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• Queen's POV

Voltei, e revirei de novo. Contei carneiros, estrelas, luas e planetas, contei todas as vezes que ia foder o plebeu, todas as posições e todos os sítios. Voltei a contar e voltei a virar-me na cama. Imaginei-me daqui a uns anos, relembrei memórias e acontecimentos passados. E nada parecia fazer-me adormecer. Estou extremamente irritada.

Não faço uma minima há quantas horas estou a tentar adormecer; apenas sei que não tarda o sol vai começar a nascer e eu continuo sem dormir.

Esta excitação está a levar-me à loucura. Sinto-me quase afogada dentro da roupa interior. A sua voz sedutora ecoa nos meus pensamentos, e imagino-o a sussurar coisas porcas ao meu ouvido. Imagino a rouquidão da sua voz a preencher o som do quarto com gemidos abafados.

Não me posso aliviar. "Não é digno de um rainha". Aquela voz aguda irritante sobrepõe-se a todos os outros pensamentos imundos que viajam na minha mente e eu reviro os olhos aborrecida.

Já possuída e consumida pela excitação levanto-me. Visto o primeiro robe que me aparece à frente para esconder a minha roupa interior preta e abandono o quarto.

Sorrateiramente, caminho até ao fundo do corredor e entro no quarto. O Harold estava estendido na cama, de barriga para baixo, as pernas abertas e os braços esticados despreocupadamente; a cara esborrachada contra a almofada quase escondia a expressão cansada no seu rosto angelical. O seu corpo descoberto e semi-nu. Uma vontade de lhe apertar aquele rabo acende-se em mim. Fecho os olhos e respiro fundo, tentando controlar-me e afastar todos os pensamentos sujos que me passavam sobre o que fazer com aquele homem que estava a dormir.

Libero todo o ar que prendi nos pulmões fazendo mais barulho que desejava. Ele mexe-se na cama eu tento esconder-me num sitio não iluminado do quarto, no caso de ele acordar. Está agora virado para cima na cama, e eu não consigo controlar-me. Acabo por ceder ao desejo de olhar para lá. Arregalo os olhos quando prendo o meu olhar no volume bastante notável escondido pelo fino e ligeiramente justo tecido.

Oh lindo, o que eu fazia contigo se estivesses realmente acordado.

Avanço até à cama tentando fazer o menor barulho possível. Recuo reticente se iria mesmo fazer aquilo com ele a dormir. Desisto de continuar com aquela batalha mental e concentro-me no que eu realmente quero fazer. Pouso a minha mão de leve no alto. Arrasto os meus dedos para cima e para baixo, ainda por cima do tecido, provocando umas pequenas "cócegas" , por assim dizer, no local.

Ele continua a dormir serenamente. Continuo com os movimentos e sinto-o a crescer, e o espaço disponível dentro do pano a diminuir. Liberto-o daquela pressão, e retiro o seu membro do interior dos boxers admirando-o.

O seu topo é mais rosado, e todo resto da extensão está marcado por veias que se salientaram com os pequenos 'movimentos' de à pouco. Aperto as minhas pernas numa tentativa falhada de parar com aquela angústia excitante no meio das mesmas.

Levo a minha mão de encontro com a base e aperto, não com muita força. Observo as suas expressões faciais e ele frange o cenho e entreabe a boca. Movimento a minha mão para baixo e para cima sucessivamente. O seu membro vai ficando cada vez mais duro contra a minha mão e a sua respiração alterada e entrecortada por gemidos abafados.

Aumento a rapidez dos movimentos e ele aperta a almofada, mesmo inconsciente. Ele geme baixo e a melodia excita-me ainda mais. Sinto um oceano no meio das minhas pernas e tento aliviar-me fazendo pressão e distendendo os músculos, esfregando as pernas uma contra a outra. Acelero ainda mais e sei que ele vai vir-se. Os seus olhos são pressionados com força e sinto o seu orgasmo na minha mão, um líquido esbranquiçado e meio quente escorre e eu aproximo-me lambendo e engolindo aquela concentração salina. Encaro os seus olhos e estes abrem-se assutados.

"O que está aqui a fazer?" - uma voz sonolenta faz-se ouvir pelo quarto e eu encaro-o.
Estou no mesmo sitio de antes de me aproximar da sua cama. O seu membro continua dentro do tecido e não esta teso. E ele não acabou de ter um orgasmo. Aquela encenação maluca que a excitação me provocou, fez-me vir. Eu tive um orgasmo apenas de pensamentos imundos e com o plebeu.

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Com amor,

Gabriela •

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⏰ Última atualização: Jul 27, 2015 ⏰

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