Laços Eternos

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O vento suave da manhã parisiense batia levemente nas janelas do quarto de hotel onde Max e Felipe estavam hospedados. O sol já estava alto, e a cidade, sempre vibrante, se preparava para mais um dia cheio de possibilidades. Ainda com o brilho do pedido de casamento ecoando em seus corações, os dois estavam mais unidos do que nunca.

Max acordou primeiro, seus olhos se abrindo lentamente. Ele olhou para o lado e viu Felipe ainda dormindo, com um sorriso tranquilo no rosto. O anel ainda brilhava no dedo de Max, um lembrete constante do compromisso que haviam feito naquela noite mágica sob a Torre Eiffel.

Com um sorriso, Max se levantou silenciosamente e foi até a janela, onde as luzes da cidade pareciam ainda mais encantadoras com a luz do amanhecer. O ar fresco da manhã trazia consigo a promessa de novos começos.

Felipe acordou com o som suave do movimento ao redor. Ele se esticou e, ao perceber que Max não estava ao seu lado, se levantou e foi até a janela.

— Paris é ainda mais linda pela manhã — disse Felipe, aproximando-se de Max.

Max se virou e sorriu.

— Eu sei, e agora parece que essa cidade nunca vai nos deixar.

Felipe o abraçou por trás, o peito colado às costas de Max.

— Não vai. Estamos entrelaçados com ela agora, assim como com nosso futuro.

Explorando o Passado e o Futuro

Depois de um café da manhã tranquilo, os dois decidiram passar o dia explorando alguns lugares menos turísticos, buscando entender melhor a essência de Paris. Caminharam pelas ruelas estreitas de Montmartre, onde as pedras antigas contavam histórias de outros tempos.

— É impressionante como cada canto dessa cidade tem uma história para contar — disse Max, parando em frente a uma galeria de arte.

Felipe observou as pinturas e esculturas com interesse.

— E é exatamente isso que quero fazer. Quero contar nossas histórias, nossa história. A cada passo, vamos construindo nossa própria narrativa, assim como os artistas e escritores que estiveram aqui antes de nós.

Max olhou para Felipe, seus olhos brilhando com uma emoção que ele nunca havia sentido antes.

— Eu quero escrever nossa história. E com você, sei que será a melhor história de todas.

Felipe sorriu e beijou Max suavemente.

— E eu estarei ao seu lado, em cada palavra, em cada capítulo.

À tarde, os dois decidiram passar algumas horas no Jardim de Luxemburgo. O lugar estava tranquilo, com poucos turistas, e a serenidade do ambiente combinava perfeitamente com a calmaria que eles sentiam em seus corações. Sentaram-se em um banco de pedra, observando o movimento ao redor, enquanto conversavam sobre os próximos passos da vida.

— Quando voltarmos para o Brasil, quero começar a trabalhar no nosso projeto de viagem — disse Max.

Felipe assentiu, já com o olhar distante, pensando em todos os lugares que eles poderiam explorar juntos.

— Eu também. Mas, antes de mais nada, quero ter certeza de que nosso futuro estará construído em bases sólidas.

Max se inclinou para frente, curioso.

— O que você quer dizer com isso?

Felipe olhou para ele com seriedade, a expressão transformando-se em algo mais profundo.

— Quero criar algo juntos, algo que dure. Eu sei que viajar e explorar o mundo é importante, mas quero que, no futuro, tenhamos algo de concreto, algo que seja nosso. Um lar, uma base, algo que represente o que somos.

Max sorriu, tocando a mão de Felipe.

— Concordo. Vamos construir esse futuro, juntos.

A Decisão de Voltar

No último dia em Paris, Max e Felipe passaram a manhã na Livraria Shakespeare and Company, onde se perderam entre as estantes de livros antigos e novos. Era o tipo de lugar onde qualquer um poderia se sentir inspirado, e ambos se deixaram levar pelas histórias que os cercavam.

— Max, você já pensou em como será o nosso retorno? — perguntou Felipe, enquanto folheava um livro de poesias.

Max se sentou em uma poltrona ao lado e pensou por um momento.

— Eu pensei bastante. Sei que teremos que voltar para a nossa rotina, mas, de alguma forma, nada mais vai ser como antes. Podemos ter nossas vidas aqui, no Brasil, mas nossa história começou aqui, e eu quero que ela continue sendo escrita com todos os momentos que vivemos.

Felipe se sentou ao lado dele, pegando sua mão.

— Estamos em uma nova fase, Max. Quando voltarmos, a vida vai ser diferente, mas de uma maneira boa. A nossa jornada agora é nossa, e a partir daqui, temos o poder de escrever o que quisermos.

Max sorriu, sentindo uma paz imensa dentro de si. Ele sabia que, não importava onde estivessem, os laços entre ele e Felipe seriam inquebráveis.

— E vamos escrever juntos, como sempre fizemos.

Felipe o abraçou, e ambos ficaram em silêncio, sabendo que o que estavam criando ali era mais do que uma história – era um futuro compartilhado, um legado de amor e cumplicidade.

O Retorno ao Brasil

Quando o avião decolou de Paris, Max e Felipe olharam pela janela, vendo a cidade se distanciar. Eles estavam prontos para voltar, mas o que traziam consigo era muito mais do que souvenirs ou fotos. Eles traziam consigo uma visão renovada da vida, uma compreensão mais profunda de quem eram e o que queriam.

— Acho que nunca vamos deixar Paris para trás, não é? — disse Max, olhando para Felipe.

Felipe sorriu, o coração cheio de certezas.

— Nunca. Paris agora faz parte de quem somos. E onde quer que vamos, vamos levar um pedaço dela conosco.

Eles se entreolharam e sorriram, sabendo que o melhor ainda estava por vir.

Amor Através de E-mail: Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora