Aos quinze anos, Ao'nung possuía uma obsessão nada comum e muito menos saudável pelo filho mais velho de Toruk Makto. Aos dezoito, isso não havia mudado.
Após Neteyam despertar de seu coma, o Omaticaya retorna não só com uma nova aparência, mas tam...
"Fiz um museu particular pra cada expressão do seu rosto." -Surreal, Luisa Sonza e Baco Exu do Blues.
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Há quem diga que festividades podem ser consideradas banalidades das mais severas.
Daquelas que olhamos e pensamos: "Como algo tão pequeno pode ser comemorado com tamanhos entusiasmos?"
Mas a verdade é que desde o passado, festas são um símbolo de comemoração. Felicidade. Devoção, as vezes.
E normalmente, aqueles que detestam festas, são aqueles que nunca souberam o verdadeiro significado dela.
Ao'nung estava perdido em seus pensamentos, olhando para o nada e matutando consigo mesmo todas as ações que o levaram até aquele fatídico momento.
Olhava para a areia clara da praia, vez ou outra também notava seu povo levando algumas coisas e as pendurando nas árvores, fazendo algumas pinturas em certos locais e colocando pilastras em outros.
Todos juntos, decorando a praia principal, apenas para receber ele e os outros jovens que iriam amadurecer.
Apenas mais um dia e ele se tornaria um homem.
A cerimônia de amadurecimento é a mais importante dentre todas as etapas para se tornar um Metkaiyna puro. Pois ela é oque cela seu comprometimento não só com o povo, mas também com a Grande Mãe.
Até porque é disso que se trata crescer.
Você passa a ter um comprometimento além de para com si mesmo. Você passa a viver por outros também.
Passa a viver com a consciência e o senso de responsabilidade imposto pela carga de maturidade que o atinge após amadurecer.
Tantas coisas o atingiam naquele momento.
Tantos pensamentos bombardeando sua mente.
Tanta dor e mágoa escondidas.
Tanta ansiedade e necessidade de saber.
Necessidade de saber quem ele se tornaria depois do dia seguinte.
-Ao'nung?
Uma voz conhecida o atrai de volta para a terra. Tsireya o olha, curiosa com a razão para a lerdeza e a leseira de Ao'nung.
Ronal havia ordenado que o garoto fosse adicionar algumas "luzes" improvisadas ao redor dos troncos das árvores e de algumas pilastras que ficariam as tochas.
Ao'nung não teve a opção de recusar, dado que necessitava de sair um pouco e distrair a mente.
Afinal, se ele ficasse mais um tempo sozinho, sentiria que sria engolido por seus pensamentos voltados para Neteyam Sully.