Parei o carro no estacionamento do prédio, quando pisei lá dentro, o clima pesou. Todo mundo começou a querer puxar papo de novo
Han: bom dia, fofa.. como se sente? Melhor? - ignorei, segui andando
Sanzu: não esqueça de cuidar da minha agenda! - percebi que ele tentou desviar o assunto pra me distrair e também tentou acompanhar meus passos.
Continuei andando
Mikey: bom dia, senhorita Sn. Te trouxe seus bolinhos prediletos, um? Podem te animar bem fácil. - entrei na sala do sanzu e fechei a porta.
Kaku: até o manjiro?!
Koko: quem ela pensa que é?
Mikey entrou em outro corredor, frustrado.
Kaku: desde então eu não reconheço mais o chefe.
Koko: é. Parece que essa puta tomou toda a postura de mau dele
Kaku: não fala assim dela..
Na minha mesa, reparei que estava com diferentes coisas novas. Cartas com pedidos de perdão, flores, chocolates...
Sn: eles nem sequer sabem se eu gostava dessas flores ou não. - falei em negação
Coloquei tudo de lado e sentei pra trabalhar. Eu nem senti tanta raiva assim deles, era mais pelo takeomi, mas eu quis fazer drama.
No horário de almoço, o trio entrou na sala. Sanzu, Han e Rindou
Sn: o que querem aqui?
Sanzu: ah, Sn! Não dá pra ficar o dia inteiro ignorando a gente.
Han: é, perdoa..
Rindou: você é mais do que só a secretáriazinha do Sanzu, é importante pra gente
Han: aceite nossos pedidos de desculpas. O takeomi nem tá aqui mesmo - disse passando a mão no meu cabelo
Sn: vocês estão chapados, não estão?
Sanzu: não..?
Sn: ih gente! Sai dessa. Eu não me importo mais não, eu nem tô brava de verdade
Rindou: não?
Sn: esquece essa porra! Já espanquei a cara daquele filho da puta, já tá tudo certo. Eu sabia que coisas desse tipo iriam acabar acontecendo, eu aceitei esse emprego perigoso.
Han: ah, então já posso parar de te paparicar. - soltou meu cabelo e fechou a cara de novo
Rindou: jae então.
Sanzu também deu de ombros e os irmãos Haitani saíram da sala.
Sanzu: que coisa, viu, garota.
Sn: eu nem sabia que se importavam tanto assim com meus sentimentos.
Sanzu: não nos importamos, foi o Mikey que pediu. Na verdade, eles não se importam, eu sim. - se abaixou na altura da minha cadeira, pois eu estava sentada.
Sn: não começa
Sanzu: o que importa é que você já tá bem melhor.
Assenti com a cabeça enquanto ignorava a troca de olhares dele.
Sanzu: Sn..
Sn: fala. - falei olhando para os papéis
Sanzu: to carente.
Sn: foda-se?
Sanzu: não faz isso.
Ignorei.
Sanzu: lembra da nossa primeira foda?
Sn: você disse que não era do tipo que se apaixonava na primeira transa.
Sanzu: menti.
Sn: eu sei
Sanzu: dá mais uma chance
Sn: conheço sua índole, você só quer saber de sexo, não gosta de mim de verdade.
Ele fechou a cara e se levantou
Sanzu: talvez seja verdade..
Saiu de sala
Estava tudo bem estranho. No início eu era só a estagiária bobinha, quase uma servente. Agora, quer correr atrás do meu rabo de saia.. sem contar nos outros, que descobriram quem eu era antes. Que emprego eu fui arrumar.
Mas apesar dessas coisas.. eu gosto daqui um pouco.
Quando eu saí da sala, para ver um pouco da luz do dia, encontrei o manjiro no corredor, comendo aqueles bolinhos.
Cheguei nele e peguei um da mão dele
Sn: bom dia, chefe
Ele sorriu ao ver que eu "aceitei" os bolinhos que ele havia feito para mim
Mikey: muita coisa pra lidar hoje?
Sn: nada impossível.
Mikey: eu sempre soube que poderia contar contigo, Sn..
Sn: ah, e o Haruchiyo, cadê?
Mikey: interrogatório - disse mastigando
Sn: outro cara se metendo com ele? Não recebi nada.
Mikey: não.
Vi uma prostituta sair da sala de interrogatório.
Sn: ah, sim, entendi.
Mikey riu.
Sn: típico do Haruchiyo.
E assim os dias foram passando...
Eu trabalhando pro Sanzu, resolvendo coisas que ele não é capaz de resolver e nada muito diferente dos conformes da Bonten de sempre. Pra ser sincera, já tem tempos em que eu não ajudo em missões, mas esse nem é meu cargo mesmo.Obrigada por acompanhar até aqui! Beijos, até o próximo capítulo<3
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Bonten | A Estagiária
FanficUma brasileira que mora em Tokyo desde sua adolescência decide enviar seu currículo para trabalhar em uma das maiores empresas de facção criminosa do Japão, mesmo ciente dos perigos que está disposta a enfrentar, pensou que seria um bom emprego...