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•  Queen's POV

O sangue já tinha sido limpo pelas aias reais e os guardas já se encontravam situados no seu local habitual.

Vejo o guarda que levou o rapaz para o quarto regressar e direcionar-se a mim. Ajoelha-se e sauda-me com um breve "Alteza" subindo as escadas.

" O plebeu está irrequieto, Alteza."

" Trancou-o no quarto, certo?"

" Claro!" - exclamou quase que ofendido pela minha questão.

" Pode retirar-se. Mais logo passo lá, quando ele já tiver sofrido o suficiente." - sorrio interiormente - " Qual é o nome do plebeu mesmo?" - pergunto indiferente.

" Ele recusa-se a dizer qualquer coisa. Ameacei-o mas nem isso pareceu resultar." - plebeu indecente ...

" Não se rale com isso, ele irá falar ... Nem que com somente metade da língua." - gargalho divertida e o guarda acompanha-me com um riso abafado. Desce repetindo o "alteza" e ajoelha-se novamente desaparecendo do meu campo de vista.

Levanto-me do trono sentindo o efeito desconfortável no meu rabo, que doía de estar sentada durante tantas horas seguidas. Lá está, uma coisa tão não bonita para uma rainha dizer.

Andei até ao meu quarto, pensando na melhor maneira de abordar o plebeu de olhos verdes e dizer-lhe que estava prestes a tornar-se no num mero brinquedo sexual. No meu brinquedo sexual.

• • • • •

Remoí-a durante bastante tempo. E na realidade para quê mesmo? Eu sou a rainha, faço o que quiser quando quiser, não dou uma porra para como ele vai reagir. Bem ou mal será a sua realidade daqui para a frente e ou tenta acostumar-se com ela ou vive com ele à mesma. Não tem escolha. Não tem títulos, poder ou ouro. Não me serve de nada sem ser o destino que vai levar. Mas também não me serve de nada morto.

Ele é atraente. Tem um corpo definido, completamente fodível. Os seus lábios são rosados e parecem chamar por contacto. Os seus olhos transbordam mistério, mistério esse que vou desvendar.

Caminho até ao seu quarto e bato á porta, pronta para tomar posse do que é meu.

" Não quero falar com ninguém" - diz do outro lado da porta.

" Como se tivesses escolha, plebeu" - gargalho sarcasticamente e o guarda abre a porta.
O rapaz encara-me e os seus olhos estão vermelhos, o seu maxilar tenso e os seus punhos cerrados, como à horas atrás. A porta é fechada atrás de mim e trancada de seguida.

" É um prazer ver-te outra vez, plebeu" - ironizo.

" Para o seu desagrado, não posso dizer o mesmo, majestade." - ele carrega ironicamente na palavra majestade, e o seu atrevimento diverte-me. Ele age como se nao estivesse a falar com a sua rainha. Não me trata de tal maneira amedrontada como os outros, e isso deixa-me mais à vontade, embora queira esbofeteá-lo por estar tão á vontade.

" Não me afetas, plebeu ..." - aviso e solto um riso abafado.

" Pare de me chamar isso ..." - quase suplica, e eu sinto-me importante, poderosa, ele está na minha mão, e eu posso fazer dele o que quiser.

" As tuas roupas denunciam-te, aldeão. E se não me dás outro nome para te chamar não tenho alternativa." - sorrio vitoriosa e este bufa derrotado, no entanto não deixa escapar um único som. "Então? Nome e idade, já!" - vocifero visivelmente irritada.

" Não sem antes me responder a uma pergunta." - ele atira calmamente e todo o meu corpo se espanta com a coragem do rapaz. " Ou responde, ou nada feito."

" Joga!" - digo ríspida e querendo acabar com esta palhaçada de uma vez por todas. Ele levanta-se do chão e encara os meus olhos.

" O que é que eu estou aqui a fazer?" - a forma como a pergunta é projetada dos seus lábios de uma forma tão inocente, faz o meu baixo ventre pulsar. Parece uma criança, quando na verdade deve ser ate mais velho que eu. E eu quero tanto tê-lo por cima de mim, e tirar toda aquela inocência de fachada com os meus sussurros obscenos. " O que é que eu estou aqui a fazer?" - repete e eu  caio na gargalhada. " Qual é a piada?" - questiona. Consigo ver o seu corpo apoderar-se de raiva e dá mais um passo na minha direção fazendo a sua altura intensificar-se ainda mais e a proximidade dos nossos corpos aumentar.

Coloco as minhas mãos nos seus ombros e empurro-o para a cama e este apoia o peso nos cotovelos enquanto olha para mim confuso. Aproximo-me dele e sento-me no seu colo, com uma perna de cada lado do seu corpo posicionando-me em cima do seu membro coberto pela sua roupa. Empurro-o fazendo com que se deite totalmente e aproximo a minha cara da sua. Ele está estático. Deixo um beijo no canto da sua boca e desço para o seu pescoço sugando a pele do local.

" Estas cá para ser o meu novo escravo sexual." - profiro e os seus olhos arregalam e os gemidos cessam. Levanto-me preparada para sair quando a sua voz rouca me interrompe.

" Harold Styles. 28 anos." - ele diz encarando o chão, cabisbaixo. Assinto, mesmo que não me consiga ver e abandono o quarto com um sorriso maléfico no rosto. A bomba está largada, só falta começar a ação.

• • • • •

Está aqui como prometido o capítulo de hoje, amanhã há mais :*

Com Amor,

Gabriela •

Queen's New Toy  •  HS [HOT]Onde histórias criam vida. Descubra agora