Após ela cair morta na mesa, os enfermeiros passaram a me olhar apavorados.
" O que foi isso doutora?" Pergunta a enfermeira amedrontada.
Eu também estava muito assustada, mas tentei me acalmar e não demonstrar o meu medo.
"Como seu colega havia dito, a paciente devia sofrer algum distúrbio psicólogo!"
"Mas... Mas como ela sabia seu nome?" Pergunta o enfermeiro que antes ria da situação, e depois do ocorrido parecia estar com mais medo do que o restante do pessoal.
Após ouvir sua pergunta eu começo a rir e pego meu crachá que estava apindurado no meu pescoço.
"Ela viu o meu crachá! Por que tanto medo? Essa paciente realmente devia estar alucinando , vocês usaram pouca anestesia o que fez com que ela acordasse, e morreu devido a perda de sangue!"
Ao ver que eles ainda pareciam assustados continuei a falar:
"Ora, não me dizem que profissionais que lidam com a vida e a morte todos os dias acreditam em demônios ou coisa do gênero?"
Eles começaram a rir e se acalmaram.
"A senhora tem razão, nessa profissão quando achamos que já vimos de tudo, aparece uma coisa dessas!"
Eles acreditaram no que eu tinha dito , mas eu sabia que não era verdade , meu crachá estava dentro da minha blusa , e tirei sem eles perceberem , quando ouvi ela pronunciar meu nome.
Não conseguia parar de repetir em minha mente " SUA HORA ESTA PROXIMA." Novamente isso, não sabia o que era, mas sabia que tinha algo de muito ruim chegando , e que eu era o motivo de sua chegada.
Minha cabeça parecia que ia explodir de tanto procurar uma solução pra tudo aquilo que estava me acontecendo.
Como já havia dito eu não era muito religiosa, ao contrário em toda minha vida nunca entrei em uma igreja, rezei e de menos, li uma Bíblia, esses assuntos não me interessavam em nada, mas precisava de ajuda e não sabia a quem mais recorrer.
Após o fim do meu turno, já fim de tarde decido ir para igreja.
Quando entro sinto uma sensação de desconforto, mas não sabia explicar o que era.
Continuei entrando até que uma mulher me olhou assustada como se tivesse visto um demônio, e meio que atordoada ela sai de perto de mim, estranhei esse fato , mas continuei a caminhar em direção ao padre, e ao chegar ele me olhou da mesma forma que a moça tinha me olhando antes.
"Do que você precisa?" Pergunta ele parecendo estar com medo.
Tento ignorar suas afeições e começo a falar.
"Padre , te confesso que não sou religiosa, nos últimos tempos tem me ocorrido coisas que estão me deixando muito assustada, e sinto que algo terrível estar por vir! O senhor será capaz de me ajudar?"
Ele parece não se imprecionar com o que acabo de lhe contar.
"Filha, no momento em que te vi soube que algo em você estava muito errado, e com essas palavras que acabas de me dizer não poderei te ajudar em nada , a única coisa que posso fazer é te aconselhar para que reze , pois só assim poderás se salvar!"
"Como não poderás me ajudar? Não é esse o seu papel nessa igreja?"
"Perdoe-me! Mas em seu caso eu nada poderei fazer, você procura vir para o caminho da luz, mas terás que fazer isso sozinha."
"Acho que me enganei ao vir aqui! Tive esperança que esse Deus que vocês tanto crêem pudesse me ajudar mas percebo que estava errada!"
Eu estava me levantando para ir embora porém o padre me impediu.
"Espere! Não perca as esperança em Deus, tudo que te acontece faz parte do seu destino, Deus não tem culpa , se você quer acreditar nele , acredite com toda força que puder, pois não é fácil atravessar essa ponte para chegar onde você tanto quer."
"Não consigo te entender padre! Que ponte terei que atravessar?
"A do mal para o bem!"
"Como poderei fazer isso sozinha? Se teu Deus se nega a me ajudar!"
"Ele não se nega, apenas não pode interferir em algo que não criou!"
Não pode ser, aquele padre brincava comigo, como pode dizer tamanhas asneiras depois de ver meu desespero por socorro? Fui em busca de amparo mas me negaram ajuda, como posso crê em algo que me abandona a mercê de tudo isso?
Voltei pra casa e tentei dormi,mas minhas lembranças me atormentavam, só pude dormi tarde da noite, e quando em fim pego no sono, ouço um sussurro chamar meu nome, e em meio ao espanto abro meus olhos a procura de alguém , o que me fez me arrepender logo em seguida, pois ao abrir vejo aos pés de minha cama, a minha mãe, ela parecia chorar e me estendia a mão, mas eu não correspondi a os seus gestos e ela da um grito como se estivesse sentido a pior dor do mundo, ela me olhava novamente chorando, mas dessa vez lágrimas de sangue, e logo em seguida desaparece.
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Apocalipse : A era do inferno
ParanormalNesse mundo existem coisas que muitos ignoram na sua existência, coisas que só de pensar sinto calafrios. Há vários mitos e lendas, que nos mostram os dois lados, o nosso, e os dos seres sobrenaturais, sejam eles anjos ou demônios que caminham entre...