo será uma grande responsabilidade eu sustentar uma coisa.

Meus pensamentos são interrompidos com os gritos desesperados de Mayra subo as escadas correndo, e quando vejo nossa mãe estava desmaiada, depois de um tempo quando consegui reanimala, ela começo a vomitar sangue mais do que o normal.

Depois de tudo isso, dei o seu remédio ajudei ela a tomar seu banho, e coloquei pra dormir, então fui direto para o meu quarto e comecei a chorar sem parar, parecia que o fim estava cada vez mais proximo, queria tanto acordar e ver que tudo isso não passo de um grande pesadelo.

Meu telefone começa a tocar, pego pra ver quem é e vejo que era Roberta nossa parecia que ela sabia quando que eu estava precisando de ajuda.

- Alô, oi ray como vocês estão ?

Quando ela me pergunta desabo mais ainda, choro tanto que quase não consigo falar direito ela já percebe que não estou nada bem.

- Fique calma estou indo ai agora.

- esta bem - digo chorando muito.

Trinte minutos depois, Roberta chega ela não me diz nada apenas entra e me da um abraço apertado que me deixou mais confortavel, foi até a cozinha e pegou um copo de água com açúcar para mim me acalmar um pouco, tomei aquele copo de água meio forçado, nada estava me descendo naquele momento, minha amiga acabou posando comigo ela ficou preocupada em me deixar sozinha naquele estado.

Foi tão bom pois me senti acolhida e protegida por algumas horas.

~Roberta~

Quando liguei para Raysa e ouvir ela chorar daquele jeito, fiquei desesperada não saberia como agir, tudo oque pensei na hora foi em ir até a casa dela e passar a noite para conforta-la, ray se tornou minha melhor amiga acabei gostando dela de um jeito inesplicavel, não só como amiga mas sim como irmã.

Tudo oque eu sabia dizer a ela é que iria ficar tudo bem, não tinha mais oque dizer eu sabia que sua mãe não iria sobreviver e sabia também que sua relação com o pai não era nada boa, ela tinha só a irmã e sua mãe que esta prestes a morrer a qualquer momento.

Ver Raysa chorando sofrendo com tudo isso me deixa com o coração na mão, queria ajuda-la de alguma forma mas não sei como.

- Sabe queria fazer algo pra que você não sofresse tanto. - digo a ela

- Você já esta fazendo beta, não imagina o quanto, vir até aqui pra ficar comigo e me ouvir já é o suficiente pra mim. - ela sorri docemente limpando suas lagrimas.

- Fico tão feliz por ouvir isso. - lhe dou um abraço

Acabamos dormindo abraçadas sem querer em sua cama, quando me acordo e olho no relogio já são sete horas da manhã.

~Raysa~

Quando beta se acorda e começa a se mecher eu acordo e ai percebo que dormimos abraçadas, agradeço a ela novamente por tudo, me levanto escovo meus dentes e lavo o rosto, preparo o café da manhã de mamãe e dou o seu remedio, fico um pouco com ela, e quando ela volta a dormir vou preparar um café para beta e eu.

- Nossa este suco esta uma delicia nem parece que foi você quem fez. - Fala Roberta rindo

- Ah sua boba seu uma otima cozinheira. - começo a rir

Depois que Roberta vai embora, subo para ver se mamãe estava precisando de algo, quando vejo ela estava um pouco estranha, mais palida que o normal e gelada eu chamo ela varias vezes e ela não acorda, começo a chorar desesperada ligo para a ambulância, quando os medicos chegam me dizem que adiantava levar ela para o hospital pois não dava mais tempo, minha mãe já tinha partido.

Eu já sabia que isso uma hora ia acontecer, mas mesmo assim me senti perdida inconformada e com raiva ao mesmo tempo se não essa maldita doença ela ainda estaria viva.

No outro dia, foi o enterro todos compareceram, Mayra estava inconformada chorando muito e eu também, Roberta foi para me dar uma força.



O Pequeno Mundo De RaysaOnde histórias criam vida. Descubra agora