Capítulo 1

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"Pelos poderes de Grayskull, eu tenho a força! Pelos poderes de Grayskull, eu tenho a força "

Uma televisão velha em uma loja de eletrônicos repetia a mesma frase, talvez era um daqueles desenhos famosos de antes do ataque, eu não me importava só tinha vontade de achar água. Já se passaram três anos pós a ataque e nós órfãs, andarilhos e alguns pobres fomos deixados para trás já que as pessoas da alta sociedade que foram resgatadas não queriam se misturar com nós, eles disseram que voltariam para nos buscar e disseram que nós fazíamos parte de um importante grupo de pessoas que ajudariam a salvar a extinção da espécie humana e nunca mais nada se ouviu dos resgatados e muito menos do grupo, creio que só queriam nos iludir. Logo avisto um supermercado os vidros estão quebrados e muitas pessoas já passaram por ali, eu terei muita sorte se conseguir achar algo, logo entro e vou a procura.

-Droga! -Mais uma vez eu tinha chegado tarde de mais, não tinha mais água, nem salgadinhos, não tinha nada e eu tinha que levar comida para Maya eu prometi a meus pais que cuidaria dela, quando eles partiram para ajudar na capital por ordens do governo que prometeu cuidar de nós.

Então eu continuei andando, e não poderia chegar na Vila sem nada já havia três dias que não comíamos nada e a água estava escassa, então caminhei mais um pouco estava cansada e a falta de alimento não ajudava. Cheguei a uma casa antiga pulei o muro com um pouco de dificuldade e achei uma janela quebrada que dava exatamente na cozinha, então vasculhei rapidamente a procura de algo já que a qualquer momento alguém poderia chegar.Foi então que achei um pacote de rosquinhas que havia vencido a quinze dias, eu não me importei e logo peguei duas e comi ali mesmo, me senti satisfeita na mesma hora e então parei para observar a casa e só então me dei conta de que era minha antiga casa, a casa que eu morava quando tinha meus quatorze anos, antes do ataque. Eu escutei então um barulho de porta abrindo então rapidamente peguei o pacote de rosquinhas pulei pela janela e corri até a Vila.

Cheguei até nosso esconderijo, onde viviam eu Maya e Lucas meu melhor amigo filho de um Juiz, que preferiu ficar a meu lado quando soube que eu não estava inclusa na lista de resgatados e eu sou eternamente grata a ele. Bati a porta suavemente e Maya atendeu.

-Quem é ? - Ela disse com tom de ironia, pois sabia que só eu e Lucas perderiamos tempo batendo a porta. Maya era doce, tinha cabelos loiros e olhos claros como mamãe, ela adorava contar piadas diferente de mim que sempre fui discreta e protetora como meu pai.

-Um alienígena que vai comer seu cérebro. - Então ela abriu a porta rindo e me deu um longo abraço, como eu amava minha irmã daria minha vida por ela.

-E então ?

-Trouxe rosquinhas !

-Verdade?

-Sim, suas rosquinhas prediletas.

-Como eu te amo. - E foi logo pegando o saquinho.

-Deixe algumas para Lucas, ele já chegou ?

-Seu namoradinho não chegou.

-Maya para de bobeira ele não é meu namorado, amo ele da mesma forma que te amo.

-Não é isso que ele pensa..-Ela saiu correndo antes que eu pudesse pegá-la, ela era adorável mais como toda irmã ela me tirava do sério.

Me deitei em um velho sofá para esperar Lucas como de costume. Lucas era responsável por nossa segurança e então ele saia todos os dias por busca de notícias e comida, ele tinha esperança de que de alguma forma seus pais iriam conseguir que os lideres mandassem grupos de resgate para nos buscar.No terceiro mês eu já havia perdido as esperanças. Após o ataque do grupo terrorista da Rússia chamados ремонт, que foram responsáveis pela criação do vírus que se espalhou como uma gripe fazendo com que as pessoas tossissem sangue e sentissem uma forte dor de cabeça até que se espalhava pelo corpo como uma infecção e matava suas vítimas, o governo americano decidiu evacuar todas a cidades e mandou alguns grupos de resgate com uma lista específica de pessoas na qual eu não estava inclusa, desde então há boatos de que esses grupos foram levados a uma zona de isolamento criada para abriga-los e de que lá teria comida e abrigo para todos.

-Olá damas.- Lucas havia chegado, e isso foi ótimo pois já estava preocupada.

-Finalmente!

-Consegui rosquinhas.

-E eu trouxe notícias.

-Me conte. - Eu estava curiosa e ao mesmo tempo preocupada.

-Algumas pessoas da área norte ouviram boatos de que um novo grupo de resgate vai ser enviado até nós.

-São só boatos Lucas, dizem isso dês do ataque.

-Calma Claire, eu ainda não terminei, dizem ter visto helicópteros voarem.

-Lucas, são só mais histórias, eles não vão vir.

-Tudo bem então, acredite se quiser.

Então ele saiu com raiva pela porta e eu o segui.

-Onde vai ?

-A lugar nenhum, só quero ficar sozinho.

-Lucas eu..

-Me deixa Claire.

-Tudo bem então.

Entrei e bati a porta com força. Lucas me irritava, as vezes só ficava se lamentando por seus pais, se ele sente tanta falta deveria ter ido com eles, eu não fico lamentando pelo sumiço dos meus pais e eu nem sei se eles estão vivos, ele deveria estar feliz por pelo menos saber que seus pais estão com vida e seguros.

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