Dominada por um mafioso [INÉDITA]

CAPÍTULO 26

MAXIMUS

Eu realmente não esperava que um casamento motivado pela vontade de provar que a noiva estava errada iria me deixar tão abalado.

Ela estava perfeita e quando ficou na minha frente na cerimônia, eu não imaginei nenhuma outra mulher, não poderia ser outra, tinha que ser ela, com tropeços, língua afiada e uma inocência que acabava com o meu juízo.

Nunca me imaginei casando com uma mulher tão mais jovem que eu, parecia que tínhamos voltado aos tempo onde isso era comum.

Louise parecia feita de porcelana, a pele do brilhosa, ao lábios e olhos também. O vestido a fazia parecer uma princesa, tão volumoso e ao mesmo tempo na medida certa para ela. Era bom ver que minhas ameaças a família dela estavam surtindo efeito. Eles me entregaram uma noiva perfeita.

Quando saímos da igreja, fomos para a festa. Eu queria tudo que esse tipo de evento tinha direito, afinal, só me casaria uma vez na vida, também queria que as pessoas conhecem minha nova esposa, já que o prefeito escondia Louise nos fundos da casa.

No carro ela estava calada, segurando um a calda da saia para me dar espaço no banco.

Eu não conseguia parar de encara-la. Talvez viesse daí a sua timidez.

— Como se sente livre daquela família?

Ela ergueu o olhar para mim. Eu sabia que esse assunto a fazia ter um ponto de vista diferente para o casamento.

— Eu não sei ainda.

Acredito que ela ainda não sabia o que esperar depois da cerimônia. Como era morar com a minha família, comigo.

O que ela ainda não tinha entendido era que seria a senhora de uma família e com isso receberia o respeito de todos. Ela nunca mais ficaria escondida nos cantos, pois quando surgisse alguém, seria ela a anfitriã.

Quando chegamos na festa, a ajudei a sair do carro, a mão ainda gelada, suada, e minha mãe nos encontrou na entrada no lugar.

— Como está linda! — ela abraçou Louise. — Seja bem-vinda a família.

— Obrigada. — um sorriso bonito cresceu em Louise.

— Eu sempre quis uma filha. — a senhora Roosevelt segurou as mãos dela e eu temi pelo que ela fosse dizer para Louise. — Agora o meu filho vai pensar duas vezes antes de fazer alguma coisa.

— Mãe...

— Me deixa falar com a minha nora! — ela me ignorou. — Estou ansiosa pra ter você em casa. Finalmente uma mulher. Temos as funcionárias, mas você entende que tem coisas que não conversamos com todos.

A minha mãe estava prestes a levar a minha noiva e me deixar sozinho.

— Mãe, eu preciso dela, agora, para a festa. Vocês vão ter uma vida inteira pra conversar. — segurei a mão de Louise.

Era hora de entrar num lugar acompanhado de uma esposa.

Diziam que isso era o que faltava para mim. Eu era um homem com fama de insensível e cruel, homens assim não se apegavam a nada, já uma esposa mostrava que existia um lado humano.

Eu não me importava em provar que tinha um lado humano ou não, mas sabia que para a sociedade era importante ter alguém.

Louise andou ao meu lado para dentro da festa e os homens que conquistei confiança nos deram parabéns.

Alguns deles eu havia visitado quando procurava uma noiva, as filhas deles estavam presentes.

O prefeito estava com o sorriso amarelo, nervoso, o cagão vivia tremendo desde que dei meu aviso.

— Que honra ver minha filha casada com um grande homem. — ele alcançou meu ombro para dar tapinhas. — O casamento é para a vida inteira, certo, Max? Espero que sejam felizes.

Max?

Quanta intimidade!

— Obrigado. — encontrei lugares para me sentar ao lado dos meus irmãos e eu e Louise nos sentamos.

Sebastian estava empolgado, com sua parceira ao lado.

— Um grande casamento, assim como você tinha planejado.

— Os dos meus irmãos será tão grande quanto. — zombei apenas para os dois ao meu lado se espantarem com a ideia. — Inclusive, há muitas moças solteiras na festa. Opção para noiva não vai faltar.

— Cala a boca, Maximus. — Marco resmungou. — Você só quis se casar porque estava velho. Inclusive. — ele se debruçou na mesa e encarou Louise, que estava sentada quieta no meu outro lado. — Cunhada, você gosta de asilo, é?

Dando munição para uma atiradora nata.

Pousei a minha mão sobre a mão de Louise e olhei para ela como um aviso de que não ousasse comentar sobre aquilo.

— Vocês dois não podem ser amigos.

Eles riram.

Ela ficou sem rir o tempo inteiro e quando fizeram piada de mim, simplesmente deu a risada mais divertida que a vi mostrando.

— Isso será interessante. — minha outra cruz falou.

Os garçons trouxeram bebidas para nós e tomamos.

A família da noiva estava em outra mesa, nos observando.

Louise não parava de olhar para lá.

— Cadê a sua mãe? — sussurrei para ela.

— Ela está em algum lugar por aqui. Ainda não consegui vê-la. — procurou ao redor, até que parou. — Ali nos fundos.

— Chame-a para cá.

Louise olhou para mim em alerta.

— Sério?

— Sim. — confirmei seguro da decisão e o que recebi em troca foi um sorriso gentil e apaixonante.

— Obrigada. — ela arrastou a mão debaixo da minha e levantou, com a saia do vestido empurrando sozinha a cadeira para trás. Levou a taça com ela.

Enquanto ela andava na direção da mãe adotiva, as outras moças que rejeitei conversavam com suas companhias nas mesas onde se sentaram, sempre olhando para Louise. Eu não gostava de fofoca e ver aquilo me fez ter certeza de que não deveria ter escolhido nenhuma delas.

Louise abraçou a mãe e conversou com ela, até fazer a mulher parar de balançar a cabeça em negação e acompanhá-la para a nossa mesa.

— Maximus Roosevelt tão gentil. — Sebastian zombou. — Só pode estar apaixonado.

— Eu sou justo... às vezes, Sebastian.

Ele riu jogando a cabeça para trás.

— Bom frisar que é às vezes.

Louise voltou a se sentar conosco e eu cumprimentei a senhora que cuidou dela a vida inteira.

— Fique à vontade.

— Obrigada. — a mulher andava emocionada.

As duas ficaram conversando e quando nos demos conta, o prefeito estava causando microfonia no palco, com um bilhete na mão.

— O que ele vai fazer? — Louise perguntou.

— O que ele deveria com pai.

Eu adorava como uma boa ameaça fazia milagre. Assistir aquilo seria muito divertido.

Era a oportunidade do prefeito dar uma única lembrança boa para a filha que tanto maltratou.