Capítulo 3

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Respirei fundo e abri os olhos não encontrava foco via apenas alguns vultos de pessoas com trajes brancos. "um hospital" pensei rápido, talvez estivesse em um hospital. Lembrei logo de Maya e tentei falar, mas era impossível uma máscara de oxigênio estava em meu rosto, tentei mexer braços e pernas mais estavam amarrados, entrei em desespero e escutei uma voz feminina.

-Ela acordou! E os batimentos estão rápidos, precisamos de mais calmantes.

Após ouvir fiquei me debatendo contra a maca em que eu estava, precisava encontrar Maya e fugir dali e então adormeci novamente. Acordei após algumas horas de sono, pelo o que parecia foram muitas horas, eu continuava deitada mas meu braços e pés já não estavam amarrados e não havia máscara de oxigênio em meu rosto, então tentei sentar e ouvi uma voz distante.

-Não faça isso vai ficar tonta.

-Onde estou? - Disse com a mão na cabeça pois realmente havia ficado tonta.

-Você vai saber na hora certa.

-Onde está Maya?

-Desculpe?

-Maya, minha irmã.

-Não faço ideia, agora você precisa se levantar e se arrumar.

-Arrumar pra que ?

-Para a palestra.

-Pa.. oque?

-Não há tempo para explicação, vamos.

Ela me ajudou a levantar e me direcionou a um local com várias duchas, pude ver algumas outras meninas mais nem sinal de Maya a enfermeira me entregou toalhas e uma roupa simples quase um uniforme, era uma blusa sem estampa, calça preta e tênis. Eu entrei na ducha e tomei um banho gelado afastando da minha mente todo pensamento ruim. Terminei e me vesti, no final do vestiário havia algumas meninas fui correndo até lá tentar encontrar Maya. Passei por elas olhando atentamente cada rosto e por falta de atenção esbarrei em uma garota.

-Desculpe, eu não queria.

-O que tanto procura?-Ela me interrompeu.

-Minha irmã, Maya ela tem olhos claros e..

-Qual idade dela?

Eu já estava irritada por ela me interromper sempre, ela era uma garota alta loira de cabelos cumpridos, ela aparentava ser mais forte que eu, então não quis criar confusão e ignorei o fato.

-Ela tem dez anos.

-Sinto muito.

-Porque? - No momento eu estava muito assustada.

-Não tem crianças de dez anos aqui, todas as garotas são maiores de quinze anos, já conversei com todas.

No momento eu fiquei desorientada, só conseguia imaginar o pior, não queria chorar ali na frente de garotas de quem eu não conhecia, mais foi impossível evitar, quando me dei conta lágrimas escorriam. Abaixei minha cabeça e enxuguei minhas lágrimas eu precisava ser forte naquele momento eu não sabia onde estava e nem o que enfrentaria.

Então uma mulher entrou no vestiário nos ordenando entrar em filas, então rapidamente todas se ajeitaram eu era a última, eles nos levaram por um grande corredor que dava em uma grande sala com cadeiras numeradas, eles nos entregaram crachás que nos indicava em qual cadeira ficar.Eu tinha recebido o crachá quatorze então logo me sentei e aguardei.

Entraram cinco homens grandes e fortes na sala três estavam armados e escoltava os outros dois, deveriam ser os lideres, então o homem subiu no pequeno palco improvisado.

-Boa tarde garotas sou Victor líder do seu grupo e a partir de agora vocês são propriedade do ремонт e serão direcionadas a um local onde serão testadas e divididas em grupos onde o resultado do teste vai influenciar em qual grupo ficar.

No exato momento ouve um grande burburinho, todas estavam assustadas e se ouvia choros, ninguém em sua sã consciência queria fazer parte dos ремонт e muito menos ser propriedade deles, pois sabíamos o que eles faziam. Eles matavam pessoas inocentes por um único motivo, poder.

-Silêncio pirralhas! - Ele disse irritado. - Vocês acham que somos ruins? Quem deixou vocês abandonadas lá fora, sozinha expostas ao vírus e coisas piores não fomos nós, os ремонт salvaram vocês e agora pertencem a nós!

Houve um grande silêncio todas se entreolhavam, eram em torno umas cem garotas. Eu apenas observei em silêncio.

-Bom, agora entrem nas filas e me sigam !

Todas se organizaram em filas rapidamente e então o líder Victor começou a caminhar pelo longo corredor e todas fomos atrás acompanhadas dos homens armados, creio que estavam protegendo Victor.

Paramos por um instante e Victor começou a falar apontando para uma porta.

-Aqui é a enfermaria, caso precisem de atendimentos médicos, e creio que vão precisar muito! - Ele e seus seguranças começaram a rir.

Continuaram andando e mostrando todas as salas do grande prédio, e por último nos levaram aos dormitórios. Seguimos por um grande corredor com paredes de vidro, do outro lado havia outro corredor que também tinha paredes de vidro em uma distância de uns cem metros, estávamos passando e enquanto observava o outro corredor dei de cara com Lucas do outro lado do vidro.

-LUCAS...LUCAS!

Comecei a gritar freneticamente e bater no vidro, e então percebi que o líder gritava com um dos seus homens.

-Droga! Eu disse que eles não poderiam se ver agora, seu burro!

Então chamaram reforços e surgiram homens grandes, talvez maiores que os outros e começaram a nos empurrar nos obrigando a seguir em frente, então continuei batendo no vidro tentando chamar atenção de Lucas mais ele não me via e pelo jeito muito menos me ouvia, então como já estava fraca por falta de alimento e água não consegui lutar com homem e acabei desistindo e fui levada ao dormitório. No dormitório haviam quatro beliches e eu tinha ficando no mesmo quarto que a garota loira que tinha me ajudado mais cedo.

-Qual seu nome ?

-Oi? -Disse sem entender.

-Seu nome! - Ela disse quase gritando.

-Claire, e o seu?

-Lara. Lara Spencer.

-Prazer.

-Pra mim não foi um prazer, não se conhecer desse jeito, tipo "propriedades" - ela disse fazendo sinal de aspas - dos ремонт.

-Eu não sou propriedade deles.

-É, estou vendo.

Ela disse fazendo sarcasmo, ela parecia ser aquele tipo de pessoa que fazia piadas nos momentos mais desnecessários, e parecia ser fria, bem fria. E isso me fez aproximar dela pois era algo que tínhamos em comum.

-Quem era aquele garoto bonito?

-Garoto bonito?

-Não se faça de boba, aquele que você ficou desesperada quando viu.

-Lucas.

-E? - Ela insistiu querendo saber mais sobre.

-Ele me acompanha dês do ataque.

-Namoradinhos ein ? - Ela fez uma expressão um tanto engraçada, insinuando algo entre eu e Lucas. -Nem pensar, ele me ajuda a sobreviver, eu e ... DROGA! - Gritei.

-Que foi?

-Maya, como pude esquecer ela.

-Sua irmã né?

-Sim, como vou encontrar ela?

-Amanhã a gente resolve isso, tenta descansar.

Eu iria insistir em encontrar um meio de achar minha irmã mais não pude , não tinha forças, apenas deitei na beliche debaixo pensei em todas coisas ruins e possivelmente boas que poderiam acontecer e adormeci.

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